Esses economistas do PSDB

Seria bom se os economistas do PSDB e que cacarejam potocas imprestáveis nas orelhas moucas do governador citassem um único lugar onde o liberalismo econômico deu certo; contem aonde está essa experiência; se ela existe, desafio que mostrem ao governador

marconi perillo
marconi perillo (Foto: Ângelo Cavalcante)


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Não canso de dizer que lugar de economista liberal/neoliberal não é em governo. Essa mistura não dá porque nunca deu certo. É água e óleo e sem qualquer possibilidade de síntese. É uma gente absurdamente previsível, maçante, sem criatividade alguma e incrivelmente enfadonha. Se vestem com ternos bem cortados, absorvem três ou quatro jargões da prosódia econômica marginalista, copiam aforismos/modismos da vulgata econômica que escorre plena pela mídia e... Pronto! Já passam a se anunciar como redentores salvacionistas de uma economia global que afunda, afunda, afunda...

Tudo, absolutamente tudo o que propõe em matéria de gestão do Estado dá errado, se bem que, sejamos sinceros, suas proposituras se limitam a vender, privatizar, concessionar, desfazer, minimizar, flexibilizar, desregulamentar, transferir, taxar e afins. É o conceito concreto e objetivo de modernidade dessa gente! Isso é gestão das estruturas públicas?

Pois bem... Aqui na pindorama goiana, Marconi Perillo (PSDB), "o eterno" se cerca do que há de pior em matéria de pensamento econômico, de elaboração, construção e aperfeiçoamento econômico e em duas trágicas décadas da gestão agro-empresarial-tucana em Goiás o que é legado, por fim, para um povo pauperizado são serviços públicos abertamente fracassados o que, evidentemente, gera impactos diretos na já miúda qualidade de vida de sua população e mais, o que se percebe é a maior desarticulação governo/trabalhadores da história da província o que redunda, é claro, em toda sorte de conflito, desencontro, impasse e obstrução administrativa. Em síntese: não há política pública desse governo que pegue!

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Não sei se sua excelência fora avisada adequadamente mas a ciência econômica é carregada de mitos! São muitos, vários, diversos e que não raro, orientam líderes, governos e os próprios rumos de um povo. Vamos ver alguns deles?

O primeiro já foi amplamente debatido e destronado pelo inglês Jonh Maynard Keynes (1883-1946) que prova "por a mais b" que "forças de mercado" não geram qualquer forma de equilíbrio social, político ou econômico. Considerado por muitos como o principal economista do século XX, Keynes afirma com enorme clareza de que "não necessariamente forças de mercado e deixadas à própria sorte trazem desenvolvimento e prosperidade". Não, Keynes não era marxista-leninista, jamais foi membro de qualquer Internacional Comunista e sempre foi um capitalista; não raro, elogiava esse sistema. De outra feita, isso é grave e aberta denuncia ao próprio dogma do liberalismo do seu tempo e que curiosamente, ainda persiste nas atualidades.

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Outro mito muito presente é o que considera que apenas grandes empresas, por sua envergadura e eficiência, são os "carros-chefe" de uma economia. É importante ter claro de que os pequenos empreendimentos são fundamentais. No caso goiano, são milhares e milhares de pequenos negócios lançados em todo o tabuleiro do estado e que operam sem qualquer apoio ou auxílio governamental. São pequenos laticínios, granjas, plantações, criações das mais diversas e uma infinidade de comércios que carecem de investimento e aperfeiçoamento. De outra maneira é essa gente que emprega, ocupa e faz renda para mais da metade dos trabalhadores ativos de Goiás.

São muito importantes para pequenas localidades e com a potência que lhes é própria, garantem alguma fluência econômica para as brenhas deste Goiás desalmado, dominado por latifúndios, pelo grande agronegócio e por governanças locais despóticas e incapazes.

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Mais um mito boboca e super-poderoso é o que quer nos fazer crer no sonoro "canto de sereia" de um PIB agigantado, entesourado, estático. O sentido moderno, humano e republicano da economia pública é que essa "montanha de dinheiro" seja parte de uma dinâmica sócio-econômica salutar e virtuosa assentada na produção e no consumo perene, coletivo e social. Que a produção não siga divorciada do seu respectivo consumo mas que essas duas dimensões operem em fina sintonia de maneira e sorte que o fato simples de produzir um objeto não represente qualquer forma de desequilíbrio para a circularidade econômica de importância vital para quaisquer grupos humanos.

De outro modo, economia estável, resistente a crises, consolidada e promissora é a que possui ampla base social, um vasto acervo de agentes econômicos que intercambiam tecnologias, produtos, recursos humanos, técnicas e divisas. Esta engenharia social e econômica é o melhor antídoto para a pletora de crises que marca as economias hodiernas do capital.

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Aliás, seria bom se os economistas do PSDB e que cacarejam potocas imprestáveis nas orelhas moucas do governador citassem um único lugar onde o liberalismo econômico deu certo; contem aonde está essa experiência; se ela existe, desafio que mostrem ao governador.

Economia séria é plano, panejamento, metas, investimento, acompanhamento sério, fiscalização e proteção das próprias empresas e dos seus respectivos mercados. O liberalismo econômico é fracasso teórico, intelectual e cognitivo. É erro rotundo, gerador de miséria e exclusão para os produtores diretos, os mesmos trabalhadores, e que simplesmente, são os que produzem a economia e; na outra ponta, potencializa a concentração de capitais em velocidade assustadora para um miúdo polo da economia. Quando não... É motivo e mobile para conflagrações bélicas. É para o que serve!

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