Inadimplência do consumidor cresce 3,76% em março

A quantidade de consumidores com contas a pagar no mês de março de 2015 aumentou 3,76%, na comparação com março de 2014; hoje, 37,5% da população brasileira entre 18 e 95 anos estão negativados em bancos ou outros serviços que implicam pagamento de boletos, como água, luz e telecomunicações; ao todo, são 54,7 milhões de brasileiros endividados

A quantidade de consumidores com contas a pagar no mês de março de 2015 aumentou 3,76%, na comparação com março de 2014; hoje, 37,5% da população brasileira entre 18 e 95 anos estão negativados em bancos ou outros serviços que implicam pagamento de boletos, como água, luz e telecomunicações; ao todo, são 54,7 milhões de brasileiros endividados
A quantidade de consumidores com contas a pagar no mês de março de 2015 aumentou 3,76%, na comparação com março de 2014; hoje, 37,5% da população brasileira entre 18 e 95 anos estão negativados em bancos ou outros serviços que implicam pagamento de boletos, como água, luz e telecomunicações; ao todo, são 54,7 milhões de brasileiros endividados (Foto: Paulo Emílio)


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Andreia Verdélio, Repórter da Agência Brasil - A quantidade de consumidores com contas a pagar no mês de março de 2015 aumentou 3,76%, na comparação com março de 2014. Hoje, 37,5% da população brasileira entre 18 e 95 anos estão negativados em bancos ou outros serviços que implicam pagamento de boletos, como água, luz e telecomunicações.

São 54,7 milhões de brasileiros endividados. Também houve crescimento em relação ao número de dívidas não pagas, com variação de 3,46% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados hoje (13) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Logistas (Cndl).

Segundo o presidente da Cndl, Honório Pinheiro, embora o setor de varejo trabalhe de forma anticíclica, as variáveis macroeconômicas influenciam o consumo da população. "A economia está parada e a política que a influencia diretamente vive momentos difíceis no Brasil", acrescentou.

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Economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti explicou que dois fatores atuam de forma contrária no consumo, o que acaba equilibrando os números da inadimplência. "Primeiro, desde 2013, há uma queda na oferta de crédito pelos bancos e também um recuo na demanda. Isso faz com que hajam menos contas a pagar e a inadimplência acaba desacelerando", esclareceu.

"Por outro lado, temos o fraco crescimento da economia, inflação e juros em alta. Isso piora a geração de empregos e a confiança dos consumidores. O momento econômico dificulta o pagamento das dívidas", salientou Marcela.

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Segundo ela, embora a variação tenha sido positiva em março de 2015, "mantém-se a tendência de desaceleração em relação ao pico de agosto do ano passado, quando tivemos aumento de 5,09% na quantidade de devedores."

Em relação à participação dos setores, os maiores crescimentos foram em água, luz, telecomunicações e bancos. Marcela disse que os bancos são os principais financiadores da economia, o que aumenta a inadimplência no setor. De acordo com os dados, 47,71% das contas a pagar são decorrentes do aumento de 2,15% em relação a março de 2014.

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Água, luz e telecomunicações representam 7,03% (aumento de 0,59% na variação anual) e 15,3% das dívidas, respectivamente. No caso das telecomunicações, com variação positiva de 1,46% nas dívidas, Marcela informou que cada vez mais as pessoas dão importância à comunicação instantânea e acabam contratando pacotes de dados e celulares que não cabem no orçamento.

Na comparação com o número de pendências por tempo de atraso, as faixas que registraram maior variação foram as de dívidas com 91 a 180 dias de atraso (3,96% de aumento) e 181 a 360 dias (6,03% de aumento).

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Segundo a economista, isso é reflexo das compras de Natal, do pagamento de impostos e da compra de material escolar no início do ano. "Ano passado, fizemos uma pesquisa em que as pessoas diziam que parcelariam as compra de Natal em até cinco vezes. Então, acabamos vendo a alta da inadimplência entre março abril".

Para a Cndl/ SPC Brasil, o número de inadimplentes é maior na faixa de dívidas com 3 a 5 anos de atraso (11,1%). "Elas acabam ficando pra trás, porque as pessoas acham que são impagáveis, mas dá pra negociar. O endividado tem de ser criativo para apertar o orçamento, mas sempre dá pra negociar", concluiu Marcela Kawauti.

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