Interdição da Beira-Mar foi desnecessária

Este é o resultado de um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), sobre Projeto de Defesa Litorânea da Praia 13 de Julho, que constatou que não há necessidade de interdição do trecho da avenida Beira-Mar, como fez a prefeitura desde 4 de maio, por determinação judicial; não foi identificado indício de perda de material de composição do aterro ou mesmo danos maiores ao pavimento, que justificassem a classificação da área como sendo de risco de colapso iminente, como foi propalado pelo prefeito João Alves Filho (DEM) e por assessores

Interdição da Beira-Mar foi desnecessária
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Jornal do Dia - A pedido da Agência Nacional de Águas (ANA), a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), da Universidade de São Paulo, elaborou relatório sobre o Projeto de Defesa Litorânea da Praia 13 de Julho junto à foz do rio Sergipe e constatou que não há necessidade de interdição do trecho da avenida Beira Mar, como fez a Prefeitura de Aracaju desde o último dia 4 de maio.

Assinado pelos professores Moisés Tessler (Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo) e José Carlos Bernadino (Escola Politécnica da USP), o relatório informa que após reunião na Adema, no último dia 3 de junho, foi feita uma vistoria técnica no local e não foi identificado nenhum indício visível de perda de material de composição do aterro ou mesmo danos maiores ao pavimento, que justificassem a classificação da área como sendo de risco de colapso iminente.

"O muro externo de contenção do aterro, que fica exposto à ação de ondas, está aparentemente em bom estado, não tendo sido encontrados vestígios de fuga de material. Foram identificados, em pontos específicos do trecho, algumas fissuras no pavimento, especialmente nos locais próximos às saídas das redes de drenagem de águas pluviais. Entretanto, entende-se que nenhuma destas fissuras é muito grande ou extensa de tal forma a justificar a interdição do trecho", destaca o relatório.

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A Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica ressalta, no entanto, que em função de documento apresentado pela Adema que foi utilizado pela Prefeitura de Aracaju para embasar a decisão pela interdição de trecho da avenida Beira Mar, a FCTH recomenda a contratação de entidade idônea, especializada nesse tipo de avaliação, para emitir um parecer técnico sobre o estado de conservação do aterro da avenida, e se há de fato necessidade de interdição do trecho por risco de ruptura.

A FCTH ressalta que "uma obra de defesa dos litorais deve passar por uma série de estudos, que vão desde o conhecimento da hidrodinâmica marinha e transporte de sedimentos no local, até a avaliação dos impactos das soluções propostas sobre o meio ambiente, o entorno e as comunidades litorâneas". A fundação recomenda a aplicação de estudo de alternativas de intervenção, de tal forma a permitir a escolha da melhor opção do ponto de vista técnico, econômico e ambiental.

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"Para a aplicação da modelagem computacional no trecho do estuário do rio Sergipe, é preciso o conhecimento de uma série de informações sobre as características ambientais do local, tais como: regime de ondas, variação da maré, velocidades das correntes marítimas, transporte de sedimentos, vazões líquida e sólida oriundas da contribuição fluvial, topobatimetria, entre outros".

Como há quantidade pouco significativa de dados secundários sobre o estuário do rio Sergipe, a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica diz que há necessidade de realização de levantamento de dados de campo para subsidiar a calibração do modelo computacional. "Esses levantamentos devem ser realizados durante o período mínimo de um ano, de forma a abranger todo o regime de variação fluvial e marítima no estuário", conclui o relatório.

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