Quadrilha pretendia exportar o Merendão
Interceptações telefônicas e depoimentos mostram que esquema fraudulento paulista negociava se expandir para estados do Nordeste, Rio de Janeiro, Paraná e Salvador, entre outros municípios; o bando especializou-se em vender suco de laranja às escolas do Estado e prefeituras por preço superfaturado; nas escutas e depoimentos os nomes citados são dos secretários paulistas Edson Aparecido, Arnaldo Jardim, Duarte Nogueira e Herman Voorwald; também do presidente da Assembleia paulista Fernando Capez(PSDB), de Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), deputados federais, e Luiz Carlos Gondim (SD), estadual
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247 - A Quadrilha do Merendão paulista, que especializou-se em vender suco de laranja às escolas do Estado e prefeituras por preço superfaturado, tinha planos de expandir o esquema para outros estados. No mapa da fraude estavam o Nordeste, Rio de Janeiro, Paraná e Salvador, informa a revista Carta Capital. A sequência de diálogos grampeados durante a Operação Alba Branca mostra que os dirigentes da cooperativa Coaf citam nome de políticos que estariam por trás da “exportação” do merendão.
São eles os secretários da Casa Civil, Edson Aparecido; da Agricultura, Arnaldo Jardim; de Logística e Transportes, Duarte Nogueira, e do ex-secretário de Educação Herman Voorwald. A operação apura o envolvimento direto do tucano e presidente da Assembleia paulista Fernando Capez, de Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), deputados federais, e Luiz Carlos Gondim (SD), deputado estadual. Todos negam as acusações.
O golpe consistia em utilizar a cooperativa agrícola, que deveria adquirir o produto de pequenos agricultores, mas na verdade comprava de grandes empresas para baixar custos e inflar os ganhos em contratos fraudados.
Segundo Carta Capital, a fraude possibilitou em 2015 ganhos de ao menos R$ 25 milhões. Tudo ia muito bem, até que a gula dos merendeiros ficou cada vez maior e começaram as brigas para quem levava a maior parte do bolo. Como costuma acontecer, uma das partes insatisfeitas decidiu denunciar o esquema.
Baleia já teria aberto portas no Rio, Campos e Belford Roxo. De acordo com o depoimento de um integrante da cooperativa, o deputado federal e presidente do PMDB paulista Baleia Rossi teria recebido propina por contratos em Campinas e Ribeirão Preto.
O intermediário dos contatos entre a cooperativa e os políticos era o lobista Marcel Ferreira Júlio, considerado foragido pela Justiça. Ele estaria interessado em fazer uma delação premiada, mas se recusa a entregar nomes de políticos.
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