Skaf dá medalha a Dilma após barrar IPTU de Haddad

Esperto, rápido e com sorte, presidente da Fiesp recebe Dilma Rousseff em evento agendado previamente e fatura entrega a ela da medalha do mérito industrial; Encontro Econômico Franco-Brasileiro também contou com presidente François Hollande; ontem, iniciativa da mesma Fiesp no Tribunal de Justiça conseguiu derrubar aumento de 35% no IPTU de São Paulo, proposto pelo prefeito Fernando Haddad; pré-candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014, Skaf foi a grande surpresa da mais recente pesquisa Datafolha, com 15% de intenções de voto; ele passou a ser a 'grande esperança branca' do PMDB voltar ao poder no Estado; misturando ativismo populista, figurino gerencial e temperando gestos de oposicionismo e aproximação com o PT ele pode, afinal, chegar lá?

Esperto, rápido e com sorte, presidente da Fiesp recebe Dilma Rousseff em evento agendado previamente e fatura entrega a ela da medalha do mérito industrial; Encontro Econômico Franco-Brasileiro também contou com presidente François Hollande; ontem, iniciativa da mesma Fiesp no Tribunal de Justiça conseguiu derrubar aumento de 35% no IPTU de São Paulo, proposto pelo prefeito Fernando Haddad; pré-candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014, Skaf foi a grande surpresa da mais recente pesquisa Datafolha, com 15% de intenções de voto; ele passou a ser a 'grande esperança branca' do PMDB voltar ao poder no Estado; misturando ativismo populista, figurino gerencial e temperando gestos de oposicionismo e aproximação com o PT ele pode, afinal, chegar lá?
Esperto, rápido e com sorte, presidente da Fiesp recebe Dilma Rousseff em evento agendado previamente e fatura entrega a ela da medalha do mérito industrial; Encontro Econômico Franco-Brasileiro também contou com presidente François Hollande; ontem, iniciativa da mesma Fiesp no Tribunal de Justiça conseguiu derrubar aumento de 35% no IPTU de São Paulo, proposto pelo prefeito Fernando Haddad; pré-candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014, Skaf foi a grande surpresa da mais recente pesquisa Datafolha, com 15% de intenções de voto; ele passou a ser a 'grande esperança branca' do PMDB voltar ao poder no Estado; misturando ativismo populista, figurino gerencial e temperando gestos de oposicionismo e aproximação com o PT ele pode, afinal, chegar lá? (Foto: Felipe L. Goncalves)


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247 – As eleições para governador de São Paulo ganharam mais um candidato de peso. Não apenas pelos números da última pesquisa Datafolha, que lhe dedicam significativos 15% de intenções de voto, mas, especialmente, pelo poderio de sua máquina eleitoral, reflexo político apurado e um figurino que, temperado por um certo populismo, pode atrair a classe média. Paulo Skaf, goste-se ou não, vai mostrando que tem sorte.

Um dia após provocar um grande revés sobre a administração do prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, ao conseguir barrar no Tribunal de Justiça o aumento de até 35% previsto no IPTU do próximo ano, Skaf recebeu no final da manhã desta sexta-feira 13, na sede da Fiesp, ninguém menos que a presidente Dilma Rousseff e o presidente da França, François Hollande. O Encontro Econômico Franco-Brasileiro atraiu muita mídia e, claro, Skaf não perdeu a chance de brihar.

À Dilma, campeã de popularidade, Skaf dedicou a Medalha do Mérito Industrial, ainda que, publicamente, ele seja um crítico de grandes linhas da política econômica do governo federal. Com o gesto, avançou na política de boa vizinhança com o Palácio do Planalto, sempre com o apoio do vice-presidente Michel Temer.

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- Em São Paulo, o PMDB tem candidato, isso já é do conhecimento de todos e vamos concorrer para a vitória com Paulo Skaf, tem dito um entusiasmado Temer.

Os números do Datafolha, que colocam Skaf em segundo lugar na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, atrás apenas do governador Geraldo Alckmin, são um percentual que há muitos anos os peemedebistas de São Paulo não conheciam. O partido governou o Estado economicamente mais forte da Federação, pela última vez, entre 1990 e 1994, com um político criado à sombra do antecessor Orestes Quércia, Luiz Antônio Fleury. O próprio Fleury, como candidato, iniciou a corrida do patamar de 2%. Os atuais 15% de Skaf são um prêmio que o partido, decididamente, não esperava.

