"Sou contra quase tudo que Feliciano defende”

Líder do PSC, André Moura diz que fazer a defesa do deputado Marcos Feliciano é uma questão de função do cargo; para ele, houve antecipação de julgamento e preconceito contra o pastor antes mesmo de ele assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos; sobre as críticas do deputado Domingos Dutra, Moura afirmou que o petista deveria respeitar as decisões das bancadas; "ele conhece os ritos e está jogando para a platéia", afirmou

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Valter Lima, do Sergipe 247 – O deputado federal André Moura disse ao Sergipe 247, na tarde desta quinta-feira (7) que, enquanto líder do PSC, defendeu a indicação do seu partido para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o também deputado federal Marcos Feliciano, embora não concorde com a maioria das bandeiras que o pastor tem em seu mandato. 

“O líder tem determinadas funções. Minha posição ali não é pessoal, mas de líder. Se a bancada deliberou pelo nome do deputado Marcos Feliciano, eu tinha que cumprir o meu papel. Foram momentos difíceis, mas em nenhum momento, iria fugir. Marcos Feliciano foi escolhido de forma unânime. Eu defendi a indicação do partido, mas sou contrário a quase tudo que ele defende. Não sou homofóbico, nem discuto este tema no meu mandato. Tenho outras bandeiras de luta, como, por exemplo, o fortalecimento do municipalismo”, disse.

Para André Moura, a CDHM existe para discutir o direito de todos, incluindo os das minorias, mas houve, para ele, um julgamento antecipado e preconceituoso contra Marcos Feliciano. “Os deputados que são contrários as teses e ideias de Marcos Feliciano se anteciparam, porque ele nem chegou a ser presidente ainda para demonstrar as ações dele. Ali é a comissão que discute a questão do racismo, da violência contra a mulher, das minorias e que luta contra qualquer tipo de preconceito. Houve no julgamento antecipado de Marcos Feliciano uma posição preconceituosa de alguns membros da comissão”, afirmou.

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De acordo com o líder do PSC, o novo presidente da comissão tem a consciência plena de que pode defender, enquanto parlamentar e até membro da comissão, o que pensa, mas, enquanto presidente, terá que ser imparcial. “O que ele não pode e não fará enquanto presidente é ser tendencioso. Ele deverá ser aberto ao diálogo e ao debate, para dar oportunidades iguais para todos os deputados, toda a sociedade organizada e todos os segmentos que participarem da comissão”, frisou.

Já em resposta ao que foi dito pelo deputado federal Domingos Dutra (PT/MA) ao Sergipe 247, que acusou André Moura de ser “intransigente, fundamentalista e autoritário”, o parlamentar sergipano disse que o petista assim o denominou, porque ele não se curvou ao que Dutra queria. “Tenho que respeitar a decisão da minha bancada. O que os deputados dos outros partidos queriam é que eu mudasse a indicação. Eu nunca quis interferir nas escolhas do PT, nem do PDT, nem do PMDB, então porque iria permitir que interferissem na opção do PSC? Domingos Dutra quis jogar para a plateia, porque ele sabe como funciona o rito da Câmara”, respondeu.

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O líder do PSC ainda criticou o fato do PT não ter escolhido a Comissão dos Direitos Humanos, sendo irônico ao tratar da atuação de Domingos Dutra na condução do colegiado. “Se o PT, que é o maior partido da Câmara e tem direito a três comissões, não deu a atenção devida à Comissão de Direitos Humanos é porque considerou que ela perdeu importância, entendeu que Domingos Dutra não fez um grande trabalho e deixou a comissão pequena. O PSC vai dar a maior resposta ao conduzir um grande trabalho”, garantiu.

Ele também rebateu a acusação feita por Dutra de que os evangélicos se uniram aos ruralistas para tomar a CDHM para facilitar a aprovação de projetos de interesse do agronegócio. “Não tem nada disso não. É a proporcionalidade partidária quem define. O PSC foi o penúltimo a escolher a comissão. Estávamos nós e o PC do B e havia duas comissões: a de Direitos Humanos e a de Cultura. O PC do B pediu a de Cultura, por causa dos projetos que a sigla defende para a área e a nós restou a comissão de Direitos Humanos. Nós preferíamos até a de Fiscalização Financeira e Controle, que foi da nossa alçada no ano passado. Não há acordo com ruralistas”, disse.

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