Guerra quer Aécio presidente do PSDB, prévias e ignora Serra
"Nunca ouvi falar sobre ele ser candidato", diz presidente tucano, em São Paulo, sobre planos do ex-governador José Serra; "Desconheço, não tenho a menor ideia"; em palestra a militantes, Sérgio Guerra defendeu senador Aécio Neves como futuro presidente do PSDB, a partir de maio, e candidato a presidente da República em 2014, após prévias; "A escolha não pode ser mais uma coisa minha ou sua, nem de quatro ou cinco pessoas"
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247 – Agora vai? Em passagem por São Paulo, na noite da segunda-feira 18, onde fez palestra para militantes tucanos e, em seguida, se reuniu a portas fechadas com o governador Geraldo Alckmin, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, assumiu de uma só vez três compromissos definitivos dentro da legenda:
1.Quer a instituição de prévias partidárias para a escolha do candidato tucano a presidente;
2. Lançou o senador Aécio Neves como candidato a presidente do PSDB na convenção partidária de maio; e
3. Defendeu Aécio como "o nome mais qualificado" para ser o candidato a presidente da República em 2014 pelos tucanos.
Ao pedir prévias, Guerra atende a pressões do grupo ligado ao ex-governador José Serra, que poderá se apresentar para a disputa. Apesar disso, como que a mostrar seu descontentamento com ele, Guerra fez questão de não admitir qualquer atenção ao planos de Serra. "Desconheço, não faço a menor ideia de quais sejam", disse o tucano que, em 2010, foi um dos principais aliados no ex-governador na corrida presidencial. "Nunca ouvi falar sobre ele ser candidato".
As estocadas foram disfarçadas por uma pregação de unidade partidária. "Não existe uma disputa entre o PSDB de São Paulo e o de Minas, nem entre o Sul e o Nordeste", disse na palestra ao militantes. Em seguida, foi ao Palácio dos Bandeirantes encontrar-se com o governador Geraldo Alckmin em busca de pacificação.
O presidente do PSDB quer pressa na definicação do partido em torno de Aécio. Para ele, tornar o senador mineiro presidente nacional do partido será o primeiro grande passo de articulação da candidatura. "Ele precisa assumir com breve antecedência", afirmou. "Tem de ter mais presença no PSDB nacional, em todos os lugares, em todas as situações".
Na defesa das prévias, Guerra criticou a antiga forma de os tucanos escolherem seus candidatos. "Não pode ser mais uma coisa minha ou sua, nem de quatro ou cinco pessoas", sublinhou. "Ninguém é dono do PSDB".
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