Delegado e perito são presos por extorsão no Rio

O delegado Fernando César Magalhães Reis e o perito criminal José Afonso Garcia Alvernaz foram presos no Rio de Janeiro; eles são acusados de participar de uma organização criminosa composta por agentes da Delegacia de Proteção do Meio Ambiente que, segundo o Ministério Público, desde 2012 extorquia empresários; um mandado de prisão também foi expedido contra o policial civil José Luiz Fernandes Alves

O delegado Fernando César Magalhães Reis e o perito criminal José Afonso Garcia Alvernaz foram presos no Rio de Janeiro; eles são acusados de participar de uma organização criminosa composta por agentes da Delegacia de Proteção do Meio Ambiente que, segundo o Ministério Público, desde 2012 extorquia empresários; um mandado de prisão também foi expedido contra o policial civil José Luiz Fernandes Alves
O delegado Fernando César Magalhães Reis e o perito criminal José Afonso Garcia Alvernaz foram presos no Rio de Janeiro; eles são acusados de participar de uma organização criminosa composta por agentes da Delegacia de Proteção do Meio Ambiente que, segundo o Ministério Público, desde 2012 extorquia empresários; um mandado de prisão também foi expedido contra o policial civil José Luiz Fernandes Alves (Foto: Leonardo Lucena)


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Da Agência Brasil

O delegado Fernando César Magalhães Reis e o perito criminal José Afonso Garcia Alvernaz foram presos na manhã de hoje (1º) no Rio de Janeiro. Eles são acusados de participar de uma organização criminosa composta por agentes da Delegacia de Proteção do Meio Ambiente que, segundo o Ministério Público, desde 2012 extorquia empresários. Um mandado de prisão também foi expedido contra o policial civil José Luiz Fernandes Alves.

As investigações são conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), e pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (SSINTE/SESEG).

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Segundo as investigações, a quadrilha era chefiada por Fernando Reis e por José Luiz, seu “homem de confiança”. Inicialmente, Reis comandou o esquema no Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) da Polícia Civil e, posteriormente, como delegado titular da DPMA. José Luiz era chefe das equipes de investigação da DPMA.

De acordo com a Gaeco, os dois mantinham uma relação de subordinação, proximidade e confiança na Polícia Civil há 19 anos, o que ajudou na estruturação do bando e na coordenação dos agentes a eles obedientes.

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Sob as ordens de Fernando Reis, José Luiz era o responsável pela administração operacional da arrecadação de propina. Já José Afonso forjava laudos periciais, que apontavam crimes ambientais inexistentes. A partir daí, as vítimas eram ameaçadas de prisão em flagrante ou de instauração de investigação.

As investigações indicam que, em algumas ocasiões, o dinheiro era arrecadado de uma só vez, o que os policiais envolvidos chamavam de “pancada”. Isto ocorria quando uma empresa tinha funcionários ameaçados de prisão ou efetivamente presos e acabava cedendo à pressão para o pagamento.

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Em determinados casos, as vítimas chegavam a ser sequestradas ou mantidas como reféns por mais de oito horas, enquanto o preço dos resgates era negociado. No caso da "pancada", o percentual destinado aos chefes chegava a 40%. Os 60% restantes eram divididos entre os agentes que participavam das diligências. Algumas extorsões chegavam a R$ 300 mil reais.

Parte da investigação foi baseada no sistema de delação premiada de um dos policiais civis lotados na DPMA. Os acusados podem responder pelos crimes de organização criminosa, extorsão, extorsão mediante sequestro e concussão. Outras sete pessoas, entre elas cinco policiais civis, também foram denunciadas pelos mesmos crimes.  Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados.

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Todos os pedidos do Ministério Público foram acolhidos pela juíza Simone Ferraz, da 16ª Vara Criminal da capital.

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