Polícia Civil indicia 14 pessoas pela queda de ciclovia no Rio

No inquérito conduzido pelo delegado José Alberto Lage, titular da 15ª Delegacia de Polícia, há informações de engenheiros responsáveis pela obra reconhecendo que o projeto deveria conter um estudo prévio do regime das marés e de que havia a necessidade de um plano de contingência que considerasse a instabilidade das marés; "Verificou-se que não foi cogitada a incidência de ondas nos tabuleiros da ciclovia, não tendo havido uma reunião para o estudo dessa incidência. A solução construtiva revelou-se frágil na fixação dos tabuleiros", ressaltou a polícia; acidente deixou duas pessoas mortas, Eduardo Marinho Albuquerque de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos

No inquérito conduzido pelo delegado José Alberto Lage, titular da 15ª Delegacia de Polícia, há informações de engenheiros responsáveis pela obra reconhecendo que o projeto deveria conter um estudo prévio do regime das marés e de que havia a necessidade de um plano de contingência que considerasse a instabilidade das marés; "Verificou-se que não foi cogitada a incidência de ondas nos tabuleiros da ciclovia, não tendo havido uma reunião para o estudo dessa incidência. A solução construtiva revelou-se frágil na fixação dos tabuleiros", ressaltou a polícia; acidente deixou duas pessoas mortas, Eduardo Marinho Albuquerque de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos
No inquérito conduzido pelo delegado José Alberto Lage, titular da 15ª Delegacia de Polícia, há informações de engenheiros responsáveis pela obra reconhecendo que o projeto deveria conter um estudo prévio do regime das marés e de que havia a necessidade de um plano de contingência que considerasse a instabilidade das marés; "Verificou-se que não foi cogitada a incidência de ondas nos tabuleiros da ciclovia, não tendo havido uma reunião para o estudo dessa incidência. A solução construtiva revelou-se frágil na fixação dos tabuleiros", ressaltou a polícia; acidente deixou duas pessoas mortas, Eduardo Marinho Albuquerque de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos (Foto: Aquiles Lins)


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Vladimir Platonow, da Agência Brasil - A Polícia Civil do Rio indiciou 14 pessoas pela queda de trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, no dia 21 de abril. O acidente deixou duas pessoas mortas, Eduardo Marinho Albuquerque de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos.

No inquérito conduzido pelo delegado José Alberto Lage, titular da 15ª Delegacia de Polícia, foram ouvidas 27 pessoas, entre testemunhas e envolvidas no caso. Segundo a polícia, nas provas do inquérito há informações de engenheiros responsáveis pela obra reconhecendo que o projeto deveria conter um estudo prévio do regime das marés e de que havia a necessidade de um plano de contingência que considerasse a instabilidade das marés.

"Verificou-se que não foi cogitada a incidência de ondas nos tabuleiros da ciclovia, não tendo havido uma reunião para o estudo dessa incidência. A solução construtiva revelou-se frágil na fixação dos tabuleiros", ressaltou a polícia em nota à imprensa.

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No inquérito foram ouvidos especialistas em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que produziram um relatório apontando que as ondas que atingiram a ciclovia são raras, mas não inéditas. De acordo com as informações creditadas pelas polícia ao relatório da UFRJ, conclui-se que não se tratou de uma ressaca extrema, "eventos que ocorrem em intervalos de 40 a 50 anos, de acordo com o levantamento feito por meio de notícias de jornal de 1850 até 2010".

Por fim, o inquérito aponta negligência dos envolvidos, pela inobservância de cuidados na realização dos projetos básico, executor e fiscalizador da obra.

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"A negligência dos envolvidos nas mortes ficou caracterizada porque não previram o que era previsível - culpa consciente -, isto é, que ondas raras pudessem produzir jatos de reflexão e atingir o tabuleiro da ciclovia. Conclui-se então que a imprudência dos envolvidos foi a causa da morte das duas vítimas. Se o projeto fosse executado levando em consideração a previsibilidade de ondas dessa magnitude, a morte de duas pessoas não teria ocorrido da forma que ocorreu. Nesse sentido, há evidente relação de causalidade entre a conduta dos indiciados e o resultado. A morte das duas vítimas é um desdobramento causal atribuível à conduta imprudente e negligente dos indiciados."

Foram indiciadas sete pessoas da Empresa Geo Rio: Fábio Lessa Ribeiro, Juliano de Lima, Geraldo Batista Filho, Marcus Bergman, todos membros da Diretoria de Estudos e Projetos, da Comissão de fiscalização, o geólogo Élcio Romão Ribeiro, Ernesto Ribeiro Mejido e Fabio Soares Lima.

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Do Consórcio Concremat/Concrejato foram seis os indiciados: Ioannis Saniveros Neto, Marcelo José Ferreira de Carvalho, Jorge Alberto Schnneider, Fabrício Rocha Souza, Nei Araújo Lima, projetista terceirizado pelo consórcio, Claudio Gomes Castilho Ribeiro, responsável técnico e sócio da Engemolde.

Da Subsecretaria Municipal de Defesa Civil foi indiciado o coordenador técnico Luís André Moreira Alves, por falta de plano de contingenciamento para a interdição da ciclovia em caso de ressaca.

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A Ciclovia Tim Maia foi inaugurada no dia 17 de janeiro deste ano, ao custo de R$ 44 milhões. Ela liga Ipanema a São Conrado, beirando o mar e faz parte de um grande traçado cicloviário, possibilitando que uma pessoa possa pedalar desde o centro do Rio até o Recreio dos Bandeirantes.

A prefeitura do Rio informou que não vai se pronunciar por enquanto e que falará ao longo do processo judicial.

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