O mercado e o golpe

Ações subiriam em caso de impeachment, diz Barclays

Brasília - DF, 05/06/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista à TV France 24. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
Brasília - DF, 05/06/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista à TV France 24. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR. (Foto: Camila Nunes)


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Do Infomoney - O pessimismo continua - na verdade as projeções seguem piorando -, e a tensão sobre o governo Dilma Rousseff (PT) está longe de chegar ao fim. Apesar deste cenário, os analistas do Barclays acreditam que a petista irá terminar seu mandato, mesmo que sob grande pressão durante os próximos anos.

Os analistas Bruno Rovai e Alejandro Grisanti afirmam que, apesar da chance ter aumentado desde o primeiro trimestre, eles ainda trabalham com um cenário onde Dilma termina seu mandato de presidente. Segundo eles, Dilma tem de lutar para recuperar a capacidade de governar, mesmo que seu índice de aprovação de um dígito ea nuvem de escândalo em curso permanece.

No relatório, eles destacam que um processo de impeachment seria muito longo e que as investigações da Lava Jato podem tanto pressionar mais o governo como trazer um pouco de alívio caso sejam apresentadas evidências contra membros do Congresso. "Mas, mesmo no caso de um impeachment, novas eleições presidenciais não devem ocorrer antes de 2018", avaliam os analistas.

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Para a dupla do Barclays, os atuais níveis de preços dos ativos já refletem um cenário em que Dilma termina o mandato, mas sob pressão durante todo o tempo. Segundo o relatório, se o impeachment não acontecer, o efeito será neutro no curto prazo, já que seria necessário avaliar por que impeachment não ocorreu para se determinar as possibilidades de mudanças na relação entre o Congresso e o Executivo.

"A reação do mercado seria provavelmente positiva no caso de um impeachment ser aprovado na Câmara [...] Se Dilma sair, provavelmente haverá uma correção nos preços dos ativos no curto prazo, com aumento das probabilidades de governabilidade ser retomada caso o vice-presidente assuma", diz o documento.

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Porém, fica o alerta dos analistas: "o rali, no entanto, provavelmente seria de curta duração, já que não há nenhuma garantia de que o vice-presidente terá maior apoio do Congresso". Por fim, caso o impeachment seja votado e rejeitado, o efeito deve ser bastante negativo para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o que poderia levar à sua queda.

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