Dólar vai a R$ 4,16 após frustração com Copom

O dólar subiu quase 1,5% em relação ao real e fechou no maior valor nominal da história nesta quinta-feira, após o Banco Central manter os juros básicos em 14,25%; analistas de mercado criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária; "Foi um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa; Tombini justificou sua posição a partir de dados que mostram uma recessão mais aguda do que se previa

O dólar subiu quase 1,5% em relação ao real e fechou no maior valor nominal da história nesta quinta-feira, após o Banco Central manter os juros básicos em 14,25%; analistas de mercado criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária; "Foi um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa; Tombini justificou sua posição a partir de dados que mostram uma recessão mais aguda do que se previa
O dólar subiu quase 1,5% em relação ao real e fechou no maior valor nominal da história nesta quinta-feira, após o Banco Central manter os juros básicos em 14,25%; analistas de mercado criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária; "Foi um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa; Tombini justificou sua posição a partir de dados que mostram uma recessão mais aguda do que se previa (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu quase 1,5 por cento em relação ao real e fechou no maior nível na história nesta quinta-feira, após o Banco Central manter os juros básicos em 14,25 por cento em meio a profundas dúvidas sobre a comunicação e a estratégia da política monetária.

O dólar avançou 1,47 por cento, a 4,1655 reais na venda, superando a máxima histórica de fechamento anterior de 4,1461 reais, alcançada em 23 de setembro do ano passado.

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A moeda norte-americana atingiu 4,1737 reais na máxima da sessão, maior cotação intradia desde o recorde histórico de 4,2491 reais, atingido em 24 de setembro de 2015.

"(A decisão) é um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

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Após o fechamento dos negócios na véspera, o BC deixou a Selic inalterada em 14,25 por cento, citando o aumento das incertezas globais e locais. Além de piorar as perspectivas para o fluxo de capitais ao Brasil, a decisão turbinou as incertezas nos mercados locais, que até o início da semana apostavam em elevação de 0,50 ponto percentual.

Nesse contexto, o mercado brasileiro apresentou desempenho pior do que outros mercados da América Latina. O dólar recuou mais de 2 por cento contra o peso colombiano, por exemplo, na esteira da recuperação dos preços do petróleo.

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O contrato norte-americano da commodity, que havia atingido o menor nível em 12 anos, passou a subir cerca de 5 por cento e girar em torno de 30 dólares o barril nesta sessão. O movimento foi influenciado por sinalizações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, de que a autoridade monetária pode ampliar seus estímulos em meio à fraqueza na economia global.

"A decisão do BC serviu de gatilho para o mercado perceber que a situação econômica no Brasil está muito pior do que a de seus vizinhos. É de se esperar que o real tenha uma performance relativa bastante ruim", disse o operador de uma corretora internacional.

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O BC brasileiro realizou nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 7,891 bilhões de dólares, ou cerca de 76 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.

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