Presidente da Câmara de SP combate voto distrital
Projeto do senador José Serra (PSDB-SP) "tem mais defeitos que virtudes", afirma em artigo o vereador pelo PT Antonio Donato; para ele, o voto distrital "não ataca" "a excessiva personalização", que ele chama de um dos males da política; "O debate programático sobre o conjunto de problemas da cidade será minimizado e as questões de cada distrito terão mais peso no Parlamento"
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SP 247 – O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antonio Donato (PT), combate a proposta de voto distrital em artigo neste sábado. Segundo ele, o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) "tem mais defeitos que virtudes".
Entre uma série de críticas feitas pelo petista, está a de que o voto distrital "não ataca" a "excessiva personalização", o que ele chama de um dos males da política. "O debate programático sobre o conjunto de problemas da cidade será minimizado e as questões de cada distrito terão mais peso no Parlamento".
"Mas o mais grave é que esse sistema induz a uma sub-representação de correntes políticas hoje minoritárias. Poderemos ter a situação absurda de um partido que tenha, por exemplo, 30% dos votos em todos os distritos e não conseguir eleger nenhum vereador", continua.
Donato reconhece como virtude da proposta "a busca da aproximação do eleitor do eleito pelo voto distrital". E destaca que "esse distanciamento provoca o desinteresse da população pela política, mas, diante de tantos defeitos do projeto, esse benefício se torna menor".
"Uma reforma política, a meu ver, deve contemplar voto em lista partidária e financiamento público de campanha. Assim, os gastos poderão ser realmente controlados e a discussão programática será a protagonista das eleições", defende o vereador.
Leia aqui a íntegra de seu artigo na Folha.
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