Cristovam: "Novo partido vai apequenar Marina"

Um dos principais ausentes no encontro que lançou o embrião do partido Rede Sustentável, de Marina Silva, senador Cristovam Buarque (PDT/DF) prevê que a ex-senadora, que teve quase 20 milhões de votos em 2010, sai menor do que entrou; em 2014, ela deve concorrer à presidência da República por um partido nanico e sectário, que conta apenas com três deputados; terá tempo de dizer pouco mais do que um singelo "meu nome é Marina"

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247 - Ausente no encontro de ontem, em Brasília, que lançou o embrião do partido Rede Sustentável, de Marina Silva, o senador Cristovam Buarque (PDT/DF) fez uma análise precisa em seu Twitter. "Eu esperava Marina liderando um Movimento, acima dos partidos tradicionais, não criando mais um", disse ele. Ao ser questionado por um seguidor sobre aderir ou não à rede, ele negou enfaticamente. "Não! Novo partido vai apequenar Marina".

Lançada ontem ao mar, a rede de Marina fisgou apenas três deputados: o maranhense Domingos Dutra, ex-PT, o carioca Alfredo Sirkis, ex-PV, e o paulista Walter Feldman, ex-PSDB – muito pouco para um partido que tem pretensões presidenciais e que deve lançar Marina Silva em 2014. Apenas para efeito de comparação, o PSD, de Gilberto Kassab, conquistou 52 deputados em apenas duas semanas.

Qual a diferença? Com seu partido, Kassab oferecia perspectiva de poder aos seus filiados, que já pretendiam migrar da oposição para a base governista. Marina oferece apenas a possibilidade de adesão a uma seita financiada por bilionários como Neca Setúbal, do Itaú, e Guilherme Leal, da Natura – quando o que os políticos buscam não é exatamente um "sacerdócio", como definiu Domingos Dutra, mas sim o poder.

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Em 2010, a ex-senadora acreana teve quase 20 milhões de votos. Era uma novidade e preenchia um vácuo para aqueles que buscavam uma terceira via, fora da dicotomia PT-PSDB. Para 2014, esse espaço parece estar sendo ocupado por outro nome, o do governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB. E com um partido tão pequeno, menor do que o PV, que lhe deu a candidatura em 2010, a ex-senadora terá tempo para dizer pouco mais do que um singelo "meu nome é Marina".

Embora ela tenha negado que o objetivo da Rede Sustentável seja lhe dar uma legenda para concorrer em 2014, Heloísa Helena, que deve trocar o Psol pelo novo partido, foi direto ao ponto. "Marina não gosta que digam, mas o objetivo da rede é fazê-la presidente", disse. "Brasil urgente, Marina presidente".

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Uma missão quase impossível. Mais razoável é imaginar que ela possa a ajudar a provocar um eventual segundo turno com o tucano Aécio Neves ou o socialista Eduardo Campos.

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