De olho em 2014, partidos iniciam articulação no RS

Pelo menos três legendas pretendem disputar o Palácio Piratini: PT, com o governador Tarso Genro; PP, com a senadora Ana Amélia; e PMDB, cujo nome mais forte é o do ex-prefeito de Caxias José Ivo Sartori; ainda existe a possibilidade de o PSB ter candidato próprio, caso não encontre palanque para o presidenciável e governador de PE, Eduardo Campos, no estado

Pelo menos três legendas pretendem disputar o Palácio Piratini: PT, com o governador Tarso Genro; PP, com a senadora Ana Amélia; e PMDB, cujo nome mais forte é o do ex-prefeito de Caxias José Ivo Sartori; ainda existe a possibilidade de o PSB ter candidato próprio, caso não encontre palanque para o presidenciável e governador de PE, Eduardo Campos, no estado
Pelo menos três legendas pretendem disputar o Palácio Piratini: PT, com o governador Tarso Genro; PP, com a senadora Ana Amélia; e PMDB, cujo nome mais forte é o do ex-prefeito de Caxias José Ivo Sartori; ainda existe a possibilidade de o PSB ter candidato próprio, caso não encontre palanque para o presidenciável e governador de PE, Eduardo Campos, no estado (Foto: Leonardo Lucena)


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Samir Oliveira, Sul21 - A exatamente um ano para as eleições de outubro de 2014, os partidos políticos já iniciam as articulações para a composição de chapas estaduais. No Rio Grande do Sul, pelo menos três legendas pretendem disputar o Palácio Piratini: PT, com o governador Tarso Genro; PP, possivelmente com a senadora Ana Amélia Lemos; e PMDB, cujo nome mais forte no momento é o do ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori. Ainda existe a possibilidade de o PSB ter candidatura própria – hipótese que só será levada a cabo se os socialistas não encontrarem nenhum palanque para Eduardo Campos no estado.

O cenário nacional será decisivo para algumas definições no Rio Grande do Sul, especialmente em relação ao PP. Integrante da base aliada do governo Dilma Rousseff (PT), o partido pode repetir a atitude adotada em 2010 e liberar os comandos regionais para que adotem o alinhamento que acharem mais conveniente. Na época, os progressistas gaúchos apoiaram José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto e Yeda Crusius (PSDB) ao Piratini.

Em 2014, o PP gaúcho deseja que a direção nacional do partido libere novamente o alinhamento das sedes regionais. Neste cenário, dificilmente os progressistas no estado apoiarão a reeleição de Dilma – já que a legenda faz oposição ao governador Tarso Genro. O partido teria que optar entre ceder o palanque ao senador Aécio Neves (PSDB) ou ao governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).

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"Nossa tendência aqui é apoiar Campos ou Aécio. Achamos que, em nível nacional, o partido não deve apoiar ninguém, deixando os estados com liberdade para compor alianças", afirma o presidente do PP gaúcho, Celso Bernardi.

Apesar da relutância da senadora Ana Amélia Lemos em se confirmar sua candidatura ao Palácio Piratini, os dirigentes do PP asseguram que a jornalista é o nome mais cotado para a função. "Ela é hoje a maior liderança do partido. É natural que ela tenha muita influência neste processo", admite Bernardi.

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O critério para a escolha de aliados no Rio Grande do Sul será o de buscar o diálogo com partidos que fazem oposição a Tarso: PMDB, PSDB, DEM e, agora, o PSB. Bernardi reconhece que PSB e PMDB poderão ter candidatos, mas entende que o importante é firmar uma parceria para um eventual segundo turno.

PMDB gaúcho ainda não definiu apoio a candidatura nacional

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O PMDB gaúcho já definiu que terá candidato ao Palácio Piratini. Resta, agora, anunciar oficialmente quem será o representante do partido na disputa. Internamente, o nome mais forte é o do ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori. Entretanto, até o momento Sartori não confirmou a intenção de concorrer. Há também quem cogite os nomes do ex-governador Germano Rigotto e do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça.

Independentemente do nome a ser escolhido, o partido já vem trabalhando na elaboração de um programa de governo e na busca por parceiros. O presidente do PMDB gaúcho, deputado estadual Edson Brum, já se reuniu com líderes do PSB, do PSDB, do PP, do PDT e do DEM.

