Sem novidades, debate na TV Atalaia esquenta pouco

Quatro candidatos a governador de Sergipe se enfrentam em debate realizado pela TV Atalaia, afiliada da Rede Record, na noite desta sexta (26); além dos três principais candidatos (Eduardo Amorim, Jackson Barreto e Sônia Meire), também participa do encontro o candidato do PPL, Airton da CGTB, por decisão judicial; primeiro e terceiro blocos são mornos, sem grandes alterações; candidatos repetem discursos do horário político; segundo bloco esquenta com troca de acusações entre todos os candidatos; dificilmente, debate será capaz de provocar mudanças no voto do eleitor

Quatro candidatos a governador de Sergipe se enfrentam em debate realizado pela TV Atalaia, afiliada da Rede Record, na noite desta sexta (26); além dos três principais candidatos (Eduardo Amorim, Jackson Barreto e Sônia Meire), também participa do encontro o candidato do PPL, Airton da CGTB, por decisão judicial; primeiro e terceiro blocos são mornos, sem grandes alterações; candidatos repetem discursos do horário político; segundo bloco esquenta com troca de acusações entre todos os candidatos; dificilmente, debate será capaz de provocar mudanças no voto do eleitor
Quatro candidatos a governador de Sergipe se enfrentam em debate realizado pela TV Atalaia, afiliada da Rede Record, na noite desta sexta (26); além dos três principais candidatos (Eduardo Amorim, Jackson Barreto e Sônia Meire), também participa do encontro o candidato do PPL, Airton da CGTB, por decisão judicial; primeiro e terceiro blocos são mornos, sem grandes alterações; candidatos repetem discursos do horário político; segundo bloco esquenta com troca de acusações entre todos os candidatos; dificilmente, debate será capaz de provocar mudanças no voto do eleitor (Foto: Valter Lima)


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Valter Lima, do Sergipe 247 - Quatro candidatos a governador de Sergipe se enfrentam em debate realizado pela TV Atalaia, afiliada da Rede Record, na noite desta sexta-feira (26). Além dos três principais candidatos (Eduardo Amorim, Jackson Barreto e Sônia Meire), também participa do encontro o candidato do PPL, Airton da CGTB, por decisão judicial.

Acompanhe como foi o debate:

PRIMEIRO BLOCO

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Considerações iniciais

Eduardo Amorim, do PSC, inicia debate. Fala que Sergipe vive momento difícil, com problemas em vários setores. 

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Jackson Barreto, do PMDB, é o segundo a falar. Fala que tem trabalhado muito, com "muita energia para dar continuidade ao trabalho de Marcelo Déda". Faz um rápido balanço do seu trabalho como governador durante os últimos dez meses. "Pagarei o carinho das pessoas com muito trabalho", diz.

Sônia Meire, do PSOL, inicia sua fala lembrando as manifestações populares do ano passado. 

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Airton da CGTB, do PPL, agradece a Justiça sergipana, "pela oportunidade" de participar do debate. Fala que Sergipe vive momento importante, com as novas descobertas de petróleo. Defende a industrialização para gerar renda e empregas. "Minha candidatura é desenvolvimentista, lembra muito Getúlio Vargas", diz.

Primeira rodada

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Amorim faz questionamento a Jackson. Pergunta se o Estado está quebrado. Afirma que não há mais um calendário fixo de pagamento de salários. JB rebate. Diz que Marcelo Déda (PT) encontrou o Estado quebrado, mas conseguiu melhorar a situação do Estado. Lembra investimentos que foram feitos em Sergipe. Jackson reconhece que houve um equívoco no pagamento deste mês, mas informa que já foi resolvido. E cita a criação do Plano de Carreira dos servidores e a realização de concursos públicos. "Temos um projeto de trabalho. Esse governo nunca atrasou salário de servidor. Demos aumentos e recebemos as categorias. Vivemos um ciclo virtuoso no Estado", afirmou o governador.

Amorim faz réplica. Diz que o governo está desorganizado e que deixa para pagar o servidor no mês posterior, para utilizar os impostos novos que chegam na virada do mês. Ele afirma que "o servidor paga a conta da crise e da desorganização".

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JB faz réplica: "Não estamos com o Estado quebrado. Pagamos os nossos compromissos. E se pegamos dinheiro emprestado é porque o Estado tem capacidade de endividamento. Esse governo até diminuiu a sua dívida e paga suas obrigações em dia".

