Jackson cresce para 2014, mas enfrenta resistência e crise entre aliados

Coincidentemente, os colunistas políticos André Barros, Cláudio Nunes e Diógenes Brayner fazem nesta sexta avaliação do cenário político para Jackson Barreto (PMDB); André fala no crescimento do governador em exercício, com a agenda positiva das últimas semanas, mas diz que "há amigos que não suportam o sucesso" do vice; Cláudio afirma que crescem "as especulações com intuito de jogar Déda contra Jackson; Brayner, por sua vez, alerta que "será preciso uma ampliação do diálogo para acomodar insatisfações internas, corrigir distorções e reavaliar interesses, naturais em períodos pré-eleitorais"

Jackson cresce para 2014, mas enfrenta resistência e crise entre aliados
Jackson cresce para 2014, mas enfrenta resistência e crise entre aliados


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Sergipe 247 – Os três principais colunistas do jornalismo político sergipano abordam nesta sexta-feira (14) questões relacionadas ao vice-governador Jackson Barreto (PMDB), a atuação dele como governador em exercício, a pré-candidatura ao Governo em 2014 e a suposta crise de relação entre o PT e o PMDB.

Segundo o jornalista Cláudio Nunes, em seu blog no Portal Infonet, “nos últimos dias cresceram as notas e especulações com o intuito de tentar jogar o governador licenciado Marcelo Déda contra o governador em exercício Jackson Barreto”. Isto estaria sendo realizado por “gente do próprio Governo”, que “começa a trabalhar para inviabilizar a administração”, mas também para prejudicar as alianças políticas. “Tem gente plantando notas questionando a legitimidade do governador em exercício. Não é falta de conhecimento não. É politicagem e falta do que fazer. Principalmente alguns parasitas”, afirma.

Já o jornalista André Barros, que assina uma coluna no Correio de Sergipe e que também a disponibiliza no blog Sergipe Notícias, diz que “todo mundo já sentiu o fortalecimento político do nome do vice-governador Jackson Barreto (PMDB) a partir dessa agenda positiva que tem sido posta em prática pelo governo nas últimas semanas”. Ele ressalta que “não há como negar que as inúmeras inaugurações de obras, em vários cantos do estado, têm transformado o atual cenário político com vistas a 2014”. No entanto, segundo André, supostos “amigos” não suportam o sucesso do governador em exercício. “

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“Principalmente, porque esse sucesso de Jackson reflete os fracassos desses “amigos” em vários setores da administração. Parece incoerente, não é? Mas é a mais pura realidade. Caso contrário, o pré-candidato desse agrupamento não teria apenas um “tempinho”, mas todo tempo possível à frente do governo, nesse curto período até as eleições”, avalia.

No comentário do jornalista Diógenes Brayner, que também mantém uma coluna no Correio de Sergipe (que é reproduzida no FaxAju), “é preciso analisar sem paixão que a consolidação da aliança, hoje liderada pelo PT, terá dificuldades em sua rearrumação”. Na visão dele, “será preciso uma ampliação do diálogo para acomodar insatisfações internas, corrigir distorções e reavaliar interesses, naturais em períodos pré-eleitorais. O quadro vai precisar de alguns retoques em sua pintura, que se desgasta com a convivência por muito tempo. É preciso reconstruir uma nova concepção, que fortaleça a aliança e consolide a unidade, essencial nas disputas majoritárias e proporcionais, principalmente a presidente, governador e deputado (estadual ou federal).

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Comentário de Cláudio Nunes:

Para alguns: legitimidade do governador JB

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Nos últimos dias cresceram as notas e especulações com o intuito de tentar jogar o governador licenciado Marcelo Déda contra o governador em exercício Jackson Barreto. Aliás, no primeiro governo Déda, quando ele teve que se ausentar por cerca de dois meses e o então vice, Belivaldo Chagas assumiu foi a mesma coisa. Gente do próprio governo, tentando agradar, começa a trabalhar para inviabilizar a administração.

Agora o problema é pior. Não é só na parte administrativa, mas na área política. Tem gente plantando notas questionando a legitimidade do governador em exercício. Não é falta de conhecimento não. É politicagem e falta do que fazer. Principalmente alguns parasitas.

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Todos torcem para que o governador Marcelo Déda se recupere plenamente e retorne ao comando do governo estadual. E com força total para fazer as mudanças necessárias, já que muitos estão em cargos comissionados, mas o comprometimento é com o grupo da oposição.

E esses mesmos parasitas esquecem que na impossibilidade do governador Marcelo Deda não retornar ao comando por mais algumas semanas, Jackson Barreto é o legitimo governador. Com poderes para tomar as decisões necessárias.

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Em todos os locais e inaugurações que vai, Jackson Barreto fala o nome de Marcelo Déda por diversas vezes. Jamais ele deixará de ter gratidão ao governador, independente de assumir o governo ou não, com a possibilidade de Déda ser candidato em 2014.

Agora, quem conhece Jackson Barreto, não sabe como ele está aguentando sem “chutar o pau da barraca”, ao ver que muitos no governo estão comandando ações que só beneficiam a oposição.

