Empresa mais próxima ao PT, Odebrecht já deve R$ 62 bi

Grupo, que hoje atua no setor petroquímico, na produção de etanol, na construção de submarinos nuclear, nas usinas do Rio Madeira, na administração do Maracanã e foi um dos maiores beneficiadas na reforma do setor portuário, acumula dívidas que equivalem a pouco mais de 3,5 vezes o patrimônio líquido de R$ 17 bilhões; com Marcelo Odebrecht no comando, que saiu em defesa das viagens de Lula, companhia minimiza a crise: "risco está bem calculado"

Empresa mais próxima ao PT, Odebrecht já deve R$ 62 bi
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247 – A Odebrecht está em todas. Sua marca é vista no setor petroquímico, na produção de etanol, na construção de submarinos nuclear, nas usinas do Rio Madeira e, mais recentemente, na administração do Maracanã ao lado do empresário Eike Batista. Além disso, foi uma das maiores beneficiadas na reforma do setor portuário, batalha vencida na semana passada pelo governo Dilma no Congresso. Essa atuação em diversas frentes, no entanto, tem pesado no caixa. O grupo viu sua dívida atingir R$ 62 bilhões – praticamente o dobrou desde 2010.

O débito cresceu 36% apenas em 2012, segundo o balanço consolidado do ano publicado no dia 25 de abril no Diário Oficial da Bahia, onde fica o conselho de administração da Odebrecht.

No conjunto, as empresas da Odebrecht até tiveram lucro operacional de R$ 4,6 bilhões. Mas esse desempenho foi todo comido pelo crescimento das despesas financeiras decorrentes da dívida e virou prejuízo - R$ 1,58 bilhão em 2012.

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O grupo pagou R$ 3,3 bilhões em juros e seu balanço ainda sofreu impacto negativo de R$ 3,5 bilhões, consequência da valorização do dólar em sua dívida – que equivale hoje a pouco mais de 3,5 vezes o patrimônio líquido de R$ 17 bilhões.

O vice-presidente de Finanças do grupo, Felipe Jens, reconhece que o tamanho do passivo pode assustar de fora, diz que a companhia está acostumada a trabalhar alavancada em empréstimos e que internamente a avaliação é de que o risco está bem calculado e a dívida segue sob controle.

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Por trás do otimismo, existe o respaldo da maior figura política do Brasil, o ex-presidente Lula. Na era Lula, a Odebrecht foi a empresa que mais cresceu e assumiu operações importantes, como a base para o submarino nuclear, no Rio, uma usina do Rio Madeira, e também passou a construir plataformas de petróleo para a Petrobras.

A empresa mais próxima do PT foi recentemente acusada de ter Lula como lobista, em suas negociações em países da África e em Cuba. Num artigo assinado pelo próprio presidente da organização, Marcelo Odebrecht, a empresa defende sua relação com o ex-presidente a afirma que o está em jogo é tão-somente o interesse do País. 

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