Maioria dos deputados de Sergipe quer redução da maioridade penal

A depender dos deputados federais sergipanos, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos, será aprovada pela Câmara Federal. Dos oito parlamentares do Estado, seis já se decidiram favoráveis à proposição. Inclusive, os deputados federais André Moura (PSC) e Fábio Reis (PMDB) integram a Comissão Especial que analisa a PEC – o primeiro é o presidente. Apenas João Daniel, do PT, se declara contrário ao projeto. Valadares Filho, do PSB, disse que ainda não tem posição formada sobre o tema e irá avaliar as discussões no Congresso e na sociedade

A depender dos deputados federais sergipanos, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos, será aprovada pela Câmara Federal. Dos oito parlamentares do Estado, seis já se decidiram favoráveis à proposição. Inclusive, os deputados federais André Moura (PSC) e Fábio Reis (PMDB) integram a Comissão Especial que analisa a PEC – o primeiro é o presidente. Apenas João Daniel, do PT, se declara contrário ao projeto. Valadares Filho, do PSB, disse que ainda não tem posição formada sobre o tema e irá avaliar as discussões no Congresso e na sociedade
A depender dos deputados federais sergipanos, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos, será aprovada pela Câmara Federal. Dos oito parlamentares do Estado, seis já se decidiram favoráveis à proposição. Inclusive, os deputados federais André Moura (PSC) e Fábio Reis (PMDB) integram a Comissão Especial que analisa a PEC – o primeiro é o presidente. Apenas João Daniel, do PT, se declara contrário ao projeto. Valadares Filho, do PSB, disse que ainda não tem posição formada sobre o tema e irá avaliar as discussões no Congresso e na sociedade (Foto: Valter Lima)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Valter Lima, do Sergipe 247 - A depender dos deputados federais sergipanos, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos, será aprovada pela Câmara Federal. Dos oito parlamentares do Estado, seis já se decidiram favoráveis à proposição. Inclusive, os deputados federais André Moura (PSC) e Fábio Reis (PMDB) integram a Comissão Especial que analisa a PEC – o primeiro é o presidente. Apenas João Daniel, do PT, se declara contrário ao projeto. Valadares Filho, do PSB, disse que ainda não tem posição formada sobre o tema e irá avaliar as discussões no Congresso e na sociedade.

A redução da maioridade penal foi a principal bandeira defendida por André Moura durante o seu mandato anterior. Ele até apresentou um projeto sobre o tema, a PEC 57/11. O líder do PSC rebate o argumento existente na lei penal de que o menor de 18 anos, em face do desenvolvimento mental incompleto, não tem condições de compreender o caráter ilícito do que faz ou capacidade de determinar-se de acordo com esse entendimento.

“Os jovens de hoje são diferentes de épocas passadas, estão expostos a maior quantidade de informações por meio da internet e das redes sociais, tem capacidade para eleger seus representantes e podem até emanciparem-se de seus pais. Com o bônus vem o ônus”, afirma. Na última sessão da comissão especial que analisa o tema, na semana passada, ficou definido que os membros visitarão presídios e casas de ressocialização de adolescentes em conflito com a lei.

continua após o anúncio

Também integrante do colegiado que analisa a regularidade da PEC, Fábio Reis é favorável que a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos seja irrestrita. Ou seja, que tenha validade para todos os crimes – e não apenas para as práticas hediondas, como estupro e homicídio.

Hediondos

continua após o anúncio

Já o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) tem posição diferente. Ele apoia a aplicação de leis mais rígidas para adolescentes que tenham entre 16 e 18 anos, mas somente se eles tiverem praticado crimes hediondos. Ele frisa que a diminuição da idade penal “não resolverá o problema da violência”, mas frisa que será “uma resposta para a sociedade”. “Não entendo que seja a solução, mas sou favorável à redução da maioridade penal para crimes hediondos”, pontuou ele, defendendo que os governos devem investir mais em educação.

Valadares Filho também acredita que a lei deve se tornar mais rígida para os casos que envolvem adolescentes praticando crimes hediondos, mas ele pondera que ainda não tem uma posição definida quanto à redução da maioridade penal. “Vou ouvir os dois lados. Não tenho ainda posição fixada”, afirma.

continua após o anúncio

Adelson Barreto, do PTB, avalia que a redução da maioridade penal atende um “clamor da sociedade”. Mas ele é mais rígido e defende a redução para todos os crimes. Adelson argumenta que se o cidadão com idade acima de 16 anos já pode votar, casar e trabalhar, então pode responder por atos ilícitos.

“Sou favorável. O político é fruto da sociedade e tem que ouvir o que a população pede. Muitos crimes hoje são praticados por adolescentes maiores de 16 anos, que sabem que se forem pegos não serão presos. Então, acho que reduzir a maioridade vai inibir a prática do crime”, argumentou.

continua após o anúncio

Pobre e negro?

Questionado se a lei não terá validade apenas para prender adolescentes pobres e negros, Adelson Barreto rebateu: “ao parlamento cabe criar as leis. Ao Judiciário, cabe garantir a aplicação delas, seja para pobre, seja para rico. A lei é para todos. Compete ao Congresso elaborar leis para melhor assegurar a paz”.

continua após o anúncio

Contra

O petista João Daniel, único deputado federal sergipano, contra a redução da maioridade penal, afirma que “essa não é a solução para a redução da violência no país”. “A solução desse problema passa por políticas muito mais amplas, passa por um grande projeto para que nossos adolescentes possam ter condições de ter acesso a uma educação de qualidade, a políticas sociais e de valorização da juventude. Na minha avaliação, quanto mais se criminaliza, mais violência se gera. E os dados estão aí e mostram que, no Brasil, a juventude morre muito mais do que mata, por exemplo, especialmente entre os negros. Portanto, votaremos contra essa proposta de redução da maioridade penal”, afirma

continua após o anúncio

“Costumes”

Jony Marcos, do PRB, por sua vez, diz que “não diminuir a maioridade penal será pior”. “Hoje vemos que os meninos de 16 e 17 anos já têm porte físico de adulto e maturidade suficiente para optar, por exemplo, em praticar um crime. Mas entendo que precisamos no Brasil é mudar os costumes, existe hoje uma falta de aprendizagem moral e ético que já vem de casa, os pais não têm passado esses costumes. Aprender a respeitar o mais velho, o idoso, ensinar que fazer o errado é feio é ruim”, afirma.

continua após o anúncio

Para o parlamentar do PRB, “a culpa não é de um sistema de educação falido como se diz”. “Educação se recebe prioritariamente em casa. O acesso à Educação hoje é muito maior que antigamente, mas os bons costumes e os princípios é que precisam ser resgatados. Nós temos a sensação que há uma impunidade no ar: você opta praticar tal erro, mas não será punido como outros são pelo menos erro”, ressalta.

Modelo americano

Laércio Oliveira foi o único deputado não localizado pela reportagem para falar sobre o assunto. No entanto, o JC localizou uma entrevista dele no ano passado publicada em seu site sobre o tema, na qual ele defendeu o modelo americano que estabelece que, independentemente de idade, as pessoas devem ser punidas com prisão.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247