Rizicultura pode ter novo recorde de produção em Sergipe

Em início de colheita, o povoado Betume, no município de Ilha das Flores, já bate recorde com mais de 22 mil toneladas produzidas e cresce a chance de, até março, repetir o recorde nacional da safra 2012/2013, quando atingiu 9,7 toneladas/hectare; "Este já é o recorde histórico do perímetro e estamos na expectativa de repetir o recorde nacional", informa o gerente do Distrito de Irrigação de Betume, Wendell Mota dos Reis

Em início de colheita, o povoado Betume, no município de Ilha das Flores, já bate recorde com mais de 22 mil toneladas produzidas e cresce a chance de, até março, repetir o recorde nacional da safra 2012/2013, quando atingiu 9,7 toneladas/hectare; "Este já é o recorde histórico do perímetro e estamos na expectativa de repetir o recorde nacional", informa o gerente do Distrito de Irrigação de Betume, Wendell Mota dos Reis
Em início de colheita, o povoado Betume, no município de Ilha das Flores, já bate recorde com mais de 22 mil toneladas produzidas e cresce a chance de, até março, repetir o recorde nacional da safra 2012/2013, quando atingiu 9,7 toneladas/hectare; "Este já é o recorde histórico do perímetro e estamos na expectativa de repetir o recorde nacional", informa o gerente do Distrito de Irrigação de Betume, Wendell Mota dos Reis (Foto: Valter Lima)


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ASN - Já não é novidade que a produção de arroz em Sergipe evolui ano a ano. Concentrada principalmente nos municípios do Baixo São Francisco, a rizicultura melhorou suas técnicas e saiu das 6,5 toneladas/hectare para uma média atual de oito toneladas por hectare. Em início de colheita, o povoado de Betume, no Município de Ilha das Flores, já bate recorde com mais de 22 mil toneladas produzidas e cresce a chance de, até março, repetir o recorde nacional da safra 2012/2013, quando atingiu 9,7 toneladas/hectare.

"Este já é o recorde histórico do perímetro e estamos na expectativa de repetir o recorde nacional", informa o gerente do Distrito de Irrigação de Betume, Wendell Mota dos Reis. Ele atua no perímetro público irrigado e atribui o fato positivo às novas técnicas implantadas pelos produtores, à assistência técnica da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), às novas tecnologias e às sementes distribuídas pelo governo, de alta qualidade, um programa muito importante para todos os produtores.

Os índices de produtividade são ainda mais relevantes quando se verifica que este cultivo é feito por pequenos produtores da agricultura familiar, numa região tida como de extrema pobreza. Para efeito comparativo, no Rio Grande do Sul e Paraná, estados com tradicional produção de grãos, a produtividade está entre 8 e 9 toneladas/hectare.

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Favorecendo ainda mais a vocação produtiva da região, o governo estadual distribuiu nos últimos anos mais de 1.000 toneladas de sementes a parceiros dos perímetros do Baixo São Francisco. Foram 300 toneladas para a safra 2011/2012, 300 toneladas para 2012/2013, 387 toneladas para 2013/2014 e 364 toneladas distribuídas para 2014/2015. Os recursos são oriundos do Fundo de Combate à pobreza e a ação foi articulada entre as secretarias de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social e da Agricultura.

De acordo com Reis, com a distribuição de sementes selecionadas e a assistência técnica hoje existente a perspectiva é continuar crescendo. “Se mantivermos esta parceria com a Codevasf, com a assistência técnica e o governo continuar fornecendo as sementes, a tendência é melhorar cada vez mais a produção”, avalia.

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O agricultor Antônio dos Santos participa do programa de doação de sementes e contabiliza os benefícios. “Ficou tudo melhor depois da implantação desse programa. Trabalho na lavoura com meus três filhos e nossa renda aumentou 50% depois que passamos a receber sementes do governo. Reformamos a casa e hoje não falta mais nada para minha família”, contou.

Rodovia do arroz

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Além de doar as sementes, o governo sabendo deste potencial econômico da região, reforçou seu compromisso de proporcionar condições cada vez melhores para os produtores do Baixo São Francisco ao inaugurar a rodovia SE-42, obra do Proinveste, que liga os povoados Santa Cruz e São Miguel à sede do município de Propriá. Um investimento de R$ 5 milhões.

Construída para escoar a produção de arroz local, com seus cinco quilômetros de extensão e, juntamente com a rodovia Japatã/Propriá, ainda em construção, ela interliga a região produtora.

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O tempo médio gasto atualmente da lavoura até a sede de Propriá reduziu enormemente. Além de facilitar o trajeto para os caminhões que transportam as sacas de arroz, que já não tem mais dificuldades com a lama, o preço do frete diminuiu e a margem de lucro dos agricultores aumentou.

O governo também é parceiro na realização de serviços e obras de manutenção nos perímetros irrigados sob a administração da Codevasf, e, através da Secretaria de Estado da Inclusão, também entregou em 2014 um trator com colheitadeira de arroz acoplada que beneficiou cerca de 80 rizicultores do Baixo São Francisco por meio do Edital de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais de Baixa Renda (APL's).

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Moradora tradicional do povoado São Miguel, a aposentada Eleozina Rodrigues, 65, é uma das que comemora a realização da obra. “Este era um sonho de décadas. Esperamos mais de 40 anos por essa obra que nos libertou da lama e da poeira. Isso nos deu tanta alegria que eu, e vários outros moradores, estamos iniciando a reforma de nossas casas para combinar com a beleza que ficou essa pista. Melhorou nossa saúde, já que não temos poeira, melhoraram os serviços, já que tudo chega mais rápido e com mais segurança. Além de tudo isso, eu ainda ganhei um santo como vizinho”, ressaltou a moradora, referindo-se à instalação de uma imagem de São Miguel no marco de entrada do povoado, bem próximo à sua residência.

Outro que comemora intensamente a realização desse sonho é o rizicultor José Aldo dos Santos, popularmente conhecido como Aldinho, que também é responsável por uma das várias beneficiadoras de arroz existentes ao longo da nova rodovia. “Para você ter uma ideia, no inverno, levávamos de 40 a 50 minutos para chegar até a pista de Propriá. Muita gente se recusava a vir. Hoje, fazemos esse mesmo percurso em quatro minutos. Os caminhões que vinham carregar as sacas de arroz enfrentavam dificuldades com a lama e isso encarecia o frete e diminuía nossa margem de lucro que já não é tão grande. Essa nova pista é uma maravilha e agradecemos ao governo por essa conclusão, já que finalmente, após muitos prometerem, hoje virou uma realidade e transformou nossas vidas para muito melhor”, comemora o rizicultor, ao enumerar as vantagens significativas para o seu negócio.

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“Graças a Deus essa pista já foi concluída e, nos meses de janeiro e fevereiro, quando ocorre a nossa safra, já estaremos contando com todos os benefícios desse sonho que virou realidade”, complementa Aldinho.

Conquista

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Outra conquista importante para a rizicultura foi a garantia do preço mínimo na aquisição da produção. Através da participação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi garantido o preço justo e eliminou-se a figura dos atravessadores. Em 2014 o governo implantou a superintendência da Conab em Sergipe, que até então era atendido pelo escritório da Bahia, cedendo instalações nas dependências da Emdagro para o funcionamento do escritório.

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