IDH de Sergipe cresceu 62% em 20 anos, mais do que o do Brasil

O estudo demonstra que Sergipe saiu da faixa de desenvolvimento muito baixo para a faixa de médio desenvolvimento; no caso de Aracaju, o estudo mostra que de 2001 a 2012, a capital superou cidades como Maceió (AL), Salvador (BA) e Fortaleza (CE), aproximando-se da metrópole regional, Recife (PE); Aracaju alcançou o índice de 0,770 e a capital pernambucana 0,772; “demos um salto de 2001 para 2010, saindo da sexta colocação para a segunda, e deixando para trás capitais como Natal, Salvador, São Luís, João Pessoa e Fortaleza, e nos encostando em Recife, que vem passando por todo um processo revolucionário de desenvolvimento, sobretudo a partir do complexo de Suape”, ressaltou Ricardo Lacerda, assessor econômico do Governo

IDH de Sergipe cresceu 62% em 20 anos, mais do que o do Brasil
IDH de Sergipe cresceu 62% em 20 anos, mais do que o do Brasil


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ASN - As constatações apontadas no Atlas de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) 2013, publicado na última segunda-feira, 29, demonstram um patamar de evolução sem precedentes nos municípios sergipanos nos indicadores avaliados que contemplam, sobretudo, três dimensões: renda, educação e longevidade. O estudo é fruto de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil (PNUD) e do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). A análise dos dados aponta que a evolução do Índice de Desenvolvimento em Sergipe cresceu (no período da pesquisa que contempla 1991, 2000 e 2010 onde ocorreram os censos do IBGE) bem mais que a média nacional.

Outro fato importante obtido no estudo vem da análise do desenvolvimento dos municípios fora da área metropolitana, justamente um dos focos principais da atual administração.

Evolução

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De acordo com o Mestre em Economia, Ricardo Lacerda, que é professor do Departamento de Economia da UFS e assessor econômico do Governo do Estado, ao se realizar uma observação detalhada dos aspectos pontuados no atlas, verifica-se que, em alguns aspectos relevantes, a exemplo do crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), onde Sergipe cresceu mais do que a média nacional. “O IDH de Sergipe cresceu 62%, de 1991 a 2010, bem mais do que o do Brasil, cuja média de crescimento foi de 47%. Um crescimento notável e abrangente que também envolveu a dimensão renda, longevidade e na educação. Isso mostra que, mesmo considerando que há muitas carências a solucionar, Sergipe vem evoluindo muito mais rapidamente do que o Brasil”, salientou o economista ao se debruçar sobre a representação dos indicadores.

O estudo demonstra que Sergipe saiu da faixa de desenvolvimento muito baixo (0,000-0,499) para a faixa de médio desenvolvimento (0,600-,0699), redundando num avanço de 63% em vinte anos. Na avaliação particular de Aracaju, a capital, o estudo mostra que de 2001 a 2012, evoluímos no IDH e superamos cidades como Maceió (AL), Salvador (BA) e Fortaleza (CE), nos aproximando da metrópole regional, Recife (PE), onde Aracaju alcançou o índice de 0,770 e a capital pernambucana 0,772. “Demos um salto de 2001 para 2010, saindo da sexta colocação para a segunda, e deixando para trás capitais como Natal, Salvador, São Luís, João Pessoa e Fortaleza, e nos encostando em Recife, que vem passando por todo um processo revolucionário de desenvolvimento, sobretudo a partir do complexo de Suape”, ressaltou Ricardo Lacerda.

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Ainda de acordo com o economista, é importante observar que o crescimento notável da região Nordeste é um elemento de equilíbrio para o conjunto do país, uma vez que havia, durante décadas, a observação de uma defasagem da região em relação aos estados do Sul e Sudeste. “Este é um elemento de equilíbrio fundamental para a correção destas distorções, já que as desigualdades no Brasil ainda são muito grandes”, afirma.

Vida e Saúde

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No aspecto longevidade, que aponta para a expectativa de vida nos municípios, Sergipe é o sexto colocado no Nordeste, representando um avanço de 34% em 20 anos, e apontando para uma evolução de quatro anos a mais na expectativa de vida de 2000 a 2010. “Mesmo ainda recebendo críticas, os sistemas e programas de saúde redundaram em uma melhoria dos índices, representado pelo aumento da expectativa de vida dos sergipanos”, diz o economista, contextualizando a análise que aponta que a razão de pessoas acima dos 65 anos passou de 4,18 para 6,14 em vinte anos.

Outro dado curioso refere-se à taxa de fecundidade total por mulher, que caiu de 3,64 filhos em 1991, para 1,95 filho em 2010, posicionando-se abaixo da chamada taxa de reposição e, consequentemente, apontando para um ‘envelhecimento’ da população.
Já no aspecto da população sergipana com acesso a banheiro e água encanada houve um aumento de 53% entre 1991 e 2010, o que também é um item relevante na avaliação da qualidade de vida dos sergipanos.

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Educação

Um elemento imprescindível para o desenvolvimento e fundamental para a qualidade de vida, a educação, também demonstrou um avanço, embora ainda sejam necessários vários esforços para evoluir cada vez mais neste aspecto. Pelo estudo, Sergipe é o quinto colocado no IDHM no Nordeste, apresenta uma evolução de 165% em 20 anos, onde a taxa de frequência líquida (que representa mais crianças na escola) quadruplicou nesse período, e a expectativa de anos de estudo passou de 6,45, em 1991, para 9,01, em 2010, um aumento de 40%. “São resultados expressivos, mas ainda há muito a avançar no aspecto da educação, sobretudo, no tocante ao ensino fundamental e médio. Esta é uma lacuna que ainda demandará muito esforço do Governo”, explica Lacerda.

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Municípios

Os municípios sergipanos com maior IDHM são Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Propriá. Na dimensão ‘renda’, o ranking aponta, respectivamente, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itabaiana, Propriá e Estância. “É fundamental observar a representação gráfica desse processo de evolução de 1991 a 2010, sobretudo no aspecto da interiorização do desenvolvimento. Houve um crescimento uniforme da renda em Sergipe, revertendo uma lógica perversa que concentrava a renda nas regiões metropolitanas, sobretudo, no entorno da capital. A realidade hoje é outra e podemos nos orgulhar disso, embora ainda haja grandes demandas em áreas como saúde e educação que precisam ser trabalhadas”, conclui o economista Ricardo Lacerda.

O que fica patente é o resultado de iniciativas inovadoras e da decisão política de buscar promover o desenvolvimento e qualidade de vida de maneira equilibrada no território sergipano, a exemplo da consolidação de novas cadeias produtivas e oportunidades para que os sergipanos consigam mudar, para melhor, o rumo de suas próprias histórias.

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