João e Valadares Filho teriam recebido dinheiro de Aécio em 2012
O prefeito João Alves Filho (DEM) e o deputado federal Valadares Filho (PSB) teriam recebido, em 2012, contribuições financeiras de um consórcio montado pelo senador Aécio Neves, atualmente candidato a presidente da República pelo PSDB; informação está publicada no site “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim; João teria recebido R$ 350 mil e Valadares Filho R$ 300 mil; eles se enfrentaram na disputa pela Prefeitura de Aracaju; os nomes de ambos aparecem em um documento endereçado a Aécio, assinado por Danilo de Castro, secretário de Governo de Minas Gerais
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Sergipe 247 - O prefeito João Alves Filho (DEM) e o deputado federal Valadares Filho (PSB) teriam recebido, em 2012, contribuições financeiras de um consórcio montado pelo senador Aécio Neves, atualmente candidato a presidente da República pelo PSDB. A informação está publicada no site “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim. João teria recebido R$ 350 mil e Valadares Filho R$ 300 mil. Eles se enfrentaram na disputa pela Prefeitura de Aracaju. Os nomes de ambos aparecem em um documento endereçado a Aécio, assinado por Danilo de Castro, secretário de Governo de Minas Gerais.
De acordo com Paulo Henrique Amorim, o procurador federal de Minas Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado o documento com a lista de políticos, partidos e empresas “numa operação para, supostamente, financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeito e vereador”. O material teria sido encaminhado à Procuradoria Geral da República. No documento, onde se lê “consórcio”, afirma o jornalista, “é possível entender que dele façam parte operações à margem da legislação eleitoral”.
O arquivo teria sido enviado a Aécio em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro. Nas eleições deste ano, Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) ao Governo de Minas. A movimentação financeira teria beneficiado partidos e políticos – principalmente prefeitos e vereadores – nas eleições de 2012. Entre eles, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que faleceu este ano em acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2,5 milhões a Campos, conforme teria determinado Aécio Neves, como revela o documento, o que mostra uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos, dois anos.
Ao todo, 19 siglas teriam o caixa abastecido com o esquema, como PSDB, PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os políticos citados estão José Serra (PSDB), então candidato a prefeito em São Paulo, que teria recebido R$ 3,6 milhões; o prefeito de Belo Horizonte (MG), Márcio Lacerda (PSB), com R$ 7 milhões; Arthur Virgílio (PSDB), prefeito de Manaus (AM), com R$ 600 mil; Geraldo Júlio (PSB), prefeito de Recife (PE), com R$ 550 mil; e o senador José Agripino Maia (DEM), com R$ 2,3 milhões, de acordo com o documento. Os recursos podem ter saído de mais de 150 empresas dos mais diversos setores, como alimentação, construção civil, bancos, associações e sindicatos.
DEM e PSB negam
O secretário municipal Walker Carvalho, que responde pelo DEM na capital, negou ontem que tenha havido qualquer irregularidade na campanha do prefeito João Alves Filho em 2012. Segundo ele, a campanha “foi limpa e a prestação de contas está no Tribunal Regional Eleitoral”.
Já Valadares Filho emitiu nota na qual nega “veemente” a informação. “Afirmo que todas as contribuições da minha campanha – que foi bastante modesta –, foram declaradas de forma transparente à Justiça Eleitoral. Lamento que o meu nome tenha sido citado com acusação tão injuriosa, e com mentira tão deslavada, às vésperas de um pleito para a Presidência da República, cuja disputa acirrada tem gerado falsos boatos e acusações absurdas a todo instante. Jamais encontrarão nos meus atos qualquer deslize ético que possa comprometer a minha vida pública”, afirmou.
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