Tatto reclama: "Polícia age com certa passividade"

Secretário municipal de Transportes critica ação da Polícia Militar durante greve de ônibus em São Paulo; promotor de Justiça Saad Mazloum disse que irá apurar a atuação da PM, que não teria reprimido o vandalismo dos grevistas; "O problema é que não temos interlocutor", afirma Jilmar Tatto; "[Greve] não é feita pelo sindicato, mas por pequenos grupos", apontou; motoristas de ônibus fecham 14 terminais nesta quarta-feira; rodízio de veículos foi suspenso; prefeito Fernando Haddad definiu ação como "guerrilha" contra a população; Tatto defendeu que "escutas legais" sejam feitas para evitar novos movimentos do mesmo tipo; "Trezentas mil pessoas foram prejudicadas hoje"

Secretário municipal de Transportes critica ação da Polícia Militar durante greve de ônibus em São Paulo; promotor de Justiça Saad Mazloum disse que irá apurar a atuação da PM, que não teria reprimido o vandalismo dos grevistas; "O problema é que não temos interlocutor", afirma Jilmar Tatto; "[Greve] não é feita pelo sindicato, mas por pequenos grupos", apontou; motoristas de ônibus fecham 14 terminais nesta quarta-feira; rodízio de veículos foi suspenso; prefeito Fernando Haddad definiu ação como "guerrilha" contra a população; Tatto defendeu que "escutas legais" sejam feitas para evitar novos movimentos do mesmo tipo; "Trezentas mil pessoas foram prejudicadas hoje"
Secretário municipal de Transportes critica ação da Polícia Militar durante greve de ônibus em São Paulo; promotor de Justiça Saad Mazloum disse que irá apurar a atuação da PM, que não teria reprimido o vandalismo dos grevistas; "O problema é que não temos interlocutor", afirma Jilmar Tatto; "[Greve] não é feita pelo sindicato, mas por pequenos grupos", apontou; motoristas de ônibus fecham 14 terminais nesta quarta-feira; rodízio de veículos foi suspenso; prefeito Fernando Haddad definiu ação como "guerrilha" contra a população; Tatto defendeu que "escutas legais" sejam feitas para evitar novos movimentos do mesmo tipo; "Trezentas mil pessoas foram prejudicadas hoje" (Foto: Leonardo Attuch)


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SP 247 - "Acho que está havendo uma disputa política dentro do sindicato dos motoristas de ônibus", definiu secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, em entrevista coletiva nesta manhã. "Não há uma greve, mas um movimento difuso". Para ele, a Prefeitura não tem de atuar no sentido de pedir a ilegalidade do movimento. "Esse é um assunto privado, entre os sindicatos dos empresários e dos trabalhadores", prosseguiu. Tatto registrou que a Viação Santa Brígida, na zona norte de São Paulo, é o foco da ação dos dissidentes do sindicato. "O Edivaldo Santiago, que é um personagem conhecido da cidade, está nisso", disse o secretário, referindo-se ao sindicalista que perdeu, no ano passado, as eleições para presidente do sindicato dos rodoviários.

O secretário reclamou do que considerou ser "uma certa passividade da polícia" em relação ao movimento dos motoristas de ônibus. "Um coletivo biarticulado atravessado no meio da avenida Rebouças tem de ser tirado de lá", exemplificou. "Não precisamos avisar a polícia para fazer isso, ela é avisada todo o tempo. Guicho para tirar os ônibus tem". Tatto lembro que, em razão de disputas sindicais, "essa categoria de motoristas de ônibus muitas vezes é violenta".

Abaixo, reportagem anterior sobre o segundo dia de greve dos rodoviários em São Paulo:

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Os paulistanos vivem mais um dia de caos nesta quarta-feira 21, depois de terem enfrentado, ontem, o maior congestionamento registrado no ano, em decorrência da greve de motoristas de ônibus, que bloquearam terminais, corredores e abandonaram os veículos nas vias da cidade.

Nesta manhã, 14 terminais de passageiros e 12 garagens de ônibus foram fechadas por motoristas e cobradores. O sindicato da categoria estima que 8% dos ônibus não circulam. Ao todo, cinco empresas não estão operando. Com isso, estações de metrô e trem ficaram lotadas. O rodízio municipal de veículos foi suspenso.

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A reunião entre representantes dos sindicatos patronais e dos motoristas de empresas de ônibus da capital paulista marcada para a manhã de hoje, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, foi interrompida. Um novo encontro foi agendado para as 15h30, porque não havia representantes dos grevistas. O superintendente regional do Trabalho, Luís Antônio Medeiros, saiu da sala para convocar pessoalmente os motoristas da Viação Santa Brígida que iniciaram os protestos ontem. 

Segundo o prefeito Fernando Haddad, os rodoviários usaram táticas de guerrilha. "É uma guerrilha inadmissível. Como você entra no ônibus e manda passageiro descer?", afirmou ele ontem, em entrevista à TV Bandeirantes.

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A ação dos motoristas é condenada até pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sidmotoristas), José Valdevan de Jesus Santos, conhecido como Noventa. “Acredito que há algo por trás, que há um jogo para causar o desgaste da direção do sindicato e do presidente. Tem alguém que está comandando isso”, disse.

Os rodoviários não aceitaram a proposta de reajuste de 10%, surpreendendo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. "Nós íamos acompanhando o processo de negociação salarial do sindicato junto à SPUrbanuss, que é a entidade patronal, dos empresários de ônibus", garante Tatto. "Ontem (segunda, 19) nós recebemos a informação de que houve a assembleia do sindicato de motoristas de mais de três mil pessoas e de que eles aprovaram o dissídio coletivo, que dá um ganho, incluindo os benefícios, de mais de 10%", explica o secretário.

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Tanto a SPTrans como o Sindmotoristas se disseram surpresos com a ação. O secretário Tatto afirma, ainda, que estuda acionar o Ministério Público para que seja aberta uma investigação sobre a ação dos rodoviários.

Em meio ao caos com os ônibus, os funcionários do Metrô decretaram estado de greve na categoria durante assembleia na noite dessa terça-feira 20. Caso não haja consenso nas negociações salariais, a cidade também poderá ficar sem trens nos próximos dias.

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