BC prevê estouro da meta de inflação este ano

A inflação, medida pelo IPCA, deve fechar este ano em 6,6%, segundo projeção divulgada nesta quinta-feira 31 no Relatório de Inflação, do Banco Central; a estimativa anterior, publicada em dezembro, era 6,2%; para 2017, a estimativa de inflação passou de 4,8% para 4,9%; o BC também espera por maior retração da economia este ano: a projeção para a queda do PIB passou de 1,9%, divulgada em dezembro, para 3,5%

A inflação, medida pelo IPCA, deve fechar este ano em 6,6%, segundo projeção divulgada nesta quinta-feira 31 no Relatório de Inflação, do Banco Central; a estimativa anterior, publicada em dezembro, era 6,2%; para 2017, a estimativa de inflação passou de 4,8% para 4,9%; o BC também espera por maior retração da economia este ano: a projeção para a queda do PIB passou de 1,9%, divulgada em dezembro, para 3,5%
A inflação, medida pelo IPCA, deve fechar este ano em 6,6%, segundo projeção divulgada nesta quinta-feira 31 no Relatório de Inflação, do Banco Central; a estimativa anterior, publicada em dezembro, era 6,2%; para 2017, a estimativa de inflação passou de 4,8% para 4,9%; o BC também espera por maior retração da economia este ano: a projeção para a queda do PIB passou de 1,9%, divulgada em dezembro, para 3,5% (Foto: Gisele Federicce)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

Com a perspectiva de a inflação estourar a meta este ano (6,6%), o Banco Central (BC) afirmou hoje (31) que não trabalha com a hipótese de reduzir a taxa básica de juros, a Selic. A informação está no Relatório de Inflação do BC, divulgado trimestralmente.

Essa é a primeira vez que o BC projeta estouro da meta para este ano. O centro da meta de inflação é 4,5% e o limite superior é 6,5%. A taxa Selic é o principal instrumento do BC para o controle da inflação. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

continua após o anúncio

No relatório, o BC ressaltou que há incertezas quanto ao comportamento recente das expectativas e das taxas observadas de inflação, combinados com a presença de mecanismos de indexação (reajuste de preços com base em índices de inflação).

O BC também destacou que o processo de realinhamento de preços livres em relação aos administrados e dos domésticos em relação aos internacionais é mais demorado e intenso que o previsto. "Adicionalmente, remanescem incertezas em relação ao comportamento da economia mundial", disse o BC.

continua após o anúncio

No relatório, o BC cita que incertezas quanto ao processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição também afetam a inflação.

Segundo o Banco Central, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior da meta é 55%, em 2016 e 22%, em 2017. Para o mercado, essa probabilidade é 65%, em 2016, e 33%, no próximo ano.

continua após o anúncio

Preços administrados

O BC projeta aumento dos preços administrados por contrato e monitorados em 6,1% este ano, ante 5,9% previsto em dezembro. A estimativa para o reajuste médio das tarifas de ônibus urbano é 9,9%. A projeção para os preços da energia elétrica é de redução de 3,5%.

continua após o anúncio

Para 2017, a projeção para os preços administrados é 5%, mesmo valor considerado no relatório anterior.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247