Democracia já!

Estamos na era dos avanços tecnológicos, da globalização e, consequentemente, da viabilidade à informação justa. Por isso, surpreende-se que a democracia, um conceito tão elevado e legítimo, esteja perdendo sua essência



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Estamos na era dos avanços tecnológicos, da globalização e, consequentemente, da viabilidade à informação justa. Por isso, surpreende-se que um conceito tão elevado e legítimo esteja perdendo sua essência. Refiro-me ao significado de democracia, algo que é primordial para o progresso da sociedade em si e de seus valores.

No sentido genérico do termo, democracia nada mais é que o "poder do povo". Conceitualmente submisso a duas divisões - a democracia representativa, na qual o povo exerce sua influência e deliberação através de representantes eleitos pela própria e devida "massa", e a democracia direta, que por sua vez coincide com a participação sem intermediários do povo - esse termo, que por si só já denota complexidade, está sendo deturpado e esquecido no Brasil. Em um país que lutou expressivamente por eleições diretas - cito movimento popular "Diretas Já" - é inaceitável que deixemos de lado algo tão importante na nossa política. Não podemos negligenciar que o povo brasileiro se torne obsoleto quanto a esse conceito.

Ainda não podemos esquecer que democracia não diz respeito apenas ao campo político e social. A economia está diretamente ligada ao processo democrático. É justo que para decisões no âmbito econômico, o próprio Estado esteja atento ao completo respeito no que tange à democracia na economia. Ouvir o povo e, principalmente, o Congresso - no caso do Brasil - é respeitar seus limites e considerar a opinião de outrem. Porém nem isso o país, na minha opinião, vem respeitando mais. Um exemplo recente é a falta de responsabilidade adotada pela presidente Dilma na publicação da MP e decreto que reduz a taxa de luz em todo país. Ela não apenas tomou decisões precipitadas como tratou com descaso a opinião da oposição, do povo e do Poder Legislativo. Isso é decorrência da limitação que nossa democracia vem sofrendo.

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No governo de Fernando Henrique Cardoso, é clara a estabilidade econômica vivenciada pelo país. Aliado a todo o processo de redemocratização, este é um exemplo ideal do que se deve ser praticado pelo governo em diversos campos. A social-democracia, que prega uma evolução democrática de forma gradual, é o caminho certo que deve ser trilhado.

De acordo com Sérgio Buarque de Holanda, "no Brasil, sempre foi uma camada miúda e muito exígua que decidiu. O povo sempre está inteiramente fora disso". De fato, o Brasil se resume a isso. A nossa democracia se resume a isso.

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É preciso que sejam institucionalizadas leis e decretos coerentes com o conceito de democracia plena. É necessário, através de plebiscitos - formas que defendo com unhas e dentes de atentar-nos ao real desejo do povo, ou por outros desenhos e planos sociais - que o Brasil caminhe com a democracia ao lado. Que seja defendida com nitidez a liberdade individual, a igualdade e a justiça. É para isso que devemos nos atentar.

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