Agora Jackson questiona Sônia Meire. Pergunta sobre infraestrutura rodoviária. Ela afirma que é preciso garantir, além da construção de estradas e pontes, saneamento para as comunidades. Na volta a Jackson Barreto, ele cita diversas rodovias construídas e reformadas pelo atual governo. "Certamente essas novas rodovias traz desenvolvimento", afirma. Sônia Meire minimiza obras nas rodovias. Diz que é preciso priorizar outras obras, ouvindo a comunidade. 

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Sônia Meire pergunta a Airton sobre participação feminina. Ele afirma que investirá nisto e criará efetivamente uma política estadual voltada para as mulheres. Na réplica, a candidata do PSOL critica o adversário. Ressalta que o partido dele fez coligação com partidos em outras eleições que não respeita as mulheres, como o PSDB e o DEM. Em tréplica, ele diz que a política de mulheres é maior e mais importante do que a questão partidária.

Airton questiona Amorim sobre projeto de lei que destina royalties sobre pré-sal para saúde e educação. O candidato do PSC diz que apoia mais investimentos para as duas áreas e cita dados que, segundo ele, comprovam situação difícil em Sergipe nestes setores. Em réplica, o candidato do PPL prefere fazer críticas ao governo Dilma Rousseff (PT). Amorim, na tréplica, repete discurso. Afirma que vai mudar realidade.

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Segunda rodada:

Sônia Meire endurece discurso contra JB. Afirma que o governo atual não paga o piso salarial dos professores e paga a uma parte dos servidores salário menor do que o mínimo. Fala em privatização da merenda escolar. Jackson, em resposta, nega críticas da candidata do PSOL. Afirma que está pagando sim o piso do magistério, lembra investimentos em reforma das escolas e diz que "em nenhum momento esse governo pensou em se privatizar a merenda". Lembra também que atual governo realiza concurso público. 

Sônia Meire diz que o governo não está pagando o piso salarial de 2012. Afirma que as crianças das escolas estaduais se alimentam mal com merenda escolar. Jackson Barreto rebate. Diz que o piso dos professores do ano antepassado foi discutido com Marcelo Déda, mas frisa que o sindicato da categoria não aceitou a proposta. Afirma que desde que assumiu o governo, com o falecimento de Déda, tem honrado compromissos.

JB pergunta Amorim sobre ensino profissionalizante. O candidato do PSC diz que, em seu governo, se eleito for, afirma que construirá escolas profissionalizantes de acordo com a necessidade da região onde ela será instalada. Diz que atualmente existem poucas escolas profissionalizantes. Também defende escola de tempo integral.

Jackson Barreto rebate adversário. Afirma que Amorim desconhece o Estado, pois pede a criação de uma escola para uma região onde ela já existe, que foi inaugurada pelo atual governo, que foi a escola profissionalizante em Carmópolis, voltada para o petróleo. Em tréplica, Amorim diz que conhece bem o Estado e que atual governo fez poucas escolas.

Amorim pergunta Airton sobre enxugar a máquina administrativa. O candidato do PPL defende redução do número de secretarias. "Vamos enxugar o que precisa ser enxugado, para poder investir mais na industrialização do Estado", disse Airton. Em réplica, Amorim diz que "o governo que aí está tem prejudicado muito o servidor público". Em tréplica, candidato do PPL diz que governo atual não investiu bem e que Estado vive crise.

Em pergunta a Sônia, Airton novamente critica governo Dilma. Em resposta, a candidata do PSOL puxa debate para assunto local e rebate principal bandeira de Airton. Diz que não se pode focar apenas na industrialização. Ele, em réplica, afirma que Sônia "não sabe o que é industrialização". A candidata do PSOL defende mudança na forma de se pensar o desenvolvimento, sem explorar o trabalhador.

SEGUNDO BLOCO

Terceira rodada

Jackson pergunta sobre recursos hídricos. Airton, que responde ao questionamento, volta a criticar o governo Dilma e critica transposição do rio São Francisco. Jackson lembra investimentos no setor, que impediu que a Grande Aracaju vivesse falta de água e promete ampliar investimentos na área.

