Professores denunciam violência em desocupação

Retirados à força do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, funcionários da rede municipal que participavam de protesto planejam ações judiciais contra a polícia; segundo o grupo de 150 pessoas, foram empregados gás lacrimogêneo e spray de pimenta na ação 

Retirados à força do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, funcionários da rede municipal que participavam de protesto planejam ações judiciais contra a polícia; segundo o grupo de 150 pessoas, foram empregados gás lacrimogêneo e spray de pimenta na ação 
Retirados à força do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, funcionários da rede municipal que participavam de protesto planejam ações judiciais contra a polícia; segundo o grupo de 150 pessoas, foram empregados gás lacrimogêneo e spray de pimenta na ação  (Foto: Roberta Namour)


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Weslei Radavelli
Clique Diário - A operação de desocupação da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, após movimento dos professores da rede estadual, contou com uma ação truculenta por parte da Polícia Militar. Retirados à força do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro na noite de sábado, 28, professores e funcionários da rede municipal que ocupavam o Palácio Pedro Ernesto desde a quinta-feira planejam diversas ações judiciais contra a Polícia Militar e o governo do Estado. Acusam de truculência as forças de segurança durante a desocupação, já que foram empregados gás lacrimogêneo e spray de pimenta na ação que resultou na remoção de cerca de 150 pessoas que estavam no plenário do Legislativo municipal.

Quatro pessoas foram detidas e liberadas ao longo da madrugada. A Polícia Militar nega oficialmente ter havido uso excessivo da força e alega que agiu dentro da lei. O vídeo postado na internet, entretanto, desmente a versão da Polícia.

“O pior de tudo que a gente é agredido e não podemos chamar a polícia, porque foi a Polícia que fez isso. A Polícia é paga para defender o cidadão e não para agredir o cidadão. Que Polícia é essa? Nós vemos nos morros, bandidos soltos, e a Polícia bate em trabalhador. Que país nós estamos?”, revela indignado um cidadão.

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“Maior covardia nós estávamos de braços dados na porta principal já preparado para sair. Estávamos apenas questionando a legalidade desta ação. Esta é outra ocupação, não menos legítima que a manifestação dos ônibus”, disse uma professora.

Orientados pelos advogados do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que representa a rede municipal do Rio, professores feridos durante a desocupação foram instruídos a ir ao Hospital Souza Aguiar para realizar o boletim de atendimento médico.

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O documento pode servir para um futuro exame de corpo de delito, nas ações contra o Estado. Pelo menos 20 foram encaminhados ao hospital, todos liberados em seguida.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), criticou a ocupação da Câmara Municipal por profissionais da educação. “Uma coisa é ter a participação da população, algo muito importante. Outra é a ocupação do plenário de um prédio público de uma maneira que não é aquela que deve ser feita por quem quer participar dos debates. A democracia estabelece ritos que devem ser respeitados. Acho que ocupar o plenário de uma casa legislativa não é a melhor maneira de acompanhar o debate”, disse, durante inauguração da Cidade da Polícia, na zona norte do Rio.

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