Dilma critica Lava Jato e pede “respeito” da mídia

Em Caxias do Sul (RS), onde entregou unidades do Minha Casa, Minha Vida, a presidente voltou a comentar a 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na última sexta contra o ex-presidente Lula; "Não é possível aceitar que no Brasil nós tenhamos pessoas que jamais se recusaram a depor, como é o caso do presidente Lula, que sempre aceitou, não tem o menor sentido conduzi-lo sob vara para prestar depoimento se ele jamais se recusou a ir"; em meio a uma campanha sistemática da imprensa contra o governo, o PT e Lula, Dilma Rousseff disse ainda que "não podemos demonizar pessoas ou órgãos de imprensa, não podemos demonizar opinião diferente da nossa, mas temos que exigir respeito e dar respeito aos outros"; ela também voltou a criticar o que chamou de "vazamentos sistemáticos" de depoimentos

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de 320 unidades habitacionais em Caxias do Sul/RS e entregas simultâneas de 976 em Sobral/CE, 432 em Três Lagoas/MS, 400 em Jundiaí/SP e 306 em Paracatu/MG. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de 320 unidades habitacionais em Caxias do Sul/RS e entregas simultâneas de 976 em Sobral/CE, 432 em Três Lagoas/MS, 400 em Jundiaí/SP e 306 em Paracatu/MG. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Gisele Federicce)


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247 – A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar, durante discurso em Caxias do Sul (RS) nesta segunda-feira 7, a 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia, deflagrada na última sexta-feira 4 contra o ex-presidente Lula e sua família. Na ocasião, Lula foi alvo de condução coercitiva – quando a pessoa é levada forçosamente para depor e liberada em seguida.

"Não é possível aceitar que no Brasil nós tenhamos pessoas que jamais se recusaram a depor, como é o caso do presidente Lula, que sempre aceitou, não tem o menor sentido conduzi-lo sob vara para prestar depoimento se ele jamais se recusou a ir", criticou Dilma, que no fim de semana foi até a casa de Lula, em São Bernardo do Campo (SP), em solidariedade.

Dilma citou ainda problemas na economia e afirmou ainda que parte desses problemas se deve àqueles que, "inconformados" com a derrota nas urnas em 2014, querem antecipar as eleições de 2018, provocando uma "sistemática crise política".

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"A oposição tem absoluto direito de divergir, mas não pode, sistematicamente, ficar dividindo o país. Não pode. Sabem por que? Porque tem certo tipo de luta política que cria um problema sistemático não só para a política, mas, também, para a economia e afeta a criação de emprego, o crescimento das empresas e ninguém fica satisfeito quando começa aquela briga", disse.

Em meio a uma campanha sistemática da imprensa contra o governo, o PT e o ex-presidente Lula, Dilma Rousseff declarou ainda que "não podemos demonizar pessoas ou empresas de mídia, não podemos demonizar opinião diferente da nossa, mas temos que exigir respeito e dar respeito aos outros". Durante a cerimônia, Dilma entregou 320 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

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Leia mais na reportagem da Agência Brasil:

Dilma: não tem sentido conduzir Lula "sob vara" para prestar depoimento

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Ana Cristina Campos – A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender hoje (7) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, na sexta-feira (4), foi levado a prestar depoimento na Polícia Federal, em São Paulo, na 24ª fase da Operação Lava Jato.

"Justiça seja feita: sempre o presidente Lula aceitou, ao ser convidado para prestar esclarecimentos, ele sempre foi. Não tem o menor sentido conduzi-lo 'sob vara' para prestar depoimento se ele jamais se recusou a ir. Nem cabe alegar que estavam protegendo ele. Como disse um juiz, era necessário saber se ele queria ser protegido porque tem certo tipo de proteção que é muito estranho", afirmou Dilma, durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

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Com a deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal conduziu o ex-presidente, que estava em casa, em São Bernardo do Campo, a uma unidade da polícia no Aeroporto de Congonhas para tomar seu depoimento.

Em nota divulgada no sábado (5), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato na primeira instância, disse que a condução coercitiva de Lula não significa "antecipação de culpa do ex-presidente".

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Vazamentos

Dilma também voltou a criticar o que ela classificou de vazamentos sistemáticos de depoimentos. "Além disso, no Brasil, nós temos assistido a vazamentos sistemáticos e esses vazamentos provam, a partir de um determinado momento, que não são verdadeiros, mas aí o estrago de jogar lama nos outros já ocorreu. Eu não acho que a gente não pode demonizar ninguém, nem pessoas, nem órgãos de imprensa, nem opinião diferente da nossa. Agora, temos de exigir o respeito para si e dar o respeito para os outros", acrescentou.

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Críticas à oposição

A presidenta ainda criticou uma parte de oposição pelo aprofundamento da crise política o que, segundo ela, intensifica o período de dificuldades econômicas por que passa o país. "Uma parte desse momento de dificuldades é devida à sistemática crise política que provocam no país aqueles inconformados que perderam as eleições e querem antecipar a eleição [presidencial] de 2018. Um governo tem de querer a unidade dos brasileiros. Um governo governa para todos os brasileiros, não governa para uma parte da população", disse.

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Sem citar nomes, Dilma afirmou que essa parcela da oposição está dividindo o país. "A oposição tem o absoluto direito de divergir, mas não pode ficar sistematicamente dividindo o país. Não pode porque tem certo tipo de luta política que cria um problema sistemático não só para a política, mas também para a economia, para a criação de empregos, para o crescimento das empresas".

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