Jackson está pronto para disputa eleitoral de 2014
Na entrevista concedida nesta terça-feira (21), o vice-governador fez uso de importantes estratégias: reforçou a tese do prejuízo causado pela primeira reprovação do Proinveste por parte da oposição; atacou duramente os três principais nomes da oposição; fez discurso incisivo, lançou desafios e relacionou sua atuação ao trabalho da presidente Dilma; Jackson mostrou ainda que tem foco: mesmo quando fez críticas a Edivan e a André Moura, não deixou de citar Eduardo, que deverá ser o nome da oposição para a eleição do próximo ano
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Valter Lima, do Sergipe 247 – O vice-governador Jackson Barreto (PMDB) está pronto para a disputa eleitoral de 2014. O discurso contra o adversário está afiado, o alinhamento à presidente Dilma Rousseff (PT) é acertado e é correta a defesa que faz dos mandatos que já exerceu e do Governo que integra. A longa entrevista que concedeu nesta terça-feira (21) ao radialista George Magalhães (no programa “A Hora da Verdade”, na Megga FM) é a prova disso.
Na crítica incisiva que faz ao presidente do PTB, Edivan Amorim, e ao senador Eduardo Amorim (PSC), o vice-governador consegue demonstrar melhor do que qualquer outro integrante da base governista as contradições na mudança de posicionamento da oposição em relação ao Proinveste. Foi acertada, na entrevista, a estratégia de mostrar obras nas áreas de Saúde, Segurança e Educação que integravam a primeira proposta do empréstimo, que foi rejeitada pelo grupo liderado pelos Amorim. “Se mostram tão preocupados com estas questões, mas quando tiveram a oportunidade de liberar investimentos, votaram contra”, disse.
Também causa constrangimento entre os adversários de Jackson expor as ações judiciais, processos e condenações que eles já sofreram. Sobre isto, o líder do PMDB citou Edivan (casos no Paraná, Rio Grande do Norte e em Alagoas), Eduardo (problemas com a Justiça, pelo período em que foi secretário da Saúde no último Governo João) e também o deputado federal do PSC, André Moura (improbidade administrativa em Pirambu e Japaratuba). Para amparar suas acusações (graves, diga-se de passagem), o vice-governador leu diversos documentos, que dizia se tratar de condenações contra Edivan (por quem mostrou maior irritação).
Foi, inclusive, para responder a pecha de ultrapassado, dada pelo presidente do PTB, que Jackson produziu o momento mais incisivo da sua entrevista. “Não aceito ser chamado de ultrapassado. Ultrapassado é quem faz sujeira, quem faz política como coronel do interior, é quem compra voto, é quem ganha eleição comprando consciência, é quem transforma as pessoas naquela antiga marca de sabonete, “vale quanto pesa”. Você tem que se julgar útil à sociedade, ser competente, qualificado, moderno, antenado, trabalhador, sem se preocupar em fazer patrimônio público com dinheiro alheio”, disse.
E foi acachapante e desafiador. “Levante meu tempo de vida pública para ver o que eu construí. Não sou empresário, não sou pecuarista, não tenho 30 mil cabeças de gado em Minas Gerais, não tenho cadeia de emissoras de rádio, não sou comerciante. Sou cidadão simples e comum. Não me sinto ultrapassado. Sinto-me forte, com coragem, saudável, trabalhador, pronto para servir o meu Estado na hora que meu povo achar que seja a hora certa”, disse.
Em vários momentos, o vice-governador citou obras e ações que estão sendo desenvolvidas pelo atual Governo. Falou em rodovias, novas estradas, chegada de empresas e indústrias ao Estado, que repercutem na geração de empregos. Também citou sua recente viagem a Espanha, destacou o projeto de isenção dos impostos sobre motos e lembrou de sua atuação como prefeito de Aracaju. Referiu-se também à presidente Dilma, tentando estabelecer semelhanças na forma de atuar politicamente e administrativamente. Jackson revelou ainda que tem percorrido a periferia da Grande Aracaju com freqüência. “No sábado, tomei café da manhã na Piabeta, almocei no Calumby, visitei obras no Albano Franco, fui a Taiçoca, fui para a festa do Dia das Mães, em Socorro”, informou.
Com pouco mais de um ano para iniciar a campanha eleitoral, Jackson mostra disposição para fazer o enfrentamento ao adversário posto até o momento, o senador Eduardo Amorim. Contra ele, o vice-governador mostrou não titubear, nem perder o foco. Mesmo quando criticou Edivan e André Moura, Jackson deu um jeito de incluir Eduardo, que será o seu adversário oficial a partir de julho de 2014. O líder do PMDB tem foco.
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