'Blackface' de universitários gera debate sobre racismo

Em entrevista ao Portal Áfricas, Fernando Passos, que é coordenador do curso de Direito do Centro Universitário de Araraquara (Uniara - Centro Universitário de Araraquara), interior paulista, comentou o caso de alunas da medicina que publicaram foto com blackface, causando indignação nas redes sociais; os comentários que vieram junto à hashtag #pestenegra traziam preconceito: "Inclusão social ahahahahahha"; "Negritudes"

Em entrevista ao Portal Áfricas, Fernando Passos, que é coordenador do curso de Direito do Centro Universitário de Araraquara (Uniara - Centro Universitário de Araraquara), interior paulista, comentou o caso de alunas da medicina que publicaram foto com blackface, causando indignação nas redes sociais; os comentários que vieram junto à hashtag #pestenegra traziam preconceito: "Inclusão social ahahahahahha"; "Negritudes"
Em entrevista ao Portal Áfricas, Fernando Passos, que é coordenador do curso de Direito do Centro Universitário de Araraquara (Uniara - Centro Universitário de Araraquara), interior paulista, comentou o caso de alunas da medicina que publicaram foto com blackface, causando indignação nas redes sociais; os comentários que vieram junto à hashtag #pestenegra traziam preconceito: "Inclusão social ahahahahahha"; "Negritudes" (Foto: Gisele Federicce)


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Agência Áfricas - Em entrevista exclusiva ao Portal Áfricas, Fernando Passos, que é coordenador do curso de Direito do Centro Universitário de Araraquara (Uniara - Centro Universitário de Araraquara), interior paulista, comentou o caso de alunas da medicina da Uniara que publicaram foto com blackface que causaram indignação nas redes sociais. Na publicação foi escrito texto associando a blackface com a hashtag #pestenegra, outros comentários da postagem faziam referência a termos como "inclusão social".

Passos destacou que a Uniara sempre foi uma instituição parceira das organizações de combate ao racismo na cidade, destacando as parcerias com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com a Comissão Municipal da Verdade sobre a Escravidão Negra e o NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro)

Fernando Passos comunicou que hoje (11), pela manhã, foi realizada reunião nas dependências da Uniara entre estudantes envolvidos no caso e organizações de combate ao racismo da cidade de Araraquara. Passos afirmou ainda que na reunião os alunos puderam esclarecer que não houve nenhuma intenção de criar material racista, ainda que compreendam que o conteúdo possa ser compreendido desta forma. Algumas medidas na reunião foram tomadas: os estudantes vão redigir carta pedindo desculpas pelo ocorrido e será realizado um curso sobre conscientização da questão racial para os alunos da Medicina da Uniara, posteriormente o curso deverá ser estendido para os demais cursos da instituição.

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Esquecimento

O caso do blackface dos estudantes da Uniara reacendeu o debate da questão racial em Araraquara, debate este que anda um pouco morno na cidade. A notória falta de políticas públicas voltadas à conscientização sobre a questão racial no Brasil colabora para práticas que reproduzem, por vezes sem clara intenção, conteúdo de cunho racista. Esperemos que o fato ocorrido com os estudantes da Medicina da Uniara possa servir de alerta para a necessidade de constante trabalho de conscientização sobre a questão racial em nosso país.

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Veja o posicionamento oficial da Uniara:

"C O M U N I C A D O"

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Em relação à foto que foi postada por alunas do curso de Medicina e que está sendo veiculada na mídia, o Centro Universitário de Araraquara – Uniara vem a público comunicar que repudia e é totalmente contra qualquer forma de preconceito e racismo, de qualquer natureza. Nesta sexta-feira, dia 11, foi realizada uma reunião com integrantes da Uniara, as alunas envolvidas, o Diretório e a Atlética do curso, bem como com representantes de movimentos sociais e raciais de Araraquara.

O intuito do encontro foi conscientizar as alunas sobre a publicação. Os representantes dos movimentos sociais e raciais da cidade ouviram atentos as alunas e as orientaram como devem proceder de agora em diante. Ficou decidido que haverá programas de extensão na instituição a fim de reafirmar essa conscientização com todos os alunos da graduação e do Centro Universitário.

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Nessa reunião, foi possível expor o que a Uniara pensa, trabalha, ensina e pratica no curso, onde tudo é pautado nas diretrizes curriculares nacionais. Também foi uma oportunidade de levar para dentro da graduação discussões desse âmbito, no intuito de conscientizar e propagar a luta contra o racismo."

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