Rede esclarece a Wyllys posição sobe união civil

Ex-ministra do Meio Ambiente nunca defendeu plebiscito para a legalização da união civil homoafetiva, garante comando provisório do Rede; deputado do PSOL Jean Wyllys (RJ) postou em seu Twitter, no fim de semana, que Marina Silva havia dito a ele que questão deveria ir a julgamento da sociedade; "velho conservadorismo", classificou; para Marina, os dois únicos plebiscitos cabíveis são sobre a legalização do aborto e do uso da maconha; união civil homoafetiva já é um direito dos brasileiros, diz; leia carta de líderes do Rede

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247 – A fundadora do Rede, ex-ministra e presidenciável Marina Silva estranhou uma tuitada do deputado federal Jean Wyllys, do PSOL do Rio, na qual ele afirmou que ela defenderia um plebiscito popular para o estabelecimento da união civil gay no Brasil. "Velho conservadorismo", disse ele. A ex-ministra não gostou: "Eu sou a favor que todos os brasileiros tenham os mesmos direitos. Essa questão não demanda plebiscito", tem dito ela, em mais de uma ocasião, quando questionada sobre o assunto. Neste sentido, Marina estranhou a manifestação do parlamentar.

Ao 247, integrantes do Rede Sustentabilidade, o novo partido político que Marina acaba de lançar, enviaram uma mensagem na qual narram a versão deles sobre o último encontro pessoal entre ela e Wyllys. Eles dizem ter participado da conversa, ocorrida em 2011, na qual a presidenciável, ao contrário da versão divulgada pelo deputado em seu Twitter, teria dado a questão da união civil homoafetiva como resolvida. A assessoria do Rede esclarece que a ex-ministra só considera fundamentais, na atual conjuntura, dois plebiscitos: sobre a legalização do aborto e a respeito do uso da maconha.

Abaixo, e-mail dos dirigentes do Rede ao 247:

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Caro editor,

Gostaríamos de manifestar nossa surpresa em relação à reportagem "Movimento LGBT se afasta da Rede de Marina", publicada na última segunda-feira (18/02) no site "247". O texto relata suposto diálogo do deputado federal com a ex-senadora sobre o direito de casamento entre pessoas do mesmo sexo. De acordo com o parlamentar, Marina teria defendido a realização de um plebiscito sobre a questão. O site reproduz duas mensagens de Wyllys no Twitter, publicadas no dia 16, nas quais critica o "velho conservadorismo" da ex-ministra do meio ambiente e diz não ser possível o diálogo com o "movimento dela".

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Gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos sobre o encontro, do qual nós, signatários desta mensagem, participamos. Em primeiro lugar, é preciso dizer que o diálogo ocorreu em outubro de 2011, informação ignorada pelo "247". Não cabe aqui conjecturar porque a manifestação de Wyllys só veio a ocorrer um ano e quatro meses depois, após o Encontro Nacional da Rede Pró-Partido decidir pela criação da #rede, da qual Marina Silva é uma das fundadoras.

O mais importante é esclarecer que o encontro abordou diversos assuntos, entre eles o movimento que iria resultar mais tarde na criação da #rede e a possibilidade de que alguns integrantes do PSOL, inclusive Jean Wyllys, estivessem juntos com Marina em discussões relevantes para o país, apesar de eventuais diferenças em algumas questões. Em nenhum momento Marina defendeu a realização de plebiscito sobre o casamento homoafetivo. Estávamos lá, somos testemunhas.

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Vale lembrar que Marina Silva sempre se manifestou a favor da união civil de pessoas do mesmo sexo, posição divulgada nacionalmente durante a campanha à Presidência da República em 2010, e a igualdade de direitos entre os cidadãos. Naquela etapa de sua vida pública, ela defendeu plebiscito para apenas duas questões, a descriminalização da maconha e a possibilidade de aborto para casos não previstos em lei, posição que mantém até hoje.

Bazileu Margarido, Jefferson Moura, Martiniano Cavalcante, Pedro Ivo Batista, membros da Comissão Nacional Provisória da #rede

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