Qual é o piso do petróleo?

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Conheça projeções de especialistas (Foto: Camila Nunes)


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Do Infomoney - O petróleo já agoniza amargas perdas entre o final de 2014 e o começo deste ano, chegando a ficar abaixo dos US$ 45,00 na última terça-feira. Porém, este movimento pode mudar. É o que apontam os estrategistas do Bank of America Merrill Lynch, citando que há três caminhos que o petróleo precisa tomar para parar de ter suas cotações desvalorizadas. A má notícia é que, de acordo com o relatório, nenhum das três hipotéses dá mostras de que irá se concretizar.

A cada semana de queda do petróleo, analistas apostam em um piso mais baixo para os preços do barril, que de perto de US$ 107 em junho do ano passado, já foram para US$ 47,66 no caso do WTI e de aproximadamente US$ 115 para abaixo de US$ 49 no caso do Brent.

Uma análise recente da analista Abigail Doolittle, que faz negócios pela Peak Theories Research, revelou que as tendências pelo gráfico dos preços do combustível mostra suportes aos US$ 44, US$ 35 e depois, somente aos US$ 13,65 em um cenário apocalíptico.

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A análise do estrategista para commodities do banco, Francisco Blanch, mostra estes três caminhos para que o mercado possa pensar concretamente em um fundo de poço para os preços do barril:

1. Cortes por países fora da OPEP
Uma redução na produção de países como Rússia, China, Canadá e Brasil poderia fazer com que os preços subissem, mas Blanch explica que os custos de operação ficam abaixo dos US$ 40 na maior parte dos casos. Ele ainda cita que o guidance das empresas do setor nestes países mostra uma produção maior e não menor em 2015.

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2. Cortes pela OPEP
Em primeiro lugar, seria necessário que a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) reduzisse a sua produção, causando um pequeno choque na oferta e reequilibrando os preços a um patamar mais alto. Não seria a primeira vez. Como é sabido, a organização fez isso em 1973 em represália à ajuda norte-americana ao exército israelense na famosa Guerra do Yom Kippur.

No entanto, a situação não parece plausível, uma vez que faz parte da estratégia dos gigantes da OPEP como Arábia Saudita e Kuwait deixar os preços baixos para reduzir a competitividade do combustível obtido por meio do gás do xisto extraido pelos Estados Unidos.

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3. Demanda
A desaceleração na China e na Europa, com riscos de deflação no velho continente, também contribuíram para que a demanda pela commodity caísse nos últimos meses. Uma retomada no crescimento global poderia fazer com que os preços subissem, mas isso não parece que possa ocorrer tão cedo.

Segundo o relatório, haverá um atraso de seis meses e só depois haverá um crescimento, ainda bastante limitado, da demanda do produto pelas nações desenvolvidas.

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Blanch diz que caberá à China e à Índia a função de motores da procura por petróleo até 2017; contudo, também faz uma ressalva pessimista, lembrando que 50% da expansão da demanda global por petróleo nos últimos dez anos veio de países que também são produtores do combustível. Com o Oriente Médio crescendo pouco e a Rússia entrando em recessão, um horizonte deste tipo fica cada vez mais difícil.

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