Templo do luxo fecha e será acionado por racismo

Shopping JK Iguatemi, do empresário Carlos Jereissati, adotou uma medida radical neste sábado; com medo de ser alvo de um rolezinho, o mesmo empreendimento que já havia feito uma triagem na semana passada, vetando a entrada de jovens da periferia, desta vez decidiu fechar as portas; ONG UneAfro, que realizava um protesto no local, registrou boletim de ocorrência; segundo o advogado Eliseu Soares, atitude do shopping é inconstitucional e viola o direito de ir e vir; apartheid em xeque

Shopping JK Iguatemi, do empresário Carlos Jereissati, adotou uma medida radical neste sábado; com medo de ser alvo de um rolezinho, o mesmo empreendimento que já havia feito uma triagem na semana passada, vetando a entrada de jovens da periferia, desta vez decidiu fechar as portas; ONG UneAfro, que realizava um protesto no local, registrou boletim de ocorrência; segundo o advogado Eliseu Soares, atitude do shopping é inconstitucional e viola o direito de ir e vir; apartheid em xeque
Shopping JK Iguatemi, do empresário Carlos Jereissati, adotou uma medida radical neste sábado; com medo de ser alvo de um rolezinho, o mesmo empreendimento que já havia feito uma triagem na semana passada, vetando a entrada de jovens da periferia, desta vez decidiu fechar as portas; ONG UneAfro, que realizava um protesto no local, registrou boletim de ocorrência; segundo o advogado Eliseu Soares, atitude do shopping é inconstitucional e viola o direito de ir e vir; apartheid em xeque (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Depois de recorrer à Justiça para vetar a entrada de jovens da periferia em suas dependências, o shopping JK Iguatemi, do empresário Carlos Jereissati, adotou uma medida ainda mais radical neste sábado: fechou as portas. Por isso, será acionado por racismo por representantes da ONG UneAfro, que protestavam no local. A segregação no JK, de certa forma, consagra uma política de apartheid (leia reportagem anterior do 247 sobre o caso "Veto a rolezinho consagra apartheid brasileiro").

Até cerca de 15h30, estava impedida a entrada de carros e pedestres no shopping. Um dos líderes da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os registrou boletim de ocorrência para registrar o crime de racismo. A entidade afirma que a manifestação que eles faziam nesta tarde era contra a discriminação praticada por shoppings paulistas na restrição da entrada de pessoas, que é feita por meio da aparência e pelo modo de vestir.

O movimento é organizado pela UNEAfro, mas outros grupos da mesma causa participam. Com o fechamento, o advogado Eliseu Soares, representante dos movimentos sociais, afirma que a atitude do shopping é inconstitucional e impede o direito de ir e vir. Segundo ele, o estabelecimento comete os crimes de constrangimento, racismo e denunciação caluniosa. Soares formou uma comissão e foi até o 96º DP, no bairro do Brooklin Novo, para registrar o Boletim de Ocorrência.

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Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:

Manifestação a favor de "rolezinho" causa fechamento de shopping em São Paulo

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Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Uma manifestação a favor dos “rolezinhos” e contra o racismo causou o fechamento do Shopping JK Iguatemi, na zona Sul de São Paulo. O shopping funcionava normalmente até o momento em que os manifestantes chegaram em frente ao estabelecimento.

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Todas as portas do centro comercial foram fechadas, impedindo, inclusive, a saída das pessoas que estão no interior do prédio. Também não é autorizada a entrada de clientes, logistas e funcionários. Não há presença da polícia, apenas do corpo de seguranças do estabelecimento.

Alguns manifestantes, que não portavam bandeiras e nem instrumentos musicais, chegaram a pedir aos seguranças autorização para entrar no prédio, o que foi negado.

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Um grupo de advogados das entidades que participam do ato foi à delegacia policial mais próxima para fazer um boletim de ocorrência. Eles alegam que as pessoas passaram por constrangimento ilegal e que o shopping cometeu crime de racismo.

“Qual o crime que essas pessoas cometeram, o crime de vir ao shopping? Para mim está caracterizado o crime de racismo”, disse o advogado Eliseu Soares Lopez.

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“Os shoppings agora se equiparam as universidades, porque a universidade seleciona que o branco entra e o preto não. Os shoppings se equiparam a polícia, porque ela haje de uma forma com o branco e de outra com o negro”, acrescentou.

Na porta do estabelecimento, os manifestantes permanecem reunidos. Eles falam palavras de ordem como “racistas, não passarão”, e “abaixo o apartheid”.

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