Projeção para inflação perto do teto da meta

Economistas projetam taxa de 6,47% ao ano, bem perto do limite máximo de 6,5%; estimativa para o PIB sobe de 1,63% para 1,65%

Economistas projetam taxa de 6,47% ao ano, bem perto do limite máximo de 6,5%; estimativa para o PIB sobe de 1,63% para 1,65%
Economistas projetam taxa de 6,47% ao ano, bem perto do limite máximo de 6,5%; estimativa para o PIB sobe de 1,63% para 1,65% (Foto: Leonardo Attuch)


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SÃO PAULO, 14 Abr (Reuters) - Economistas de instituições financeiras passaram a ver a inflação praticamente no teto da meta ao final de 2014 e ainda projetam mais uma alta na Selic em maio mesmo depois de o Banco Central apontar o fim do ciclo de aperto monetário.

Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostra que os economistas pioraram pela sexta semana seguida o cenário para os preços neste ano, vendo o IPCA agora a 6,47 por cento, ante 6,35 por cento na pesquisa anterior.

A meta do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

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Para 2015, a perspectiva passou a 6,00 por cento, alta de 0,16 ponto percentual, enquanto nos próximos 12 meses eles veem o indicador a 6,12 por cento, alta de 0,05 ponto percentual.

Em março, o IPCA já superou o patamar de 6 por cento em 12 meses. No mês passado, a inflação oficial acelerou a alta a 0,92 por cento, maior avanço para esses meses em 11 anos, e atingiu 6,15 por cento em 12 meses.

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SELIC

Frente a esse cenário de pressão dos preços, os economistas consultados no Focus deixaram inalterada a perspectiva para a Selic no final deste ano em 11,25 por cento, com nova alta de 0,25 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom).

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Isso mesmo após as indicações dadas pelo BC no final da semana passada sobre o futuro da política monetária. Na quinta-feira, defendeu na ata da reunião em que elevou a Selic para os atuais 11 por cento que a política monetária deve permanecer "vigilante", enfraquecendo a expressão "especialmente" usada até então.

O BC destacou ainda que uma fatia importante dos efeitos do atual ciclo de aperto monetário na inflação "ainda está por se materializar".

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Além disso, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que pode interromper o ciclo de altas na Selic já em maio, apesar da aceleração da inflação de alimentos.

O Focus mostrou ainda que o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, também não alterou sua expectativa para a Selic no final deste ano, mantendo-a em 11,88 por cento na mediana.

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Para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a pesquisa mostrou que a estimativa para 2014 foi elevada a 1,65 por cento, ante 1,63 por cento anteriormente. Para 2015 foi mantida a expectativa de crescimento de 2,00 por cento.

(Por Camila Moreira)

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