Sônia Meire pergunta a Amorim sobre o que ele pensa para a saúde e cita criação de Organizações Sociais na Saúde que o prefeito João Alves Filho (DEM), principal aliado do candidato do PSC, tenta implantar na capital. Amorim foge da questão das OSs e diz que, enquanto secretário da Saúde, não fechou hospitais. Afirma que nunca privatizou hospitais. Sônia Meire diz que programa de Amorim é "uma indecência" e que ele não respondeu efetivamente ao questionamento. Amorim rebate. Diz que "não é indecente querer melhorar a saúde de Sergipe".

Amorim pergunta sobre Educação a Sônia Meire. Ela promete fazer muitas melhorias e investir na categoria dos professores. Ela cita novamente que o candidato do PSC é ligado ao prefeito João Alves Filho. Ele, em resposta, parte para o ataque. Diz que ela foi secretária adjunta de Estado no atual governo e cobra que ela se posicione sobre isso. Amorim diz que nunca teve cargo comissionado no governo. Sônia, na tréplica, diz que fez sim parte do atual governo, mas, quando discordou da administração, se retirou e explicou isso publicamente. Ela diz que Amorim deixou o atual governo sem dar explicações. 

Airton pergunta JB sobre "situação econômica difícil" dos municípios. Em resposta, JB prefere falar sobre Canal de Xingó e ao final do tempo defende reforma tributária. Na volta ao candidato do PPL, ele critica Dilma novamente e cobra que Jackson se posicione em relação à petista. Jackson diz que é sim aliado de Dilma e reforça parceria com governo federal. Afirma que muitas obras e investimentos foram possíveis no Estado. 

Quarta Rodada

Jackson pergunta sobre Segurança Pública à candidata do PSOL. Ela critica atual política de governo para o setor. Diz que "há um processo de extermínio da população negra e jovem em Sergipe". Sônia defende unificação das polícias, fala em polícia comunitária e diz que trabalhadores precisam ser ouvidos. Jackson, em resposta, diz que Sergipe elevou os salários dos policiais e afirma que a unificação das polícias já acontece no Estado. Defende também o aumento do efetivo. 

Sônia pergunta a Airton sobre como conciliar questão da industrialização com o respeito ao meio ambiente. Ele diz que é formado em Biologia e que tem "carinho" pela área ambiental. Diz que fará a industrialização consciente. A candidata do PSOL afirma que "Airton é linha auxiliar de um dos outros candidatos" e afirma que ele só fala de questões nacionais. Ele rebate duro. "Linha auxiliar uma ova. A senhora desrespeita o meu partido. E mostra novamente desconhecimento", diz Airton sobre Sônia.

Airton pergunta o que Amorim fará com as fundações de Saúde. O candidato do PSC fala em "rombo" nas fundações e cita R$ 200 milhões em dívidas. Airton defende estatização da saúde. Em tréplica, Amorim diz que irá trabalhar para melhorar a realidade dos servidores. 

Amorim pergunta a Jackson sobre segurança. "Cinco mil pessoas nos últimos cinco anos morreram em Sergipe", diz. "O senhor dorme tranquilo em ver tanta morte por causa de falhas do seu governo?", questiona. JB rebate duro: "Durmo tão tranquilo quanto o senhor que destruiu a saúde e deixou um rombo que até hoje a gente sofre as consequências. Eu tenho responsabilidade e tenho trabalhado para resolver os problemas da Segurança. O povo de Sergipe reconhece o meu esforço. Demonstramos capacidade de trabalho. Sei que não fiz tudo, mas também não cruzei os braços", afirma o governador. 

Amorim diz que não esqueceu tempo em que foi secretário e afirma que não fechou nenhum hospital. Diz que o atual governo tem feito "esforço muito pequeno". "Temos um desgoverno", afirma o candidato do PSC. Jackson, na réplica, diz que Amorim pensa que o povo é desinformado e reafirma que hospitais foram fechados na gestão do senador. "O senhor precisa ser mais otimista com este Estado", ironiza JB.

TERCEIRO BLOCO

Quinta rodada:

Amorim inicia debate, com tempo extra, cortado por falha no programa. Diz que não foi demitido da Secretaria da Saúde, mas que pediu para sair. Reconhece que fez compra emergencial, segundo ele, para garantir assistência.

