Fascistas têm que ser tratados como criminosos

A cobertura da mídia de episódios repugnantes, como o vilipêndio dos funerais de José Eduardo Dutra, nem de leve revela um mínimo de senso crítico acerca deles. Nunca se leu uma linha sequer condenando os seres humanos animalizados e desprezíveis que participam dessas manifestações

A cobertura da mídia de episódios repugnantes, como o vilipêndio dos funerais de José Eduardo Dutra, nem de leve revela um mínimo de senso crítico acerca deles. Nunca se leu uma linha sequer condenando os seres humanos animalizados e desprezíveis que participam dessas manifestações
A cobertura da mídia de episódios repugnantes, como o vilipêndio dos funerais de José Eduardo Dutra, nem de leve revela um mínimo de senso crítico acerca deles. Nunca se leu uma linha sequer condenando os seres humanos animalizados e desprezíveis que participam dessas manifestações (Foto: Bepe Damasco)


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Como escreveu o Kiko Nogueira no Diário do Centro do Mundo, quando se trata de defender o ambiente de tolerância é necessário que não se tolere os intolerantes. 

E é justamente devido à complacência com a intolerância que o Brasil caminha a passos largos para perder sua condição de país plural e tolerante, um dos traços características da nação, responsável pela atração ao longo da história de imigrantes de todos os quadrantes do planeta.
 
Não é à toa que por essas plagas sempre conviveram em harmonia católicos, umbandistas, cardecistas, candomblecistas, evangélicos, mulçumanos e gente de todas as religiões. Todo esse patrimônio humanista está ameaçado pela ação dos militantes e propagadores do ódio.

São pessoas de todas as idades, homens, mulheres e  jovens. Em geral, primam pela ignorância e exibem um analfabetismo político de dar dó. Se informam por lixos jornalísticos como Veja e Globo, mas desconhecem fatos históricos básicos da história do Brasil. 

A cobertura da mídia de episódios repugnantes, como o vilipêndio dos funerais de José Eduardo Dutra, nem de leve revela um mínimo de senso crítico acerca deles. Nunca se leu uma linha sequer condenando os seres humanos animalizados e desprezíveis que participam dessas manifestações.

No fundo, o cartel manipulador e partidarizado da mídia sabe que esses subcidadãos são produtos diretos de sua pregação moralista, cínica, mentirosa e doentiamente antipetista. E hoje eles vêm a calhar para desgastar cada dia mais a imagem do PT e do governo. A verdade é que a mídia se regozija e apoia essa escalada criminosa.

Como seria pedir demais para essa legião de fascistas respeitar as pessoas que pensam diferente deles quando almoçam no restaurante com os amigos, circulam pelas ruas e aeroportos ou enterram seus entes queridos, a saída é dispensar-lhes o tratamento adequado aos que agem à margem da lei. 

Quem se acha no direito de ameaçar, ofender e agredir os outros, não respeita nem cadáver nem a dor de uma família enlutada, e vive a fazer apologia dos mais variados crimes nas redes sociais e em praça pública, não merece outra coisa senão o repúdio das pessoas de bem e a responsabilização criminal.

Li um dia desses não sei onde, mas concordo inteiramente, que os ovos já foram chocados pela serpente e que a situação no Brasil é grave. Já não parte apenas de grupos isolados e extremistas da sociedade o discurso do ódio. Desgraçadamente, uma fração nada desprezível do tecido social foi contaminada.

Se nada for feito, logo veremos petistas sendo agredidos e até assassinados. E eles certamente reagirão, afinal, é humana e até instintiva a defesa da integridade física e da vida. É isso, então, que desejam para o país os que trabalham dia e noite para envenenar a alma dos brasileiros, como a mídia ? Será que à esta altura retrocederemos tanto em termos civilizatórios a ponto de assistirmos a conflitos com mortos e feridos ?

Não há esperanças de que  Globo, Folha, Veja e Estadão deixem de cumprir o papel miserável de inocular o veneno do ódio no organismo da população. A superação desses tempos de trevas depende da ação enérgica e republicana das pessoas de boa fé e das instituições democráticas do estado de direito em que vivemos.

Antes que seja tarde o Brasil precisa de uma cruzada de civilidade que enquadre os intolerantes e criminosos, reafirmando que nada poder ser mais brasileiro do que a convivência fraterna entre desiguais.

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