O dia da caça na Paulista: manifestantes vaiam e chamam Aécio de corrupto

Aécio perdeu as eleições, nunca aceitou a derrota e desde então planta a discórdia, o golpe, o terrorismo político. Agora está colhendo o fruto, além obviamente de estar respondendo por suas próprias ações de corrupção

Aécio perdeu as eleições, nunca aceitou a derrota e desde então planta a discórdia, o golpe, o terrorismo político. Agora está colhendo o fruto, além obviamente de estar respondendo por suas próprias ações de corrupção
Aécio perdeu as eleições, nunca aceitou a derrota e desde então planta a discórdia, o golpe, o terrorismo político. Agora está colhendo o fruto, além obviamente de estar respondendo por suas próprias ações de corrupção (Foto: Chico Vigilante)


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Nem todas as pessoas que saíram de casa para participar das manifestações de 13 de março acreditam e pregam que a corrupção é prerrogativa exclusiva do PT. Muitas entendem que este é um mal que precisa ser extirpado de todas as camadas da sociedade brasileira, e que não existe partido político ou instituição imune a esta doença.

Um prova disso foi Aécio Neves ter sido vaiado ao chegar na avenida Paulista, acompanhado do governador Geraldo Alkmin, enquanto os manifestantes gritavam “ladrão de merenda” e “corruptos”, obrigando seus apoiadores a usar buzinas para abafar os protestos.

Aécio perdeu as eleições, nunca aceitou a derrota e desde então planta a discórdia, o golpe, o terrorismo político. Agora está colhendo o fruto, além obviamente de estar respondendo por suas próprias ações de corrupção, já amplamente noticiadas e denunciadas por quatro delatores da operação Lava Jato. 

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As pessoas estão entendendo e se manifestando contra oportunistas que sentam no rabo e atacam o PT. Empresários que tratam mal seus funcionários, atrasam salários, sonegam impostos, e depois, como se vivessem ainda na era do coronelismo, tentam definir o posicionamento político de seus empregados.

Prova disso é a campanha feita por vários internautas e compartilhada pelo PT contra a Rede Habib’s, que ameaçou os empregados de demissão caso não participassem das manifestações a favor  do impeachment da presidente Dilma. 

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Este não é o primeiro nem será o último dos casos de empresários fascistas que tentam induzir seus funcionários a insuflar o golpe.

O caso ganhou repercussão nacional  porque o juiz do TRT, Flávio Landi, concedeu liminar, a pedido da confederação da categoria – Contracs, determinando à rede Habib’s  que “se abstenha de obrigar seus empregados de participarem do evento político, hoje ou em qualquer outra data, e em qualquer outra atividade de cunho ideológico político.

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A parcela dos brasileiros que defende a democracia, com certeza, está comemorando neste momento junto com a Contracs a exemplar atuação do TRT.

A sociedade brasileira terá que lutar não apenas contra empresários desonestos e golpistas neste momento de crise pelo qual o Brasil passa, mas também contra instituições que não conhecem o real significado das liberdades democráticas. 

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A Polícia Militar do Distrito Federal, por exemplo, é parcial. Nós tínhamos uma manifestação marcada contra o impeachment da presidente Dilma e em defesa da manutenção das conquistas sociais dos governos Lula e Dilma na Torre de Tevê e fomos proibidos de realizá-la.

Hoje quem viu as imagens da Esplanada e tem um mínimo de experiência em manifestações de rua, como temos, sabe que não havia de maneira nenhuma 100 mil pessoas na Esplanada. Nem a metade disso. 

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Por que estão dizendo que tinha 100 mil? Porque eles  trabalharam com este número desde o dia que fomos lá pedir a autorização para fazer a nossa manifestação e eles disseram que não seria permitido porque já haveria uma outra manifestação nas redondezas com 100 mil pessoas. São videntes?

Os organizadores das manifestações e a PM não se entenderam a respeito do número de participantes em nenhuma capital. Houve muito marketing político. O que ficou evidente foi que os manifestantes eram todos sorrisos e alegria. Muita gente bonita e bem nutrida, pulando e gritando festivamente, fazendo o que sabem fazer de melhor, se divertir. 

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Em São Paulo , a avenida paulista não tinha mais do que 250 mil pessoas, segundo a Data Folha, a mesma quantidade das manifestações do ano passado.

