O que querem as "luluzinhas"

Consumidoras de alta renda já não fazem compras só no exterior para manter seus closets up to date. Classe A privilegia vendedoras que acertam de cara seu estilo. Grife de luxo nacional é a mais lembrada

O que querem as "luluzinhas"
O que querem as "luluzinhas" (Foto: Divulgação/Le Lis Blanc)


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Luciane Macedo _247 - Elas vão às compras a cada duas semanas para incrementar o closet com as novidades de suas grifes de luxo favoritas de roupas e acessórios. Por mês, gastam em média R$ 3.500,00. Ao contrário do que se poderia imaginar, as consumidoras da classe A não fazem mais compras só no exterior. E entre tantas marcas internacionais voltadas para o público feminino de alta renda que abriram lojas por aqui recentemente, uma grife de luxo nacional, a Le Lis Blanc, foi a mais citada espontaneamente pelas "luluzinhas" ao pensar em vestuário.

Quem abriu a "caixa preta" para conhecer o que querem as brasileiras da classe A foi a sócia-diretora do Instituto Qualibest, Daniela Chammas Daud Malouf. O desafio era engajar este público seleto, geralmente avesso a pesquisas, a revelar seus gostos e preferências de consumo, informações estratégicas para o segmento de luxo no Brasil. Em junho, Daniela criou a La Clé, uma rede virtual fechada na qual mulheres de alto poder aquisitivo respondem pesquisas em troca de uma recompensa financeira que vai para uma ou mais entre dez instituições beneficentes.

A La Clé já conta com cerca de 800 consumidoras da classe A cadastradas. A maneira engenhosa de engajamento na rede contribui para que as amigas convidadas a participar sintam-se incentivadas a fazê-lo por uma boa causa -- e para felicidade dos departamentos de marketing das grifes de luxo, que podem se inspirar nos desejos e expectativas de mulheres que adoram antecipar tendências neste mercado.

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Os resultados da primeira pesquisa da La Clé quebraram alguns mitos sobre os hábitos de consumo das brasileiras da classe A. Um deles é o de que elas só compram roupas e acessórios de luxo em viagens internacionais. Entre as 123 mulheres consultadas, 92% disseram que costumam rechear seus closets tanto no Brasil quanto no exterior. A preferência pela localização das lojas é bem dividida entre shoppings (29%) e lojas de rua (26%), e quase metade das entrevistadas (45%) gosta de comprar em ambos.

É uma boa notícia para as grifes internacionais que, com a crise europeia, ganharam um incentivo a mais para aumentar suas apostas no mercado de luxo brasileiro. Só no ano passado, o segmento movimentou R$ 18,8 bilhões, segundo a consultoria especializada MCF, e as projeções para 2012 indicam um crescimento de 20%.

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Enquanto marcas nacionais, como a Le Lis Blanc, já conhecem as consumidoras da classe A, a concorrência que vem de fora ainda precisa entender as sutilezas das brasileiras de fino trato para melhor agradá-las, ainda mais quando o mercado de luxo está em franca expansão e não mais se restringe ao eixo Rio-São Paulo.

O atendimento deve ser impecável. O que mais encanta as consumidoras de alto poder aquisitivo quando vão às compras nas lojas de roupas e acessórios são as vendedoras que acertam de cara seu estilo e sabem o que elas estão buscando (17%), diz a pesquisa da La Clé. Também é essencial deixá-las à vontade (17%).

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As vendedoras do segmento de luxo devem ser gentis, corteses e educadas, atributos considerados essenciais pelas "luluzinhas". Além disso, a La Clé mostrou que as mulheres da classe A esperam vendedoras atenciosas e solícitas, pacientes e simpáticas, bem-humoradas e sorridentes. E, é claro, elas precisam conhecer bem o produto e a marca que estão vendendo, para acertar o que cai bem ao estilo da cliente e o que ela procura. Mas tudo sem pedantismo.

E nada mais deselegante do que tentar empurrar mercadoria às mulheres de alto poder aquisitivo: é a situação que mais as incomoda. Elas também não gostam quando são mal atendidas ou ignoradas ao tentar realizar uma troca. A vendedora esnobe, a "falsa", que diz que tudo fica lindo, ou aquela que não prioriza a cliente por achar que ela não vai gastar muito também foram citadas como péssimos exemplos de atendimento na pesquisa da La Clé.

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Os canais de comunicação favoritos entre as consumidores da classe A dependem da situação. Se o assunto é o lançamento de uma coleção, elas preferem contato e catálogo (42%). A maioria (33%) quer saber por email quando uma nova loja será inaugurada. Se chegaram novidades que têm o estilo delas, querem ser avisadas via SMS (33%) ou email (31%). Quando se trata de promoções e liquidações, a preferência também é dada à mensagem de texto no celular (48%) e ao email (40%).

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