Operação Navalha: João credita a Lula “violência na prisão do filho”

Prefeito diz que não teme processo, reafirma inocência e fala que receberá "polpuda indenização" por ter sido incluído na ação; "o que mais me entristece, o que mais me feriu é envolver meu filho. Estamos na terceira geração na área da construção civil imobiliária e jamais trabalhamos com o setor público, uma postura do meu pai e eu adotei isso plenamente. Meu filho chega ao extremo de odiar a política porque entende que a política só serviu para prejudicar a empresa. Agora, meu filho está pagando pelo fato de ser filho de um homem público”, disse

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Sergipe 247 – O prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro público, investigado pela Polícia Federal na Operação Navalha, afirmou, em entrevista ao Portal Infonet, que receberá “uma polpuda indenização” por ser inocente e ainda assim estar sendo processado. Ele mostrou muita tranquilidade em relação ao acatamento da denúncia por parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e recorreu ao embate político para criticar a prisão do filho dele, João Alves Neto, à época da deflagração da operação.

De acordo com a matéria da Infonet, “o prefeito fez questão de acrescentar que a violência que o filho teria sofrido quando foi preso, por não ter tido o direito à defesa e nem mesmo consultar advogado, seria prática constituída pelo governo federal na gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que esta prática teria sido combatida pelo ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)”.

Abaixo a íntegra da matéria, assinada pela jornalista Cássia Santana:

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O prefeito João Alves Filho (DEM) demonstra tranquilidade com a posição do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em acatar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 12 dos 17 acusados de envolvimento no desvio de dinheiro público investigado pela Polícia Federal durante ação especial que ficou conhecida como Operação Navalha. “Vou receber uma polpuda indenização e quem vai ganhar com isso é uma instituição de caridade para qual eu vou doar o dinheiro”, reagiu o prefeito, ao ser questionado pelo Portal Infonet sobre o processo na manhã deste sábado, 16.

Para o prefeito, a postura do STJ já era esperada. “Já era tudo previsível. Há juízes que preferem aceitar a denúncia do Ministério Público para apurar mais detalhadamente”, considerou. “Agora, é bom que fique claro que não há nenhuma condenação e eu estou absolutamente tranquilo”, opinou.

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O prefeito disse que já está acostumado a ser alvo de denúncias deste porte por ser político, mas confessa que ficou bastante chateado por ver o filho envolvido na denúncia. Na ótica do prefeito, a prisão do filho não passou de perseguição política. “Na época, estávamos vivendo um estado policialesco, uma fase denuncista e de raiva política no país e, desde do começo do processo, eu fiz o pedido para julgar o processo o mais rápido possível”, observou o prefeito.

E, na sequência, veio o desabafo com relação ao filho, o empresário João Alves Neto, que foi algemado e preso pela Polícia Federal e também denunciado pelo MPF por envolvimento no esquema de corrupção. “O que mais me entristece, o que mais me feriu é envolver meu filho. Estamos na terceira geração na área da construção civil imobiliária e jamais trabalhamos com o setor público, uma postura do meu pai e eu adotei isso plenamente. Meu filho chega ao extremo de odiar a política porque entende que a política só serviu para prejudicar a empresa. Agora, meu filho está pagando pelo fato de ser filho de um homem público”.

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João Alves garante que nos 28 anos de vida pública conseguiu ser absolvido em todos os processos judiciais, provando inocência em denúncias de corrupção e todos, segundo enfatizou, foram revertidos em indenizações a seu favor. “Calúnia de terceiros, todos estamos sujeitos”, analisa. “E agora estou ansioso porque vou provar inocência e vai ser mais uma indenização polpuda que vou doar a uma instituição de caridade”. Mais tarde, o prefeito ligou para a redação para esclarecer que não afronta o Poder Judiciário e pediu para explicar que não estaria afirmando que receberia indenizações, mas teria colocado a frase na condicional e voltou a enaltecer que provaria inocência.

E, na oportunidade, o prefeito fez questão de acrescentar que a violência que o filho teria sofrido quando foi preso, por não ter tido o direito à defesa e nem mesmo consultar advogado, seria prática constituída pelo governo federal na gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que esta prática teria sido combatida pelo ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). "Este tipo de violência acabou graças à ação enérgica do ministro Gilmar Mendes porque a polícia invadia a casas das pessoas, prendia sem que as pessoas tivessem direito de consultar advogado", completou.

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Entre os réus do processo, figuram servidores públicos, ex-dirigentes de órgãos públicos e empresários de Sergipe e de outros Estados. O suposto esquema, de acordo com as investigações da Polícia Federal, teria sido liderado pelo empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama. De Sergipe, além do prefeito e do filho dele, também foram denunciados o conselheiro Flávio Conceição, que está aposentado do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE), o ex-deputado Ivan Paixão, Sérgio Duarte Leite, Victor Mandarino, Renato Conde Garcia, Max Andrade, Gilmar Mendes, Ricardo Magalhães da Silva e Kleber Curvelo Fontes.

 

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