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Cada vez mais atento a gestos midiático, Skaf, que já foi filiado ao PSB, é a chamada 'grande esperança branca' de seu novo partido em acabar com o domínio do PSDB. A seu favor, o presidente da Fiesp tem a formidável máquina político-administrativa da própria Federação, sustentado por verbas milionárias do Sistema S.

Na condição de presidente da Fiesp e do Ciesp – o centro de indústrias com sedes em praticamente todos os municípios importantes de São Paulo --, Skaf tem se movimentado com grande intensidade, em visitas ao interior sob a bandeira da educação e da formação profissional. A ele, o PMDB dedicou todo o tempo de seu mais recente programa eleitoral na tevê.

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Sem poder ser rifado pelo PT, o pré-candidato do PMDB impôs sua candidatura como um fato intocável para que outras alianças regionais entre os dois partidos sejam construídas. O próprio PT admite que Skaf é irremovível da disputa.

- Skaf é contra o PSDB e nossa missão é tirar o PSDB do poder. Se nós passarmos para o segundo turno com o (Alexandre) Padilha (ministro da Saúde), ele vai nos apoiar no segundo turno. E se ele passar, nós vamos apoiá-lo, disse ao 247 o prefeito de São Bernardo e líder petista Luiz Marinho, na semana passada.

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Com a candidatura em pleno desenvolvimento, Skaf mostra que tem estrela. Ele deve ganhar mais popularidade pelo fato de ter barrado, na Justiça, a iniciativa do prefeito Fernando Haddad de elevar em até 35% o IPTU, ainda que os cálculas da Prefeitura mostrem que, na média, o valor do imposto para a população iria diminuir.

- Conseguimos uma vitória importante que, em razão do recesso da Justiça, deve significar que, pelo menos no ano que vem, estaremos livres de mais essa injustiça tributária, disse Skaf, esclarecendo que a liminar obtida pela Fiesp no Tribunal de Justiça demandará tempo para ser derrubada em instâncias superiores.

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No dia seguinte ao feito, Skaf, no evento pré-agendado, recebe Dilma, dá-lhe uma medalha e sai nas fotografias da mídia do País inteiro ao lado também do presidente da França. Não dá para dizer que ele não vai faturar politicamente com mais essa.

No evento da Fiesp, a presidente Dilma Rousseff pronunciou o seguinte discurso:

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"Brasil é opção segura e atraente para investidores", diz Dilma

Depois de agradecer ao presidente da Fiesp pela Ordem do Mérito Industrial São Paulo –que "muito me honrou", disse – , a presidente Dilma o felicitou pela organização do evento, que, segundo ela, contribui para fortalecer o comércio e ampliar investimentos. "O volume das trocas comerciais justifica eventos como este", disse Dilma, lembrando que a corrente de comércio brasileira "é da ordem de U$ 10 bilhões".

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A presidente voltou a destacar as negociações feitas no âmbito da OMC, que, sob a presidência de um brasileiro, fechou no último sábado um acordo histórico, que pode injetar US$ 1 trilhão na economia global. "Realizamos progressos expressivos, sobretudo no que se refere à eliminação de subsídios agrícolas", disse Dilma Rousseff.

O estímulo à economia, a geração de emprego e o fomento ao comércio internacional foram cruciais para que o Brasil enfrentasse a crise econômica, ressaltou Dilma. "Por isso o Brasil foi um dos países que mais atraiu investimentos na última década e é hoje o terceiro que mais atrai investimentos estrangeiros. O Brasil é e continuará sendo uma opção segura e atraente para investidores de qualquer país", afirmou a presidente.

Sobre a parceria com a França, destacou que o país europeu "está entre os principais parceiros brasileiros". "Quero estimular empresas francesas a ampliarem os investimentos no Brasil. Ganharemos todos. França e Brasil só têm a beneficiar-se do investimento recíproco e parcerias entre empresas", discursou a presidente, citando exemplos de acordo entre os dois países na área de tecnologia e inovação e lembrando que "a França está entre os parceiros que mais apostaram no Brasil, com estoque de U$ 35 bi investidos".

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