Por que a avenida Paulista teria hoje um milhão de pessoas se as fotos aéreas mostravam exatamente a mesma quantidade de quadras tomadas na última grande manifestação, quando o número foi calculado em 250 mil? Tentativa de manipulação, claro.

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O número de pessoas nas ruas, no Brasil todo, foi significativo, mas na realidade não houve um crescimento em relação às últimas grandes manifestações.

Seus organizadores, em conluio com a imprensa, usaram de truques de edição. As grandes faixas escritas impeachment carregadas por baixo por centenas de pessoas pareciam gigantescas quando filmadas dos helicópteros das emissoras. Outro detalhe importante: pareciam ter o mesmo tipo de letra, como se saíssem todas de uma mesma fábrica. Será ? 

Tudo é possível. Os manifestantes de NY, por exemplo, confessaram via Jornal Nacional que mandaram trazer do Brasil um grande boneco de Lula para a manifestação. Dinheiro pra isso não falta. 

Me chamou a atenção, como se tivessem recebido uma instrução interna  de seus editores, a repetição pelos repórteres da frase : “vejo aqui muitos cartazes de apoio ao juiz Sérgio Moro e ao trabalho da Operação Lava Jato. Durante a tarde ouvi isso inúmeras vezes. 

Poucas vezes ouvi citações sobre Abaixo Cunha, Prisão para os corruptos do PMDB, do PDSB, do Democratas. E com certeza tinha gente lá pedindo isso, também.

Em alguns momentos cheguei a imaginar que o próximo passo será o lançamento de Moro a candidato nas próximas eleições. Com todas as denúncias de corrupção envolvendo seus amigos da oposição talvez vejam em Moro uma alternativa. Fazendo o dever de casa direitinho como querem ele está. 

Moro, com certeza necessita de bajulação sob os holofotes depois da frustrada operação de rapto do Lula para ser ouvido em Curitiba, impedida pela ação certeira da Aeronáutica brasileira. 

Deve ter sido uma imensa decepção não poder comemorar com Bolsonaro e seus adeptos, conforme convite feito por ele e outros três delegados da PF para que a população viesse com fogos ver a chegada e talvez a decretação de prisão de Lula, em vídeo viralizado na internet, um dia antes do depoimento coercitivo de Lula, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. 

Como é que Bolsonaro e sua turma sabiam que Lula iria para Curitiba? Alguém teria dito a eles que havia um avião no aeroporto de Congonhas aguardando para levar Lula para as garras de Moro? Hummm

As manifestações de 13 de março levaram às ruas pessoas influenciadas pelas ideias da elite de direita brasileira, capitaneadas pela grande mídia  pregando há mais de um ano o impeachment de Dilma Roussef, a expulsão do PT da vida política do país e mais recentemente a prisão do ex-presidente Lula, como bode expiatório da crise que ajudaram a criar.

No entanto, por traz de tudo isso, há uma imensa onda de desejo de mudança para dias melhores para cada um dos manifestantes.

É um direito genuíno dos participantes que segundo pesquisa realizada em março de 2015, pelas agências Amostra e Index, com manifestantes, em Porto Alegre, 91% eram brancos  e 73% eleitores de Aécio Neves. Ou seja, eles tem lado e estratégia definida. Só não entendem muito de democracia.

Pode –se argumentar que ver muitos brancos em Porto Alegre ou Curitiba, região de colonização alemã e italiana é esperado, mas quem viu as imagens de tevê da manifestação em Salvador - onde 80% da população é negra - enxergou a mesma coisa, uma expressiva maioria branca e muitos olhos verdes e azuis. Mais parecia uma manifestação na Holanda.

O que nós do PT defendemos em nosso dia a dia e defenderemos em nossas manifestações marcadas para os dia 18 e 31 de março é que essas mudanças para dias melhores não sejam apenas para nós militantes petistas, ou para os brancos sem problemas de desemprego na família – outro dado importante da pesquisa.

Defenderemos  políticas públicas, de acesso ao emprego, saúde, educação, segurança, não apenas para a elite mas para todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros e brasileiras, brancos, negros, hetero, guys, filiados ou não a partidos políticos, formados ou não em universidades, religiosos ou não. Essa é a nossa luta e dela não abriremos mão. 

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