Aécio: economistas não são meus “porta-vozes”
Pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves diz que especialistas econômicos com quem se aconselha são "muito qualificados", porém não respondem por ele; "São pessoas com quem eu converso, mas não quer dizer que o que eles dizem é a minha posição", afirmou, em Porto Alegre; declaração é resultado de ruídos que têm saído na mídia sobre a opinião dessa equipe; Samuel Pessôa, por exemplo, propôs mudar o cálculo do salário mínimo para menos; "Não há clima para mudar o salário mínimo", respondeu hoje o tucano; ex-presidente do BC Armínio Fraga disse que juro alto era "boa notícia"
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Rio Grande do Sul 247 – Em visita a Porto Alegre nesta segunda-feira 11, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (PSDB-MG), disse que os economistas com quem geralmente se aconselha são "muito qualificados", porém não são seus "porta-vozes". "São pessoas com quem eu converso, mas não quer dizer que o que eles dizem é a minha posição", disse o tucano.
A declaração é resultado dos ruídos que têm saído na imprensa com as propostas desses conselheiros. Nesta segunda-feira, por exemplo, o jornal Valor Econômico publicou uma reportagem intitulada "As ideias dos economistas que fazem a cabeça de Aécio". Uma das propostas citadas foi a de mudar o cálculo do salário mínimo para menos.
"A minha opinião é que a manutenção da atual regra vai obrigar o governo a criar novos impostos ou a aumentar aqueles existentes", avaliou o professor da Fundação Getúlio Vargas Samuel Pessôa, um dos economistas com quem Aécio tem conversado. Hoje o senador mineiro rebateu a sugestão: "Não há clima para mudar o salário mínimo".
Em entrevista ao jornal Brasil Econômico, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga defendeu o juro alto, uma entrega maior do Estado e um BNDES menor. Para o economista, que contou conhecer Aécio "há muitos anos" e fazer parte de discussão econômica com o pré-candidato à Presidência, seria válido fazer ajustes "ao que foi feito nos últimos seis anos", ou seja, desde que Guido Mantega se tornou ministro da Fazenda.
O parlamentar, que participou nesta tarde de uma palestra na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), parece mandar o seguinte recado aos nomes convidados a participar das discussões de sua pré-candidatura: que fiquem calados. Além de Pessôa e Armínio, outros economistas são Edmar Bacha, Gustavo Franco e Elena Landau, todos integrantes do governo FHC.
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