Com 56 votos, Renan é eleito presidente do Senado

Senador do PMDB confirma favoritismo e é eleito pela segunda vez ao cargo; ficará à frente da Casa no biênio 2013 e 2014; em discurso que antecedeu a votação, Renan Calheiros ignorou as denúncias movidas contra ele; vitória do peemedebista é a derrota do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e da imprensa; uma semana antes da eleição, Gurgel apresentou uma denúncia contra Renan sobre um caso ocorrido há cinco anos; hoje cedo, a revista Época publicou a denúncia na íntegra; nada disso impediu a eleição

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247 - Confirmando o favoritismo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado pela segunda vez, por 56 votos a 18 -- dois votos em branco e dois votos nulos --, durante eleição realizada no início da tarde desta sexta-feira 1º, com a presença de 78 senadores. Ele comandará a Casa no biênio 2013 e 2014. O nome de Renan Calheiros foi lançado pelo PMDB sob protestos da oposição e até de alguns peemedebistas dissidentes. Os protestos se deviam ao fato de Renan ter deixado o cargo em 2007 sob escândalos e, recentemente, ter sido alvo de mais denúncias movidas contra ele na Justiça.

"As palavras são escassas e a retórica, insuficiente para expressar a gratidão ao senadores que me confiaram a missão de comandar o Congresso Nacional", discursou o novo presidente do Senado. "Faço uma deferência especial ao presidente José Sarney, um visionário, cuja historia política é única", completou. "O Senado Federal é uma instituição centenária. Imperfeições se acumulam ao longo dos anos", reconheceu Renan, que deixou a presidência do mesmo Senado, em 2007, para evitar uma cassação.

Antes dos votos, durante a 1ª Reunião Preparatória, os parlamentares fizeram seus discursos contra ou a favor o peemedebista, que recebia apoio da maioria, além do Palácio do Planalto. Renan concorreu com apenas um candidato, o senador Pedro Taques (PDT-MT), que se antecipou como perdedor em seu discurso, mas se colocou como possibilidade de mudanças na gestão do Senado. "Falo pelos derrotados desse País", iniciou ele.

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Lamentos

Aos parlamentares que se opuseram à candidatura Renan Calheiros, restou lamentar o resultado. " Tentou salvar a honra do Senado, mesmo sem conseguir impedir a marcha da insensatez", escreveu o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) em seu perfil no Twitter, referindo-se ao senador Pedor Taques. Também em seu microblog, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) escreveu que "Pior q o abraço de Jader Barbalho em Renan, o vitorioso, são os cumprimentos sorridentes dos senadores do PT. Vergonha!". "Pedro Taques e seus 18 votos são a réstia de dignidade política que nos faz prosseguir", completou.

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Discurso ignorou denúncias

No seu discurso ao plenário, Renan não fez referência às denúncias de corrupção que tem enfrentado nos últimos dias. Ao final dos 20 minutos que teve para defender a candidatura, ele limitou-se a dizer que o Senado aprovou com celeridade a Lei da Ficha Limpa e que a ética é uma obrigação e responsabilidade de todos os parlamentares.

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Renan Calheiros assumiu, em seu pronunciamento, o compromisso de defender a liberdade de expressão e prometeu impedir o prosseguimento de qualquer proposta que signifique tolher esse direito.

No tempo que utilizou, o peemedebista apresentou a base de seu projeto administrativo para o Senado, no biênio 2013 e 2014. A reforma administrativa da Casa para melhorar a gestão e reduzir o corpo funcional é parte da plataforma de Renan. Ela inclui a extinção de órgãos, implantação de planejamento estratégico para o Senado e racionalidade administrativa, disse o parlamentar.

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Sua proposta de trabalho tem, ainda, uma série de medidas para aperfeiçoar a economia. Renan Calheiros citou, por exemplo, a regulamentação periódica do sistema tributário. Segundo ele, a reforma tributária é fundamental para aferir o impacto tributário".

O candidato também pediu aos senadores providências para construir um banco de dados federativos que facilite a votação de forma eficiente dos fundos de Participação dos Estados e dos Municípios.

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Com informações da Agência Brasil

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