Vagas no ensino superior em Sergipe crescem 55%
Entre 2007 e 2012 o número de vagas para cursos presenciais subiu de 15.545 para 24.136; Sergipe possui atualmente 16 Instituições de Ensino Superior (IES) que oferecem cursos de graduação, tecnológicos, pós-graduação lato sensu e stricto sensu; são duas universidades, sendo uma pública federal e outra privada, um instituto federal de ensino técnico e tecnológico e 11 faculdades particulares
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Secom - Sergipe possui atualmente 16 Instituições de Ensino Superior (IES) que oferecem cursos de graduação, tecnológicos, pós-graduação lato sensu e stricto sensu (mestrado e doutorado). São duas universidades, sendo uma pública federal e outra privada, um instituto federal de ensino técnico e tecnológico e 11 faculdades particulares. Os números apresentam um resultado de uma pesquisa realizada pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), que expressa à evolução do ensino superior sergipano entre os anos de 2007 e 2012, não apenas na quantidade de novos campi e IES, como também em número de docentes doutores e em tempo integral, ingressos, matrículas e concluintes e cursos ofertados.
Com base nos dados da Sinopse Estatística do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o responsável pela pesquisa, o economista Magaiver Correia, ressalta que o ensino superior em Sergipe cresceu sobremaneira na última década. No período analisado, o número de vagas para cursos presenciais subiu de 15.545 para 24.136, significando um crescimento de 55,27%.
Maior que a oferta de vagas, entretanto, foi o aumento no número de candidatos, ou seja, a demanda por ensino superior, que saltou de 37.846 inscritos em 2007 para o número recorde de 111.241 inscritos em 2012, registrando um crescimento de 193,93%. A procura por vagas nas IES públicas tende a ser maior e apresentou também maior variação positiva (220,06%) que nas particulares (160,36%). O número de concluintes em Sergipe, em cinco anos, foi 39.562 novos profissionais com Ensino Superior. "Como resultado, o estado passou a contar com uma força de trabalho mais qualificada", explica Magaiver.
O estudo apontou ainda o aumento da oferta de cursos nas IES sergipanas. Em 2007 eram ofertados 206 cursos de graduação, entre bacharelados, licenciaturas e tecnológicos, destes, 115 estavam nas IES públicas e 91 nas privadas. Em 2012, a quantidade de cursos cresceu 22,33%, passando a somar 252 ofertados, dos quais 127 nas públicas e 125 nas privadas. "Importante mencionar que estes números dizem respeito apenas aos cursos presenciais, sem contar os cursos à distância, chamados EaD (Educação à Distância), que passou a ser uma modalidade cada vez mais presente no estado", pontua o economista.
Docentes
Quanto ao número de docentes no estado, passou de 2.221, em 2007, para 3.066, em 2012, significando um crescimento acumulado de 38,05%. "Destaca-se o papel da expansão da universidade pública no aumento do número de professores. Os novos cursos e campi abertos pela UFS e pelo IFS resultaram no incremento de 86,32% do total de docentes, saltando de 899 para 1.675 professores num espaço de cinco anos", explica o economista.
A continuidade dos estudos, após a graduação, garante não apenas a melhoria da qualidade do ensino como assegura a realização das atividades de pesquisa. Em Sergipe, este foi o ponto de maior destaque no que diz respeito à evolução do quadro docente do ES entre 2007 e 2012. O número de doutores mais que dobrou, cresceu 166,58%, saltando de 380 para 1.013 professores. Em termos percentuais, em 2007, os doutores representavam 17,11% do quadro docente, e em 2012 passaram a representar 33,04%. O crescimento da qualificação ocorreu tanto nas instituições públicas como nas privadas, 165,23% e 171,79%, respectivamente.
Interiorização
O estudo apresenta o grande processo de interiorização pela qual tem passado as duas instituições federais de Sergipe nos últimos dez anos. A UFS iniciou seu processo de interiorização em 2005, com a inauguração do campus de Itabaiana, no Agreste Central, seguido posteriormente pelos campi temáticos de Laranjeiras e Lagarto, perfazendo um total de cinco campi, incluindo os campi de São Cristóvão e Aracaju/Saúde. A UFS ainda conta com o projeto de expansão para o Alto Sertão, em Nossa Senhora da Glória, já confirmado, e para Estância. O IFS, por sua vez, que já possuía um campus em Lagarto, integrou ao seu conjunto a antiga Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão e inaugurou novas unidades em Nossa Senhora da Glória, Estância e Itabaiana.
Já a Universidade Tiradantes (Unit), maior instituição particular, além de dois campi na capital, possui unidades em Itabaiana, Estância e Propriá. Esta última cidade, aliás, pleiteia a instalação de um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) em seu território, o que lhe seria oportuno para dinamizar o desenvolvimento e de toda região.
"Recentemente, o Governo de Sergipe recebeu a visita do dirigente-geral da Faculdade Ages, José Wilson dos Santos, informando sua vinda ao estado para implantar campus nos municípios de Lagarto e Canindé de São Francisco", lembra o secretário da Sedetec, Saumíneo Nascimento, revelando que possuem grupos empresariais locais, do setor da educação, que também têm intenção de abrir novas faculdades em Sergipe.
Bolsas pós-graduação
O aumento da qualificação da mão de obra sergipana tem como importante aliado a concessão de bolsas para pós-graduação que possibilita ao aluno condições para uma formação adequada dentro dos prazos estabelecidos. Provavelmente, esta tenha sido a área do ES em Sergipe que apresentou o mais substancial avanço. Em 2007, foram concedidas em Sergipe 75 bolsas de mestrado, 59 de doutorado e 06 de pós-doutorado. A partir de 2009, entretanto, o volume de bolsas concedidas deu um grande salto chegando em 2012 a números recordes de 511 alunos beneficiados no mestrado, 131 doutorandos e 11 no pós-doutorado, além de 40 bolsas para outras atividades.
O INEP elaborou um indicador chamado Índice Geral de Cursos (IGC) que mede a qualidade das IES considerando um conjunto de indicadores. Observa-se desde 2007, quando o IGC passou a ser computado, a evolução do índice de desempenho destas. O IGC médio das IES sergipanas saltou de 199 em 2007 para 250 em 2012, correspondendo a um crescimento de 25,55%.
"Nos últimos anos, a democratização implantada do acesso ao Ensino Superior possibilitado pelas cotas raciais e sociais; pelo programa de educação no campo; pelas mudanças no processo seletivo, via Enem e Sisu; pela oferta de bolsas via Prouni; pelo financiamento dos estudos, via Fies; e pela ampliação dos programas de intercâmbio com universidades estrangeiras, em especial, o Ciências Sem Fronteiras, foram essenciais para que Sergipe se encontrasse em seu melhor momento na história", completa o secretário Saumíneo.
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