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Comentário de André Barros

Jackson cresce com agenda positiva

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Todo mundo já sentiu o fortalecimento político do nome do vice-governador Jackson Barreto (PMDB) a partir dessa agenda positiva que tem sido posta em prática pelo governo nas últimas semanas. Não há como negar que as inúmeras inaugurações de obras, em vários cantos do estado, têm transformado o atual cenário político com vistas a 2014. A pré-candidatura de Jackson sofreu um impulso tão grande, nesses últimos dias, que, nas avaliações de bastidores, é dado como certo um resultado bem diferente nas próximas pesquisas de opinião pública. Já se espera um distanciamento bem maior entre o nome dele e o do senador Eduardo Amorim (PSC), também considerado um dos fortíssimos pré-candidatos ao governo, nas eleições do ano que vem.

Experiente, o vice-governador está correndo contra o tempo antes do retorno de Marcelo Déda ao governo, provavelmente, na semana que vem. E tem que correr mesmo. Jackson precisa aproveitar cada segundo desse tempinho que lhe permitem estar à frente do Executivo para provar à população - e ao eleitorado - que com ele tudo será diferente. E é aí onde está o grande problema. Os “amigos” não suportam o seu sucesso. Principalmente, porque esse sucesso de Jackson reflete os fracassos desses “amigos” em vários setores da administração. Parece incoerente, não é? Mas é a mais pura realidade. Caso contrário, o pré-candidato desse agrupamento não teria apenas um “tempinho”, mas todo tempo possível à frente do governo, nesse curto período até as eleições.

Mas enquanto Déda não retoma o seu lugar, nesta sexta-feira, o governador em exercício, Jackson Barreto, fará mais uma maratona de inaugurações no interior do estado. São obras nas áreas da saúde, educação e infraestrutura que serão inauguradas nos municípios de Nossa Senhora de Lourdes, Graccho Cardoso, Itabi, Canhoba e Aquidabã, todos localizados no Médio Sertão sergipano. Jackson tem que correr. Se não o bicho pega...

Comentário de Diógenes Brayner:

Jorge Alberto e o PMDB

O ex-deputado federal Jorge Alberto (PMDB) pretende retornar à Câmara Federal. Tem tudo para disputar a eleição de 2014 por sua legenda ou por outra, caso não seja atendido em algumas de suas reivindicações. Uma delas, que não parece tão simples: retornar à Casa Civil do Governo, de onde nunca saiu. Pouca gente sabe, mas Jorge Alberto não foi exonerado do cargo e reconhece que sua ausência lhe trás “prejuízo político tremendo”.

É preciso analisar sem paixão que a consolidação da aliança, hoje liderada pelo PT, terá dificuldades em sua rearrumação. Será preciso uma ampliação do diálogo para acomodar insatisfações internas, corrigir distorções e reavaliar interesses, naturais em períodos pré-eleitorais. O quadro vai precisar de alguns retoques em sua pintura, que se desgasta com a convivência por muito tempo.

É preciso reconstruir uma nova concepção, que fortaleça a aliança e consolide a unidade, essencial nas disputas majoritárias e proporcionais, principalmente a presidente, governador e deputado (estadual ou federal).

O ex-deputado federal Jorge Alberto recebeu telefonema do presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), marcando uma reunião com ele, vice-presidente Michel Temer e a Executiva do partido. Será na próxima semana. Raupp quer que Jorge Alberto permaneça na legenda, dispute vaga de deputado federal e integre o Diretório Nacional.

É tentador, claro, mas ainda há alguma coisa a se definir.

Jorge Alberto também foi convidado pelo PRB para filiar-se à legenda e ser candidato a deputado federal. Foram conversas iniciais que não se aprofundaram, mas ele não descartou a possibilidade. No fundo, o seu desejo é permanecer na sigla que iniciou sua vida política, mas precisa que a legenda também entenda que há necessidade de proteger os filiados que sempre estiveram com ela, em todas as circunstâncias.

O presidente regional do PMDB, governador em exercício Jackson Barreto, conversou terça-feira com Jorge Alberto. Também pediu para que ele permanecesse no partido, ressaltou a força política que ele (Jorge) mantém e solicitou que fosse candidato a deputado federal. Jackson Barreto, pré-candidato natural à sucessão de Marcelo Déda, quer fortalecer o partido para a disputa eleitoral de 2014, sem que ninguém se disperse.

O ex-deputado Jorge Alberto foi sincero. Disse que havia necessidade de um ajuste interno na composição, voltado exclusivamente para as eleições do próximo ano. Acha também que o PMDB deve dar garantia partidária aos seus candidatos, porque não dá para se ater apenas na disputa majoritária, mas também tem que olhar para os proporcionais. Admite que é a hora do partido adquirir maior musculatura no Estado.

Na realidade, para permanecer no PMDB, Jorge Alberto fez uma reivindicação: que seja regularizada sua situação como chefe da Casa Civil do Governo. Explicou que esteve de férias pelo período de dois meses, com mais três de licença prêmio, mas que continua oficialmente na chefia da Casa Civil e deseja sua recondução de fato.

Alberto lembrou que Silvio Santos (PT), atual chefe da Casa Civil, ainda não foi exonerado da Saúde e continua titular da Pasta. Pediu para que Jackson Barreto revisse tudo isso, para que o PMDB mantenha o espaço que sempre teve no Governo.

Jackson ouviu tudo em silêncio e não lhe disse o que faria. Como governador em exercício não pretende se exceder, mas verá como vai conduzir tudo isso. Jackson não quer perder Jorge Alberto, mas jamais vai contrariar o governador Marcelo Déda, principalmente neste momento em que ele faz um tratamento difícil para recuperar a saúde.

O jeito é aguardar...

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