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"O certo é que teremos candidato ao governo", garante Brum, que se reúne nesta sexta-feira (18) com o deputado federal Vieira da Cunha (PDT). Ele observa que o partido ainda não tem oferecido posições na chapa majoritária a aliados. Ainda é preciso definir como ficará a disputa pelo Senado, já que Pedro Simon declarou que está "à disposição" da legenda. A vaga é cobiçada também por Rigotto e pelo ex-deputado federal Ibsen Pinheiro.

Nacionalmente, o PMDB gaúcho ainda não tomou uma posição. O partido, que tem o vice-presidente da República Michel Temer, entende que o apoio à reeleição de Dilma estaria condicionado ao apoio da presidente ao candidato peemedebista ao Piratini. Entretanto, os petistas gaúchos não aceitam dividir o palanque presidencial com o PMDB.

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Edson Brum afirma que o apoio a Eduardo Campos, e, portanto, uma aliança com o PSB, "pode acontecer no PMDB do Rio Grande do Sul". Mas ele ressalva que ainda é muito cedo para que essa definição seja tomada.

PDT se encaminha para ter candidatura própria ao Piratini

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O PDT gaúcho – que integra a base aliada de Tarso Genro – se encaminha para bancar uma candidatura própria ao governo do estado. A decisão será oficialmente tomada em dezembro, mas o próprio presidente do partido no Rio Grande do Sul, Romildo Bolzan Júnior, admite que "se a decisão fosse fechada hoje, teríamos candidatura própria". O nome cotado para representar os pedetistas na disputa é o do deputado federal Vieira da Cunha.

Romildo afirma que o PDT já se reuniu com o PSB, o PSD, o PPS, o DEM e o PRB. A intenção do partido é oferecer a aliados a vaga de vice-governador e de suplente ao Senado. A vaga de senador deverá ser disputada por Lasier Martins.

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Nacionalmente, o PDT gaúcho espera que o partido apresente uma candidatura própria ao Palácio do Planalto. "Vamos levar uma moção neste sentido à direção nacional", informa Romildo. O nome apoiado pela direção estadual é o do senador Cristóvam Buarque, do Distrito Federal.

PSB prioriza busca por palanque a Eduardo Campos

O PSB gaúcho já desembarcou do governo Tarso Genro e agora prioriza a busca por um palanque a Eduardo Campos no Rio Grande do Sul. Neste cenário, dialoga com PMDB, PP e PDT, que deverão apresentar candidaturas próprias ao Palácio Piratini e ainda não definiram qual chapa nacional irão apoiar.

"Estamos conversando com as três candidaturas postas. A palavra mágica para nós no Rio Grande do Sul é Eduardo Campos", afirma o deputado federal Beto Albuquerque, o principal articulador da candidatura do governador de Pernambuco.

No sábado, o PSB realiza em Passo Fundo o segundo encontro regional para debater as eleições de 2014. Beto informa que o partido ainda está aparando as arestas da união operada com a Rede Sustentabilidade de Marina Silva. No Rio Grande do Sul, várias lideranças da Rede se juntaram ao PSB e pretendem disputar cargos eletivos no próximo ano.

PT busca manter aliados para tentar reeleger Tarso

O PT gaúcho está na busca pela manutenção dos atuais aliados para tentar reeleger o governador Tarso Genro. Em 2010, a chapa formada por PT, PSB, PCdoB, PPL e PR acabou vencedora e conquistou a adesão do PDT, do PTB e do PRB.

Atualmente, o governo gaúcho perdeu o apoio do PSB e encara possibilidade de ter os pedetistas também fora do palanque. Neste cenário, cresce a importância de aliados como PTB e PCdoB.

"Ainda não desistimos da possibilidade de contarmos com o PDT no primeiro turno", afirma o presidente estadual do PT Raul Pont. Ele confirma que "não existe nenhuma perspectiva" de que o candidato petista não seja Tarso Genro.

Se a saída do PDT acabar se confirmando, o PTB será um dos principais aliados do PT na disputa pela reeleição – podendo, desta forma, ocupar a vaga de vice na chapa. O governador vem manifestando interesse em que o posto seja preenchido pelo ex-senador Sérgio Zambiasi, entretanto o petebista ainda não tomou uma decisão.

"É um nome cotadíssimo. Se ele quiser ser vice, o governador ficaria muito contente. Já foram feitos convites, mas ele está pensando. É uma questão de foro íntimo, já que Zambiasi tinha decidido que sairia da vida pública", comenta Luiz Carlos Busato, presidente estadual do PTB e secretário de Obras do governo gaúcho. Ele reconhece que "a tendência é ficarmos com Tarso" em 2014.

 

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