Imigrantes pedem lei mais flexível de permanência

Ato pacífico em São Paulo reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar; de acordo com o porta-voz do grupo, tem aumentado o contingente de imigrantes pobres oriundos, principalmente, da Bolívia, do Peru e da Colômbia, que chegam ao país para trabalhar em regime escravo em oficinas de costuras

SÃO PAULO, SP, 01.12.2013: MANIFESTAÇÃO/IMIGRANTE/SP - Imigrantes fizeram na manhã deste domingo uma manifestação pacífica pelas ruas do centro da cidade. Eles se concentraram na avenida Ipiranga, percorreram a Praça da República e a avenida São Luiz. O g
SÃO PAULO, SP, 01.12.2013: MANIFESTAÇÃO/IMIGRANTE/SP - Imigrantes fizeram na manhã deste domingo uma manifestação pacífica pelas ruas do centro da cidade. Eles se concentraram na avenida Ipiranga, percorreram a Praça da República e a avenida São Luiz. O g (Foto: Roberta Namour)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Um grupo de manifestantes participou ontem (1º) da 7ª Marcha dos Imigrantes no centro da cidade, defendendo maior flexibilização da nova lei que regula a permanência dos estrangeiros no país. O ato pacífico reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, mas estimado em quase mil pelos organizadores.

A concentração começou por volta das 9h, na Praça da República, de onde os manifestantes saíram rumo à Praça da Sé. Por volta das 12h30, ocupavam duas faixas da Avenida São Luís, na esquina com a Rua da Consolação. Com a ajuda de um carro de som, bandeiras e cartazes, eles procuraram esclarecer a população sobre as reivindicações, com foco em favor de uma anistia que beneficie os estrangeiros que vivem ilegalmente no país.

Para o porta-voz do grupo, Nelson Bisson, um dos coordenadores do Centro de Apoio ao Migrante (Cami), é “ruim” o teor da nova lei que trata da situação dos imigrantes, em tramitação no Congresso Nacional. “Ela [lei] tem artigos que criminalizam os imigrantes”, justificou ele.

continua após o anúncio

Bisson informou que tem aumentado a vinda de pessoas pobres oriundas, principalmente, da Bolívia, do Peru e da Colômbia. “Muitos são atraídos por coiotes [intermediários] para trabalhar como escravos em oficinas de costuras e já chegam devendo pelo transporte, comida e outras despesas lançadas pelos agenciadores”.

Segundo ele, só na capital paulista existem entre 18 a 20 oficinas. Como são locais insalubres, as mães não podem manter os filhos junto delas nos locais de trabalho e, sem acesso a creches, essas estrangeiras sofrem muitos transtornos. Além disso, o porta-voz do grupo disse que a maioria não consegue tirar a documentação para legalizar a residência no país porque o trâmite é muito burocrático e caro.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247