“Diálogo” com FHC é perda de tempo

Seus artigos nos jornalões confirmam o seu oportunismo visceral. Ora pede calma aos golpistas, alertando que as condições políticas não estão maduras para o fim do "lulopetismo"; ora exige pressa

RJ - ACRJ/FHC - ECONOMIA - O ex-presidente da República e presidente do   Instituto FHC, Fernando Henrique Cardoso, é   o convidado de honra do tradicional Almoço   do Empresário, realizado pela Associação   Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), nesta   qua
RJ - ACRJ/FHC - ECONOMIA - O ex-presidente da República e presidente do Instituto FHC, Fernando Henrique Cardoso, é o convidado de honra do tradicional Almoço do Empresário, realizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), nesta qua (Foto: Altamiro Borges)


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Na semana passada, com base em mais um patético vazamento, a mídia tucana especulou que o ex-presidente Lula pretendia "abrir o diálogo" com o grão-tucano FHC. A notícia plantada serviu apenas para criar confusão política e gerar cizânia nas bases governistas. De imediato, o Instituto Lula negou a intenção. Mesmo assim, setores do Palácio do Planalto caíram na armadilha da mídia, que agora se diverte com a recusa dos tucanos ao fantasioso diálogo. "PSDB diz que é 'tarde' para aceno do PT à oposição", afirma a Folha neste sábado (25). Colunistas "cheirosos", como Eliane Cantanhêde e Dora Kramer, também tiraram uma casquinha da cena ridícula. Por último, o vaidoso FHC aproveitou para posar de valentão, recusando o "conchavo... para salvar o que não deve ser salvo".

Nos estertores do seu triste governo, o rejeitado FHC procurou várias vezes a oposição para discutir sobre a grave crise econômica e política no país – com recordes de desemprego, falência de empresas, alta desenfreada da inflação e outros males. Na época, o tucano não se travestiu de valentão. Agora, totalmente envolvido nas ações golpistas para desgastar e, se possível, derrubar a presidenta Dilma, ele afirma que rejeita o "conchavo... para salvar o que não deve ser salvo". FHC, que nas pesquisas de opinião pública segue como um dos presidentes mais odiados na história do Brasil, é realmente muito arrogante. Sua postura confirma que o tal "diálogo" com os tucanos seria pura perda de tempo!

É certo que o PSDB está dividido na sua leitura do cenário político e que suas contradições devem ser exploradas – o que faz parte do jogo político. Há setores, como os liderados pelo governador Geraldo Alckmin, que não enxergam a possibilidade imediata da queda de Dilma. Pragmáticos, apostam no seu lento desgaste para cacifar o sonho presidencial do tucano paulista. Já os aecistas, desesperados, sabem que o cambaleante Aécio Neves caminha para o isolamento e têm pressa. Daí se unirem aos grupelhos fascistas nas marchas pelo "Fora Dilma" e rosnarem que querem "distância dos bandidos".

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No caso de FHC, metido a genial ideólogo e mentor do tucanato, ele sempre fez jogo duplo. Num primeiro momento, ele até estimulou as marchas golpistas contra Dilma. Na sequência, diante do esvaziamento dos protestos, ele abandonou os fascistas mirins. Seus artigos nos jornalões confirmam o seu oportunismo visceral. Ora pede calma aos golpistas, alertando que as condições políticas não estão maduras para o fim do "lulopetismo"; ora exige pressa – e até solicita um parecer jurídico que justifique o impeachment da presidenta. Ou seja: FHC não merece nenhuma confiança!

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