Empresários querem Pré-Caju menor, mais ordenado, mas sem mudar de local

Pesquisa realizada pela Acese mostra que 39,6% dos empresários se queixam dos transtornos causados pelo evento quer seja de forma direta (22,8%) ou indireta (13,8%) mesmo sendo visto como boa oportunidade de negócios (33,2%) ou de lazer (30,2%); 54,1% aprova a permanência do Pré-caju onde se encontra atualmente; "entre as nossas propostas estão à redução da quantidade de dias da festa, a não-concessão do ponto facultativo e o não fechamento das ruas", diz presidente da Acese

Empresários querem Pré-Caju menor, mais ordenado, mas sem mudar de local
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Sergipe 247 - A Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) recebeu do Ministério Público Estadual, no mês de fevereiro de 2013, ofício solicitando informações da entidade sobre a realização do Pré Caju, sob a ótica dos lojistas e empresários da região e áreas próximas.

Após a solicitação, a Acese firmou parceria com a W1emcampo para a realização de uma pesquisa com associados, comerciantes do entorno da área onde ocorre a festa, no Bairro 13 de Julho, bem como com os responsáveis por bares e restaurantes, hotéis e shoppings, capaz de obter informações sobre as opiniões dos empresários sobre o impacto que prévia carnavalesca provoca no comércio local e na economia, de forma a subsidiar a resposta da Acese ao MP.

A pesquisa ocorreu no período de 1º a 20 de abril e analisou 268 entrevistas entre micro, pequenas e grandes empresas, dos diversos segmentos. 13 de Julho, Luzia, Coroa do Meio, Grageru, Jardins e Ponto Novo foram os bairros visitados. Os dados apontam que 39,6% dos estabelecimentos se queixam dos transtornos causados pelo evento quer seja de forma direta (22,8%) ou indireta (13,8%) mesmo sendo visto como boa oportunidade de negócios (33,2%) ou de lazer (30,2%). Os transtornos mais evidentes são aos estabelecimentos do segmento de comércio varejista.

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Na avaliação dos pontos negativos e positivos, as opiniões dos empresários entram em conflito. O que para alguns é apontado como negativo, para outros é percebido de forma positiva. De forma negativa, ficou demonstrado que os maiores transtornos causados aos estabelecimentos seriam: diminuição nas vendas; dificuldades causadas no trânsito e na mobilidade urbana; fechamento de forma antecipada de ruas e estabelecimentos; período prolongado; aumento da violência urbana. De acordo com a pesquisa, os mais prejudicados são os estabelecimentos do bairro Coroa do Meio, com ênfase ao Shopping Riomar, que, durante a festa, antecipa seu fechamento.

De forma positiva foram apontados: aumento do número de turistas na cidade; geração de emprego e renda principalmente na atividade informal; maior fluxo de pessoas; aumento no volume das prestações de serviços; maior taxa de ocupação nos hotéis; melhor volume de vendas de determinados produtos. Segundo dados, os mais beneficiados, além dos integrantes da economia informal, são os estabelecimentos do comércio e de serviços. Em sua maioria empresas de pequeno e médio porte.

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Localização do evento

A pesquisa buscou também informações sobre a localização do evento e como implicação pelos transtornos e resultados negativos apontados. 42,9% dos entrevistados entendem que o evento deveria mudar o local de sua apresentação. A maioria (54,1%) aprova a permanência do Pré-caju onde se encontra atualmente. A Orla da Atalaia foi apontada como a melhor opção, para os que apoiariam a mudança de local, por ser um “espaço aberto e mais amplo”, segundo os entrevistados.

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Durante a aplicação dos questionários, os empresários opinaram também sobre formas de como minimizar os transtornos e os impactos causados à economia e a mobilidade urbana. Entre as sugestões estão: evitar o fechamento antecipado das ruas; evitar o fechamento definitivo de algumas ruas; evitar o fechamento antecipado de alguns estabelecimentos; realizar a mudança do horário do evento (começar mais tarde); acabar com a decretação do ponto facultativo durante o evento; diminuição de um dia do evento; utilizar mais o turno da noite para a montagem e desmontagem das estruturas; melhorias na organização do trânsito e transportes públicos.

Os resultados da pesquisa foram debatidos no almoço realizado pela Acese na última sexta-feira (24). Para o presidente da Associação de Lojistas do Shopping Riomar, Sergio Tavares, o prejuízo é grande na época da festa, pois o estabelecimento é obrigado a fechar as portas às 17h por causa da mudança no trânsito e do congestionamento na região. “Sugerimos uma mudança no roteiro do evento, que não precise fechar a ponte do Riomar. Seria algo que não mudaria o local e minimizaria os prejuízos para os comerciantes da região”, disse Tavares.

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A empresária e conselheira da Acese, Hortencia Machado, avaliou o encontro como valioso e também sugeriu mudanças. Viabilidade, mobilidade urbana, acessibilidade e segurança foram temas debatidos e considerados relevantes em um evento como o Pré-caju. O superintendente da SMTT, Nelson Felipe, o comandante da Polícia Militar, Capitão Melo e o presidente da Associação de Blocos e Trios, Lourival Oliveira, se puseram à disposição para juntos, tentarem amenizar os transtornos causados. Uma segunda reunião foi agendada para o início de junho onde todas as sugestões serão avaliadas.

Segundo o presidente da Acese, Alexandre Porto, a festa deve se adequar ao local, o que de acordo com ele, ocorre de forma contrária. “A Acese sugere algumas mudanças. O resultado da pesquisa serviu pra trazer melhorias para o evento. Entre as nossas propostas estão à redução da quantidade de dias da festa, reduzir um dia já ameniza o prejuízo e os contratempos na área, o ponto facultativo é algo que também não apoiamos e o fechamento das ruas com manilhas. Estas são algumas propostas que devemos estudar para que o Pré-caju aconteça com menos transtornos para todos.”, concluiu.

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