Amorim pergunta sobre Previdência Social à candidata do PSOL. Ela inicia fala ressaltando que fez parte do primeiro governo Déda, mas que deixou justamente porque o grupo de Amorim passou a fazer parte do bloco. Amorim rebate. Afirma que Sônia saiu em 2009 e ele entrou em 2010. "O senhor não estava diretamente, mas os seus braços estavam dentro do governo. A população conhece", diz Sônia, em tréplica.

Airton questiona Jackson sobre fator previdenciário. JB diz que é contra o fator que foi "rebelde" ao seu partido sobre o assunto. "Quem tem história pela democracia não vai assumir posição contrária ao interesse dos trabalhadores", afirma JB. Airton, então, em réplica, diz que Dilma impede que a pauta trabalhista avance. "Não concordo que Dilma traiu os trabalhadores", rebate o governador. Jackson cita o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec que são iniciativas positivas do atual governo.

Sônia pergunta a Amorim sobre financiamento de campanha. Diz que ele é o 4º candidato que mais gastou no país. Amorim fala que declaração foi transparente, pois este é um princípio que ele respeita. Sônia diz que financiamento privado de campanha é prejudicial ao Estado e que candidato que recebe doação de empresas fica em situação de "dívida" ao doador.

Jackson pergunta a Airton sobre melhoria de índices sociais e econômicos. O candidato do PPL volta a defender industrialização. Jackson diz que se sente estimulado pelo otimismo do candidato do PPL e frisa que o Estado tem atraído empresas e gerado empregos.

Sexta Rodada

Jackson pergunta a Amorim sobre interiorização da geração de empregos. O candidato do PSC diz que primeiro irá investir na profissionalização dos jovens, para que remuneração do trabalhador seja melhor. Defende distritos industriais mais estruturados. "A gente não vê nos nossos distritos atuais", afirma Amorim.

Jackson volta a dizer que Amorim é muito pessimista. "Itabaiana mesmo tem uma nova área de Distrito Industrial criada pelo atual governo", afirma. Jackson cita várias empresas que estão se instalando em Sergipe. Amorim diz que "não é pessimista e sim realista". Cita a refinaria que seria construída em Sergipe, pelas mãos de Paulo Roberto Costa, que foi preso por corrupção na Petrobras.

Amorim pergunta a Airton sobre investimentos. Ele volta a criticar o governo Dilma. O candidato do PPL fala que a política econômica atual é "desastrosa". O candidato do PSC diz que o atual governo não conclui obras e afirma, se eleito, pautará sua gestão pelo "planejamento eficiente".

Airton pergunta sobre segurança para Sônia. Ela diz que candidato do PPL é "contraditório" e defende mudança completa na política do setor. Airton afirma que Sônia não defende as bandeiras de sua candidata à Presidência. "Nós defendemos os projetos dos candidatos a presidente dos partidos que formam a nossa base", afirma ela.

Sônia pergunta a JB sobre agronegócio e agricultura familiar. "As duas correntes podem conviver desde que levem em conta o desenvolvimento. Sempre me coloquei em defesa dos pequenos produtores, mas também nunca foi contrário ao agronegócio", afirma o governador, que ressalta que estimulou a agricultura no Estado. "O que asseguro aqui é que irei defender sempre os trabalhadores. Tenho uma história longa de compromisso com os trabalhadores", completa ele.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Airton diz que "5 de outubro é o momento do sergipano escolher pela industrialização e por um Estado desenvolvido e moderno". Afirma que passado dos candidatos deve ser avaliado por eleitores.

Sônia Meire afirma que seu "projeto reconhece o direito dos trabalhadores". Ressalta que tem apenas dois projetos em debate: "um explorador e o outro que planta sementes de esperança para transformar realidade".

Jackson Barreto destaca "democracia" do debate. Fala de sua "alegria" na campanha eleitoral. "Só tive momentos de felicidade", frisa. "Nunca esqueci os mais pobres. Temos um olhar especial para os mais pobres. Precisamos do seu voto para continuar trabalhando por Sergipe", ressalta. JB diz ainda que se solidariza a esposa do ex-governador Marcelo Déda, Eliane Aquino, que tem sido atacada por seu adversários.

Eduardo Amorim agradece a oportunidade do debate. Diz que fez campanha "propositiva e sinceridade" e volta a criticar Saúde e Segurança do Estado. Cita Déda e cobra obras do Proinveste.

 

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