Rede lança campanha por nova eleição

Momentos após o PMDB anunciar que estava rompendo oficialmente com o governo na última terça-feira (29), deputados da Rede Sustentabilidade começaram a fazer as primeiras consultas pela realização de novas eleições, revela a colunista do Brasil 247, Tereza Cruvinel; diante da pouca receptividade, partido de Marina Silva decidiu levantar a bandeira sozinho, esperando que outros partidos e entidades engrossem o movimento batizado de “Nem Dilma, nem Temer, nova eleição é a solução"; o primeiro ato do movimento por novas eleições está marcado para o próximo dia 5; "resta uma questão importante. A eleição seria só para presidente e vice ou o Congresso atolado na Lava Jato também seria renovado?", questiona a colunista

Brasília - A ex-senadora e fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, apresenta oficialmente os novos filiados ao partido no Congresso Nacional, durante o ato Brasil em Rede (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - A ex-senadora e fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, apresenta oficialmente os novos filiados ao partido no Congresso Nacional, durante o ato Brasil em Rede (José Cruz/Agência Brasil) (Foto: Tereza Cruvinel)


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Na terça-feira, 29, logo depois que o PMDB declarou em três minutos que rompia com o governo, deputados da Rede Sustentabilidade começaram a fazer as primeiras consultas, tanto a tucanos como a petistas.  Como a receptividade foi pequena, o partido de Marina Silva decidiu levantar a bandeira sozinho, na esperança de que outros partidos e entidades venham a engrossar o movimento       que está propondo.  Na próxima terça-feira, 5, a Rede fará o primeiro do que espera venha a ser uma série de atos com o lema “Nem Dilma, nem Temer, nova eleição é a solução.

Os deputados redistas têm se declarado contra o impeachment mas argumentam que, mesmo derrotando o golpe, a presidente Dilma terá dificuldades para governar. Poderá compor uma maioria com partidos pequenos e uma banda do PMDB mas estará sempre sujeita a cobranças de natureza fisiológica. Teria dificuldades para restaurar a credibilidade econômica do governo.

“Para a REDE, a solução para a atual e grave crise política do país não está nem na presidente Dilma Rousseff, nem no seu vice Michel Temer, porque ambos são responsáveis pela atual situação do Brasil. Por isso, a realização de um novo pleito é a melhor forma de enfrentar todo esse contexto, ao devolver à sociedade a opção de rever sua opção através do voto”, diz a nota do partido que divulga o ato, marcado para as 14 horas de terça-feira no Hotel Nacional de Brasília. 

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A Rede sustenta ainda que o  Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a instituição com legitimidade para decidir sobre a cassação da chapa Dilma/Temer, diz que a saída do PMDB do governo é apenas uma jogada oportunista para tentar se descolar da responsabilidade pela crise política,  e que a distribuição dos cargos agora vagos a partidos igualmente implicados nas denúncias da Lava-Jato só agravaria a situação

A proposta, entretanto, esbarra em dois poréns.

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Para ser viabilizada antes da votação do impeachment, Dilma e Temer teriam que renunciar, tal como sugeriu em editorial a Folha de São Paulo. E Dilma já respondeu: jamais renunciará ao mandato que recebeu do povo. Para haver nova eleição, ela e Temer teriam que renunciar este ano.

Segundo, a possibilidade de cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE é um processo que ninguém sabe quando terminará, não representando, portanto, uma solução.  Se eventualmente o desfecho for pela cassação da chapa, e acontecer no ano que vem, não haverá nova eleição, mas a posse do sucessor imediato, que hoje é Eduardo Cunha. Depois dele, Renan Calheiros.  E depois, o presidente do STF.

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Finalmente, resta uma questão importante. A eleição seria só para presidente e vice ou o Congresso atolado na Lava Jato também seria renovado?

        

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