Ajude a cassar Bolsonaro

Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, escreve sobre como impedir que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) use o recesso parlamentar para escapar à cassação; "Com as festas de fim de ano chegando e o consequente recesso parlamentar, a pressão da sociedade será vital para impedir que novo abuso de Bolsonaro contra os direitos humanos caia no esquecimento", diz ele

Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, escreve sobre como impedir que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) use o recesso parlamentar para escapar à cassação; "Com as festas de fim de ano chegando e o consequente recesso parlamentar, a pressão da sociedade será vital para impedir que novo abuso de Bolsonaro contra os direitos humanos caia no esquecimento", diz ele
Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, escreve sobre como impedir que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) use o recesso parlamentar para escapar à cassação; "Com as festas de fim de ano chegando e o consequente recesso parlamentar, a pressão da sociedade será vital para impedir que novo abuso de Bolsonaro contra os direitos humanos caia no esquecimento", diz ele (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

Na medida em que passam os dias, apesar de a indignação com o último abuso do deputado pelo PP fluminense Jair Bolsonaro vir aumentando, seus congêneres ideológicos já apostam no recesso parlamentar, a partir do próximo dia 22, para que entre em campo a boa e velha amnésia brasileira.

Bolsonaro foi reeleito com 400 mil votos em outubro deste ano, o que assusta ainda mais do que a postura do deputado, já que essas centenas de milhares de brasileiros constituem-se, cada um, em um mini Bolsonaro. Contudo, trata-se de um considerável cabedal de votos que esse indivíduo usa para conferir “legitimidade” às suas sandices.

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No entanto, pelo Brasil e pelo mundo levanta-se uma onda de indignação. Na segunda-feira, a luta para extirpar esse câncer do Poder Legislativo ganhou três apoios de peso, entre muitos outros.

Conselho Nacional de Direitos Humanos, ligado à Presidência da República, O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Vice-procuradoriaa-geral da Repúblicadenunciaram Bolsonaro por incitação ao crime de estupro.

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De todas as iniciativas para punir Bolsonaro, porém, duas se destacam.

Nesta terça-feira (16), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos deputados se reúne para avaliar se instaura processo contra Bolsonaro, atendendo a pedido do PT, do PSOL, do PC do B e do PSB.

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Já a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, denunciou o deputado federal Jair Bolsonaro por incitar publicamente a prática de crime de estupro em entrevista ao Jornal Zero Hora, publicada no dia 10 de dezembro. A denúncia (Inq 3932) foi protocolada na última segunda-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF) e será analisada pelo ministro Luiz Fux.

Porém, nos dois casos a possibilidade de Bolsonaro se evadir de suas responsabilidades não é pequeno. No Conselho de Ética da Câmara, irão pesar os 39 deputados e cinco senadores do Partido Progressista. Já no STF, é desolador saber que o processo está nas mãos do ministros Luiz “mato no peito” Fux, linha auxiliar da direita.

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Com as festas de fim de ano chegando e o consequente recesso parlamentar, a pressão da sociedade será vital para impedir que novo abuso de Bolsonaro contra os direitos humanos caia no esquecimento. Movimentos sociais – sobretudo o Movimento de Mulheres –, sindicatos e partidos têm que perseverar nessa luta.

Nesse contexto, o abaixo assinado pró-cassação de Bolsonaro já conta com mais de 200 mil assinaturas. O leitor que quiser se unir à iniciativa pode fazê-lo clicando aqui

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A cassação de Bolsonaro não mudará os corações e mentes dessas 400 mil pessoas que o elegeram. Cada uma delas continuará homofóbica, racista, machista e entusiasta de ditaduras e violações de direitos humanos. Mas, se ocorrer, será um recado a esse tipo de gente de que o Brasil mudou.

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