Servidores fazem protesto no Centro Administrativo

Aos gritos de "Se parcelar, o Estado vai parar", um grupo de servidores estaduais do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) fez um protesto nas duas rampas de acesso ao CAFF, na Capital; a manifestação foi motivada pela possibilidade de parcelamento dos salários da folha de julho noticiado na imprensa, porém não confirmado ainda pelo governo; com apitos e cartazes com frases como "Não tenho culpa" e "Queremos nosso salário", os servidores de diferentes setores do Centro Administrativo se concentraram em boa parte do tempo em uma das rampas do local; nesta quinta-feira (30), eles irão novamente fazer protesto no local, a partir das 10h

29/07/2015 - Servidores do Estado protestam no Centro Administrativo contra possível parcelamento de salários. | Foto: Caroline Ferraz
29/07/2015 - Servidores do Estado protestam no Centro Administrativo contra possível parcelamento de salários. | Foto: Caroline Ferraz (Foto: Leonardo Lucena)


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Jaqueline Silveira, Sul 21 - Aos gritos de "Se parcelar, o Estado vai parar", um grupo de servidores estaduais do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) fez um protesto na manhã desta quarta-feira (29) nas duas rampas de acesso ao CAFF, na Capital. A manifestação foi motivada pela possibilidade de parcelamento dos salários da folha de julho noticiado na imprensa, porém não confirmado ainda pelo governo. Nesta quinta-feira (30), os servidores irão novamente fazer protesto no local, a partir das 10h.

Com apitos e cartazes com frases como "Não tenho culpa", "Parcelamento não" e "Queremos nosso salário", os servidores de diferentes setores do Centro Administrativo se concentraram em boa parte do tempo em uma das rampas do local. Os funcionários organizaram a manifestação desta quarta no final da tarde de terça-feira (28). "Nós estamos angustiados nas unidades de trabalho com o parcelamento de salário", afirmou Isabel Almeida, uma das organizadoras do ato e que trabalha na Secretaria da Administração. "Esse é o pontapé inicial", acrescentou ela, sobre as novas manifestações que pretendem realizar no CAFF até o governo se pronunciar oficialmente sobre o assunto. "Esse filme, a gente já viu", concluiu Isabel.

“O governo precisa entender que atrás de um servidor tem um pai de família”, frisou a servidora Simone, que preferiu não informar o sobrenome, sobre a preocupação com o parcelamento de salários. Ela, que também ajudava a puxar o protesto, disse que os funcionários têm, por exemplo, condomínio e creche dos filhos para pagar. Em caso de o Palácio Piratini confirmar o parcelamento, Simone, que trabalha na Secretaria de Saúde, frisou que o Estado irá parar, o que, na sua avaliação, será prejudicial à economia do Rio Grande do Sul.  “Infelizmente, está caindo em cima dos servidores”, afirmou, sobre a crise financeira do Estado.

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Depois de permanecerem por quase uma hora em uma das rampas, os manifestantes se deslocaram para o outro lado do CAFF. No trajeto, os funcionários faziam um apelo para os colegas que acompanhavam das janelas a se engajarem no ato. “Desce, desce, desce”, pediam os servidores. Já posicionados na outra entrada de acesso ao Centro Administrativo, eles continuaram a chamar o pessoal que acompanhava de suas salas. “Você, aí sentado, também é parcelado”, “A luta é aqui no chão, de camarote não”, gritavam em coro os manifestantes. Depois de uma hora, os funcionários voltaram aos postos de trabalho, deixando um recado aos colegas: “Amanhã, tem mais”.

Reunião da frente

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Na tarde desta quarta-feira, a coordenação da Frente de Servidores fará uma reunião na sede do Comando dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), às 16h, para tratar sobre a possibilidade do parcelamento de salários e as medidas que devem ser adotadas. Já no dia 18 de agosto, no Largo Glênio Peres,  haverá uma assembleia geral, quando poderá ser deflagrada greve geral dos servidores estaduais.

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