Jabuticaba dos mercados

Em junho, só o Brasil subiu taxas de juros

Em junho, só o Brasil subiu taxas de juros
Em junho, só o Brasil subiu taxas de juros (Foto: Camila Nunes)


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Do Infomoney - O Brasil foi o único dos 24 bancos centrais que tiveram decisão de política monetária em junho, que subiu as suas taxas, diz o Itaú Unibanco em relatório ao mercado. Para o banco, a Selic deve subir 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), para 14,25% ao ano e se manter neste patamar até o segundo trimestre de 2016.

O research assinado pelo economista-chefe da instituição, Ilan Goldfajn, lembra que a a ata da última reunião e do Relatório de Inflação do primeiro trimestre mantiveram a sinalização se que o ciclo de alta de juros deve continuar à frente, mas que os efeitos da atual estratégia já começam a ser observados. "O comitê destaca que "as expectativas de inflação se encontram próximas ou na meta de 4,5% a.a. nos horizontes de médio e longo prazo"", lembra o paper. Para o Itaú, uma alta de 50 pontos-base com alguma reavaliação do cenário de atividade já seria o bastante para trazer a inflação de volta para valores em torno do centro da meta no final de 2016.

Do lado contrário, os outros países do bloco BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) cortaram os seus juros para estimular a economia. Na América Latina, excluindo o nosso País, a expectativa é de que os juros se mantenham estáveis pelo menos até a primeira elevação das taxas pelo Federal Reserve nos Estados Unidos.

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No México, as taxas devem se manter em em 3% com a inflação controlada e a recuperação fraca da economia. "Nas considerações finais do comunicado, o comitê enfatizou que, embora a posição cíclica da economia seja fraca e as expectativas de inflação permaneçam bem ancoradas, os membros ficarão atentos à postura de política monetária do México em relação à dos EUA".

No Chile, o quadro de inflação, que apesar de alta, deve desacelerar, somado à fraqueza econômica também levam a expectativas de estabilidade dos juros. "À medida que esperamos apenas uma recuperação gradual do PIB (2,5% este ano, contra 1,9% em 2014) e uma queda gradual da inflação para a meta , divergimos da sinalização do banco central e não esperamos movimentos na taxa de juros neste ano ou em 2016", diz o Itaú.

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Peru e Colômbia também devem manter estáveis as taxas de juros. No caso do primeiro, com taxas em 3%, porque a desaceleração da economia sugere que o consumo das famílias deve desacelerar, apesar das taxas de juros reais ainda expansivas e do mercado de trabalho sólido. Já para o segundo, as taxas se mantém em 3,25% ao ano apesar da implementação de uma política monetária expansionista por meio da redução do depósito compulsório para moeda local (de 7% para 6,5% desde o início de junho).

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