Marta inicia balanço de gestão em entrega da Ordem do Mérito Cultura

Ministra da Cultura lembra que, após enfrentar desafio da fome, intenção e proporcionar "alimento para a alma"; para Marta Suplicy, gestão avançou com programas inovadores

Brasília - DF, 05/11/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2014, no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília - DF, 05/11/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2014, no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Ana Pupulin)


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247 – A ministra da Cultura, Marta Suplicy, iniciou o balanço de sua gestão com um discurso proferido durante a entrega da Ordem do Mérito Cultural a 26 personalidades e instituições, ontem, em cerimônia em Brasília, ao lado da presidente Dilma Rousseff.

Para Marta, depois de enfrentar o desafio da fome, o governo promove, com a cultura, o "alimento da alma".

Abaixo, íntegra do discurso da ministra e notícia da Agência Brasil sobre o evento.

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"Cultura é a expressão maior das nossas raízes"

O nosso desafio era a fome. Hoje o brado é por outro tipo de alimento: o da alma. E a cultura é este alimento, nossa principal riqueza e a diversidade que forma nossa identidade como país.

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A Ordem do Mérito Cultural é o instrumento que o Ministério da Cultura e a PRESIDÊNCIA da República têm para agraciar àqueles que se destacam na sua representatividade, talento extraordinário ou simbolizam nossa riqueza cultural.

Ao reconhecer estas contribuições, a Ordem do Mérito Cultural colabora para o engrandecimento da nossa cultura e presta merecida homenagem aos que a constroem no dia a dia.

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Este ano temos 30 agraciados, entre pessoas físicas e instituições.

E nossa homenagem especial é a duas mulheres incríveis: Djanira da Motta e Silva e Lina Bo Bardi.

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Quem nunca se deslumbrou com a arquitetura do MASP, cartão postal de São Paulo?

Foi imenso o legado cultural de Lina Bo Bardi.

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Sobre Djanira, Jorge Amado dizia: é a nossa própria terra, "o chão onde crescem as plantações, o terreiro da macumba, as máquinas de fiação, o homem resistindo à miséria. Cada uma de suas telas é um pouco do Brasil".

Ambas, nas suas artes, contribuíram na formação da identidade brasileira e se ainda estivessem conosco completariam um século de vida em 2014.

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O Brasil se transformou, reconheceu sua riqueza cultural e nestes últimos dois anos passou, definitivamente, a permitir a inclusão através de editais específicos para negros, jovens, mulheres, indígenas, ciganos, LGBTs, toda a diversidade brasileira.

Junto com os pontos de cultura, que hoje têm a Lei da Cultura Viva aprovada, nossas raízes ficaram fortalecidas e encontram possibilidades muito maiores de expressão e crescimento.

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O acesso ao consumo cultural dá um salto que eu diria sem volta com a aprovação do Vale-Cultura para os trabalhadores. É inexorável a sua expansão e os acordos trabalhistas deste final de ano já o mostrarão.

No Cinema, o investimento no Brasil de Todas as Telas levará o país, nos próximos anos, a ser um dos grandes no setor do audiovisual.

Com 87 CEUs das Artes e Esportes já concluídos e trabalhando como centros de formação artística e descoberta de talentos, estamos abrindo oportunidades nos pontos mais longínquos do Brasil.

A Secretaria da Economia Criativa, fortalecida, abre as portas do Ministério para o século XXI. Enquanto o Iphan, com o PAC das Cidades Históricas, lançado pela Presidenta da República, recupera nosso patrimônio.

Comemoramos o sucesso da III Conferência Nacional de Cultura e a Teia da Diversidade, em Natal.

Nossa presença internacional em muitos encontros na América Latina e como país homenageado nas Feiras do Livro de Frankfurt, na de Bologna, a atuação marcante nos festivais de teatro em Bogotá, em Avignon, Edinburgo e a exposição de Portinari em Paris no Grand Palais têm mostrado um Brasil com talentos e riquezas desconhecidos.

Com as aprovações de leis estruturantes, consolidamos uma política de Estado da Cultura, que vai da aprovação do Vale-Cultura, do Sistema Nacional de Cultura, do Marco Civil da Internet, da Lei de Fiscalização do Ecad, à PEC da Música, ao Cultura Viva: nos colocam num novo patamar para o acesso, produção e fruição de cultura no país.

Ontem, comemoramos o envio do Tratado de Marrakech ao Congresso Nacional. Grande vitória brasileira que democratiza o acesso à cultura para pessoas com deficiência visual!

Quero agradecer a cada um de vocês que hoje aqui se encontra para receber o mais importante título da Cultura brasileira pela dedicação de suas vidas a seus importantes trabalhos criações, composições e obras que ficarão marcadas para sempre na história da produção cultural brasileira.

Vocês são a nossa cultura, cada vez mais pujante e cada vez mais criativa, a expressão maior de nossas raízes, o grande legado de nosso país e do povo brasileiro.

Marta Suplicy

Presidente Dilma Rousseff entrega Ordem do Mérito Cultural

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

Valter Campanato/Agência  Brasil

A presidenta Dilma Rousseff entregou, nesta quarta-feira (5), a Ordem do Mérito Cultural a 26 personalidades e quatro instituições. O prêmio é entregue anualmente a pessoas e entidades que contribuíram para o desenvolvimento da identidade cultural do país em segmentos como música, audiovisual, moda, artes plásticas, literatura, gastronomia, culturas populares e tradicionais.

Segundo Dilma, o prêmio, entregue no Dia Nacional da Cultura, reconhece artistas brasileiros que representam o que o país tem de melhor e que o distinguirá, no presente e no futuro, de outras nações. "Esta cerimônia nos permite valorizar e reconhecer algo que é uma das nossas riquezas, essa extrema diversidade cultural que constitui, talvez, um patrimônio tão importante quanto nossa capacidade de construir, criar e produzir cultura nesse país", afirmou a presidenta.

Na vigésima edição da entrega da ordem, foram agraciados artistas como a cantora Marisa Monte, o rapper Mano Brown, a escritora Adélia Prado, o ator e diretor Celso Frateschi, a atriz Patricia Pillar e o ator Matheus Nachtergaele. Representando a gastronomia, foi premiado o chef Alex Atala. O empresário Bernardo Paz, criador do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Minas Gerais; o antropólogo Hermano Vianna, o jornalista Washington Novaes e o sertanista José Meirelles também foram homenageados.

As quatro instituições condecoradas foram a Ciranda de Tarituba (grupo de dança), a Escola de Gente (organização não governamental de inclusão social), a Fundação Santa Sara Kali, que atua na inclusão do povo cigano, e Grupo Cena 11 Cia de Dança.

Três pessoas tiveram sua contribuição à cultura reconhecida in memoriam: o pintor Jenner Augusto, o chefe de cozinha paraense Paulo Martins e a cantora e ativista LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) Vange Leonel. Também receberam homenagens póstumas a arquiteta Lina Bo Bardi, que completaria 100 anos em dezembro, e a artista plástica Djnanira da Motta e Silva, cujo centenário foi comemorado em junho deste ano.

A escolha dos agraciados com os títulos é feita pelo Conselho da Ordem do Mérito Cultural após contribuições da sociedade. O colegiado é formado pelos ministros da Cultura, das Relações Exteriores, da Educação, e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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