MP critica "decisões políticas" em uso da água em SP

Ministério Público de São Paulo questionou formalmente os órgãos gestores do Cantareira e o uso do "volume morto" do sistema para abastecer a Grande São Paulo; sistema Cantareira, que abastece diretamente 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e, indiretamente, 5,5 milhões de pessoas nas regiões de Campinas, Piracicaba e Jundiaí, está hoje com apenas 13,4% de seu "volume útil", o nível mais baixo da história

A view of the water catchment of the Cantareira water supply system at Jaguari dam in Joanopollis, 136 km (77 miles) from Sao Paulo February 21, 2014. The water levels of the Cantareira system, which serves 9.3 million residents in Sao Paulo's metropolita
A view of the water catchment of the Cantareira water supply system at Jaguari dam in Joanopollis, 136 km (77 miles) from Sao Paulo February 21, 2014. The water levels of the Cantareira system, which serves 9.3 million residents in Sao Paulo's metropolita (Foto: Valter Lima)


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247 - O Ministério Público de São Paulo questionou formalmente os órgãos gestores do Cantareira e o uso do "volume morto" do sistema (a reserva técnica de água que fica abaixo das bombas de captação da Sabesp) para abastecer a Grande São Paulo. A reclamação soma mais um elemento à atual crise hídrica no Estado. O sistema Cantareira, que abastece diretamente 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e, indiretamente, 5,5 milhões de pessoas nas regiões de Campinas, Piracicaba e Jundiaí, está hoje com apenas 13,4% de seu "volume útil", o nível mais baixo da história.

A Agência Nacional de Águas, órgão federal, e o Departamento de Águas e Energia Elétrica, estadual, têm até amanhã, segunda-feira (31), para responder aos questionamentos feitos pelo grupo ambiental do Ministério Público estadual em Piracicaba. Os órgãos técnicos precisam provar ao Ministério Público que o uso do "volume morto" não colocará em risco o futuro do Cantareira –caso contrário, a Promotoria pretende entrar com uma ação pedindo a suspensão das obras para a retirada dessa reserva de água para abastecer a Grande SP.

Em nota divulgada no sábado (29), o grupo afirmou que, embora diversas medidas contra a crise tenham sido anunciadas pelos governos estadual e federal, os reservatórios do Cantareira "continuam sofrendo alarmante redução". "Enquanto isso, os órgãos gestores continuam negando a necessidade de racionamento, mesmo diante de perspectivas pouco animadoras", diz o texto. "As decisões políticas não podem prevalecer em detrimento das decisões técnicas nesta situação emergencial de prolongada escassez hídrica", afirmou o MP. "Caso contrário, poderão advir graves consequências."

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