Thiago França e seu saxofone plural

Msico, que falou ao 247, firma slidas parcerias e vive ano de sucesso com projetos paralelos

Thiago França e seu saxofone plural
Thiago França e seu saxofone plural (Foto: Diana Basei Fotografia/Divulgação)


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Lucas Reginato e Luan Granello _247- Criolo, Romulo Fróes, Kiko Dinucci, Gui Amabis, Lurdez da Luz e Rodrigo Campos são alguns dos nomes contemporâneos que acharam na mistura de estilos musicais uma matéria-prima valiosa para compor.

Do rap ao jazz, do afrobeat ao samba, do groove ao choro, a experimentação sem medo de errar é uma das constantes entre eles. Outra é o saxofone de Thiago França, marca registrada de vários outros projetos musicais como Sambanzo, MarginalS (com Marcelo Cabral e Anthony Gordin) e Metá Metá (com Kiko Dinucci e Juçara Marçal), resultados diversos da inquietude criativa de um músico que busca fugir do previsível e encontrou em outros nomes do cenário paulistano algumas parcerias que, em suas mais diversas frentes, lotaram shows, receberam críticas elogiosas da imprensa nacional e internacional e dispersaram seus álbuns ao longo de 2011.

O saxofone veio cedo, aos 11 anos. “Não sabia por que queria tocar, mas achei que era aquilo que queria pra minha vida”, afirma agora, 20 anos depois. Quando criança, juntava todo o dinheiro que tinha e comprava discos de grandes nomes do jazz. Os primeiro deles Thiago não esquece. "Meu primeiro professor me passou uma lista de discos de gente como Archie Shepp, Branford Marsalis, Charlie Parker, John Coltrane, Dexter Gordon, e foi aí que tudo começou". Na adolescência, nomes da MPB como Chico Buarque e Elis Regina começaram a frequentar sua playlist e aumentaram ainda mais a cultura musical do saxofonista.

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Aos 17 anos, em meio às influências do Jazz e da MPB, surpreendeu-se com um novo estilo musical, completamente estranho aos seus ouvidos. Seus colegas do Colégio São Luis lhe apresentaram no intervalo das aulas o som dos Racionais MC's, que acabara de lançar o histórico disco Sobrevivendo no Inferno. Naquele tempo, achou estranho que garotos da alta classe escutassem uma música de uma realidade tão distante e não gostou quando experimentou as rimas de Mano Brown. “Este foi um dos CD’s que mais mudou no meu conceito - não gostei quando ouvi pela primeira vez e mais tarde vi que era uma obra prima”, confessa ele que hoje, curiosamente, integra a banda do rapper Criolo, além das participações no som da rapper Lurdez da Luz.

Entre 2000 e 2009, depois de duas frustrantes passagens por faculdades de música, mergulhou nos sambas e, desse período, surgiu seu primeiro disco solo, Na Gafieira (2009). Frequentando as rodas de samba da cidade, Thiago se apresentava com frequência no Ó do Borogodó - casa de shows localizada na zona oeste de São Paulo - onde conheceu alguns dos parceiros que o acompanham até hoje como Marcelo Cabral e Kiko Dinucci.

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Segundo o saxofonista, a boa repercussão dos seus trabalhos hoje em dia é fruto dessas amizades, somadas a outros músicos que chegaram mais tarde. “O som que eu faço com o Criolo, com o MarginalS e com o Metá Metá só é o que é porque eu tenho intimidade com os companheiros de banda. Todos nós nos conhecemos muito bem e com isso temos liberdade para criar e ser sincero um com o outro”, diz Thiago.

A compatibilidade do grupo, que cresce cada vez mais com a chegada de novos parceiros, foi um dos fatores que fizeram que 2011 fosse tão bem sucedido, assim como a popularização de redes sociais e blogs na internet, que abriram um novo e efetivo espaço de divulgação. “Antes a pizza era dividida em fatias, hoje ela é servida em palito”, resume o saxofonista, que explica que os músicos de hoje tem que ralar muito mais do que antigamente para conhecer algum sucesso, mas, em contrapartida, são muito mais numerosos aqueles que têm a oportunidade de mostrar sua arte.

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E se a arte de Thiago França e seus parceiros nunca foi tão popular como em 2011, o saxofonista garante que, embora esteja com a agenda lotada, nada vai mudar em relação ao futuro. Alguns trabalhos, inclusive, já estão em processo de finalização, como o CD “Bahia Fantástica”, de Rodrigo Campos, e o próximo álbum da cantora Céu, no qual participou em duas faixas. O primeiro CD do Sambanzo, único projeto com composições próprias de Thiago França, deve sair em abril deste ano. Um trecho da faixa que dá nome ao CD “Etiópia” já pode ser conferida na web. “A gente continua trabalhando como se nada tivesse acontecido - com o mesmo carinho, com o mesmo cuidado, da forma como a gente sempre fez”.

Agenda

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- Quinta-feira (26): Metá Metá no Studio SP, 22h – R$ 25

- Sexta-feira (27): MarginalS na Funarte, 19h30 – R$ 5

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- Sábado (28): Kiko Dinucci + Rodrigo Campos + Romulo Fróes, partipação de Iara Rennó, no Sesc Vila Mariana, 21h – R$ 24 (inteira)

 

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