Médico que comemorou morte de Déda se desculpa

"Não pensei na família nem nos admiradores do governador falecido. Nunca falei do caráter e competência do Marcelo Déda. Tudo ficou como uma atitude corporativista e revanchista. Na verdade, não passou de um ato precipitado, impensado. Irônico e maldoso, admito, mas sem o intuito de causar tanto estardalhaço", afirma o médico Esmálio Barroso, que disse que a morte do governador sergipano no último dia 2 representava "um PTista a menos no mundo"; embora se desculpe, ele ataca o PT e um assessor do senador Wellington Dias (PT-PI)

Esmálio Barroso
Esmálio Barroso (Foto: Valter Lima)


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Sergipe 247 – O médico piauiense Esmálio Barroso, que comemorou o falecimento do governador Marcelo Déda (PT) no Facebook, procurou o Brasil 247 para se desculpar pela infeliz declaração. O caso teve enorme repercussão nas redes sociais. No entanto, em seu “Direito de Resposta”, ele dedica boa parte do texto para atacar novamente o PT e um suposto filiado ao partido (a quem ele não nomeia, mas que seria um assessor do senador Wellington Dias).

“Evidentemente peço desculpas pelo comentário. No momento, não pensei na família nem nos admiradores do governador falecido. Nunca falei do caráter e competência do Marcelo Déda. Tudo ficou como uma atitude corporativista e revanchista. Na verdade, não passou de um ato precipitado, impensado. Irônico e maldoso, admito, mas sem o intuito de causar tanto estardalhaço. O intuito era que ficasse na esfera política, apenas. Nunca imaginei que pudesse causar tanta indignação. Aos que se sentiram ofendidos, minhas sinceras desculpas. Não se repetirá”, afirma o médico.

No entanto, em seguida, ele frisa que as desculpas “não se estendem ao indivíduo que, em caráter oportunista, tem utilizado qualquer fato para colocar o seu famigerado partido na condição de vítima”. Esmálio diz ainda que o PT é uma “organização comprovadamente criminosa”.

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Entenda o fato

No dia 2 de dezembro, data do falecimento do governador Marcelo Déda, o senador do Piauí, Wellington Dias (PT), postou uma foto em que homenageava o amigo de partido no Facebook. Foi onde o médico Esmálio Barroso expressou sua posição. “Os PTistas são assim, trazem médicos cubanos para o Brasil, mas na hora que o câncer se instala, eles correm para o Sírio Libanês! Para morrerem lá! Sinto muito pelo cidadão Marcelo Deda, mas é um PTista a menos no mundo!!!”, publicou Esmálio.

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O Brasil 247 repercutiu o fato. A matéria sobre a postagem do médico gerou 2,5 mil interações no Facebook, além de 187 comentários (veja aqui).

Abaixo a nota do médico na íntegra:

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Bom dia, segunda-feira, 09/12/13, tomei ciência de uma matéria veiculada neste, onde meu nome e minha profissão são chafurdados, como se estivesse comemorando a morte do ex-governador do Sergipe, Marcelo Déda. Além de leviana a interpretação, a campanha promovida por um jornalista, que inclusive é meu conterrâneo, é injusta e, como é comum à pessoa dele, agressiva e desnecessária. Nunca fui procurado para dar qualquer esclarecimento sobre o assunto. Agora é minha vez.

Acreditando nos direitos e na liberdade permitidas dentro de um verdadeiro estado democrático, acredito que terei um espacinho para jogar luz no polêmico fato onde sou figura principal, sendo julgado, condenado e executado como nos antigos tribunais medievais.

Sou médico, tenho 27 anos, Nordestino, Piauiense e Piripiriense, filho mais novo de uma família humilde, composta de dez irmãos. Com muito esforço conquistei uma vaga numa universidade pública, a melhor do meu estado. Após a conclusão do meu curso, com muito trabalho, fui admitido na residência médica em uma instituição de saúde da capital paulista. Nunca dependi de partido político, sindicato ou DAS para sobreviver!

Evidentemente peço desculpas pelo comentário. No momento, não pensei na família nem nos admiradores do governador falecido. Nunca falei do caráter e competência do Marcelo Déda. Tudo ficou como uma atitude coorporativista e revanchista. Na verdade, não passou de um ato precipitado, impensado. Irônico e maldoso, admito, mas sem o intuito de causar tanto estardalhaço. O intuito era que ficasse na esfera política, apenas. Nunca imaginei que pudesse causar tanta indignação. Aos que se sentiram ofendidos, minhas sinceras desculpas. Não se repetirá.

Por outro lado, minhas desculpas não se estendem ao indivíduo que, em caráter oportunista, tem utilizado qualquer fato para colocar o seu famigerado partido na condição de vítima. Para isso, tem ofendido sistematicamente amigos e adversários políticos nunca quixotesca defesa a organização comprovadamente criminosa que defende. Sinal de cegueira passional/partidária, penso. Este indivíduo, pelo que me foi ventilado após esta situação se tornar pública, mostra muito mais entusiasmo com mesa de bar que com uma mesa de trabalho. Não o considero inteirado sobre minha pessoa e nem moralmente qualificado para julgar minha carreira como médico, muito menos para sair por aí tentando manchar minha reputação. É um contumaz em promover situações vexatórias até a seus amigos mais próximos, imagina a mim, que não sou e nem nunca serei próximo a ele e ainda atentei contra o seu objeto de alienada adoração.

Também quero afirmar que não sou contra a vinda de médicos cubanos para o Brasil desde que seja feita de forma séria e responsável, com a revalidação dos diplomas e melhorias nas estruturas do sistema de saúde e sem a insistente mania populista adotada pelo PT e seus asseclas.

Finalizando, meu comentário foi exclusivamente político. Mais uma vez peço desculpas aos familiares e admiradores. Minha vida seguirá adiante, cada vez mais compromissada com o meu ofício de salvar vidas, sempre baseado na realidade e na verdade.

Esmálio Barroso

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